Correio de Coimbra

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21 de novembro de 2008

NOITE CC

Construímos uma noite diferente para todos os estudantes do ensino superior. Será nesta sexta-feira dia 21 de Novembro.
Nessa noite iremos percorrer os pontos mais emblemáticos da cidade de Coimbra durante toda a noite - uma directa bem passada. Iremos procurar cruzar a magia de cada lugar com a beleza da arte, o fascínio da noite com a procura do essencial.
Trata-se de um desafio lançado pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Universitária chamado "Noite CC – Cristo em Coimbra". Redescobrir a cidade tendo consciência que Deus está onde o Homem se encontra... Vive nas nossas ruas e percorre as nossas estradas.
Esta iniciativa inédita, em Coimbra, tem em S. Paulo a inspiração. Tudo começa na Sé Velha pelas 22h30, depois segue-se uma viagem no rio Mondego a bordo do Basófias e uma visita ao Convento de São Francisco, onde o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, celebrará a eucaristia pela 1h30. O grupo seguirá para o Pavilhão de Portugal, onde haverá baile e uma refeição, seguindo até ao Penedo da Saudade. Em seguida, passam pelo Pátio das Escolas e terminam o percurso na Porta da Traição, onde irão retemperar forças com o pequeno-almoço.
A organização já recebeu cerca de 150 inscrições (para além dos 73 elementos que fazem parte do staff). Os interessados em participar podem ainda inscrever-se no Instituto Universitário Justiça e Paz (968 091 229 -
minus251@gmail.com), ou no CUMN (cumn@cumn.pt - 239 829 712). O custo por pessoa é de 3,5 euros.

Queremos contar com todos para fazer desta noite uma noite muito especial. Queremos que seja uma noite cheia de cor, de alegria e de vida. Um noite que nos acompanhe vida fora.

Pe. Nuno Santos

19 de novembro de 2008

Centro de Bioética comemorou 20 anos


O Centro de Estudos de Bioética, sedeado em Coimbra, celebrou no passado sábado 20 anos de vida, com um encontro subordinado ao tema "Vulnerabilidade e Espiritualidade". A iniciativa contou com a presença de mais de uma centena de pessoas, provenientes dos vários pólos que o Centro tem espalhado pelo país.
O presidente do CEB, Jorge Biscaia, incentivou os oradores a direccionar o seu discurso para "a frente". "Falem do futuro", solicitou. E a vontade do fundador, que celebrou 80 anos de vida e cujo trabalho foi largamente elogiado na cerimónia, foi cumprida.
"Temos que apostar na Internet para chegar aos jovens", defendeu Vilaça Ramos, responsável pelo pólo de Coimbra. "O CEB tem história com futuro", acrescentou. Para o responsável continua a ter lógica a existência de um centro de Estudos Bioética, uma vez que "as ameaças à vida e ao ambiente, em vez de diminuírem, aumentaram".
O Centro de estudos de Bioética foi instituído em 1988 pelo actual presidente Jorge Biscaia e por um pequeno grupo de médicos, juristas, teólogos e filósofos. A instituição debruça-se sobre as questões éticas suscitadas pelo progresso biotecnológico e organiza reuniões de reflexão restritas a sócios, colóquios alargados à sociedade, cursos e acções de formação, sempre em articulação com outras entidades. O CEB publica ainda a Revista Portuguesa de Bioética.


Unidos contra a eutanásia
O Centro de Estudos de Bioética apresentou, durante as comemorações do seu 20.º aniversário, um parecer desfavorável em relação à eutanásia, alertando para a necessidade de "rápida e total implementação da rede de cuidados paliativos".
O documento, intitulado "Eutanásia, uma questão persistente", é assinado por nomes como Jorge Biscaia, Daniel Serrão, António de Almeida e Costa, Michel Renaud e Vasco Pinto de Magalhães. "Pertencemos ao grupo claramente maioritário para quem é inaceitável matar um doente seja qual for a explicação que se pretenda dar para essa morte provocada", defendem os responsáveis.
Para os especialistas em bioética, "o mais importante é fornecer aos doentes todos os cuidados, de modo a tratar a dor e outros sintomas, de forma a proporcionar-lhes uma vida com qualidade, até ao fim natural". "Para tal, urge implementar o direito de acesso a bons cuidados paliativos, como de resto existem em número claramente não suficiente para quem deles necessita", concluíram.

Compreensão mútua precisa-se


Vivemos neste momento no nosso país uma atmosfera crispada, de confrontos aparentemente irredutíveis, de acusações onde até a mentira pode servir de arma de arremesso. Assistimos a grandes manifestações de professores. Os alunos, apanhando a boleia, também resolveram manifestar-se: alguns, entrevistados na televisão, não sabiam bem por que estavam ali; mas pelo menos era uma festa viva e colorida. Mas há também, a outro nível, mas não menos importante, o caso do BPN, a posição do Banco de Portugal. E, embora com menos exposição, poder-se-iam apontar outros exemplos.
No meio disto tudo há quem tente, de modo inconsciente, transmitir a ideia de que este país se está a tornar um saco de gatos. Começamos a ter a sensação de que estamos a entrar em becos sem saída e em que qualquer episódio serve para incendiar mais a fogueira. Um clima deste não só impede a lucidez dos intervenientes mas coloca também a maioria dos cidadãos sem saber o que é que é verdadeiro ou inventado.
Claro que com o ruído que se faz à volta destas situações pode ficar a ideia de que todos os portugueses estão a viver estes problemas, com o dramatismo dos intervenientes. Ou que a vida parou para ver o que vai acontecer. Mas a verdade é que milhões de portugueses continuam a ter de sair de suas casas às sete da manhã ou mais cedo e regressar às sete da noite ou mais tarde para assegurarem o seu sustento e que mal terão tempo para se incomodarem estes problemas. Continuamos a ter milhões de pessoas no patamar da pobreza, que se se mobilizassem e se organizassem numa manifestação reduziriam a um passeio de fim de tarde a manifestação dos professores. Continua a haver centenas de milhares de cidadãos que não têm uma sopa para comer não fosse a intervenção de muitas instituições e muitos voluntários. Continuamos com milhares de pessoas desempregadas, cuja vergonha da inutilidade e o stresse da angústia de não ter de dar de comer aos filhos, passa ao lado do nosso direito à indignação. Continuamos a ter doentes nos hospitais e nos "asilos" porque os familiares não os querem em casa.
É, por isso, urgente que todos, especialmente os não directamente envolvidos nestas questões mais ruidosas que, sendo objectivamente sérias, não são os únicos problemas graves com que nos debatemos, não nos deixemos contaminar por este clima e não percamos a noção de que há problemas pessoais, certamente bem mais graves, do que aqueles que a comunicação social sempre ávida de sangue pretende mostrar.
É certo que estas crises mais vistosas estão a gastar energias e forças que podiam ser utilizadas em problemas humanos mais graves e nos estão a arrastar para um plano inclinado, no qual é necessário inverter a marcha. Porque não tenhamos ilusão: nestas crises mais vistosas, ninguém sai vencedor "trucidando" o adversário.
Vivemos sobretudo uma crise de cidadania. Todos sabemos que este conceito e esta vivência não entraram ainda nos hábitos dos portugueses. Cada um, salvo algumas excepções, é ainda religiosamente fiel ao lema "cada um por si e Deus por todos". Estamos a perder a consciência de que somos antes de mais portugueses, onde todos, na diversidade dos seus talentos, condições de vida e azares da história, têm iguais direitos e deveres. Que ao lado das nossas lutas legítimas e pelas quais devemos lutar lealmente, há muitas outras que devem ser levadas a cabo por todos nós mesmo que não nos digam directamente respeito. Sobretudo quando as vítimas são incapazes, vivem pior que nós e são tratadas à margem não só da sociedade como das nossas preocupações. Embora as coisas pareçam atingir um ponto de não retorno no caso das escolas, poderá ainda haver saída se todos se dispuserem a dialogar seriamente sem olhar para o(s) outro(s) como um inimigo a abater, se houver capacidade de chegar a soluções razoáveis e realistas, mudando o que está mal e valorizando o que há de bom. Nestes casos todos têm de fazer um esforço para resistir ao orgulho e à "vergonha" de ceder, de não perder a face, de não recuar reconhecendo o que está errado. Não podem cair na tentação do ódio ao outro, porque certamente todos, embora cada um à sua maneira, estão certamente interessados em melhorar a escola e torná-la um espaço onde se ensine e se prepare bem os futuros cidadãos e onde se possa viver em paz e com a consciência do dever cumprido. Isto vai exigir muita compreensão mútua e também algum sacrifício, mas os alunos, aqueles que devem ser o grande critério para todas estas lutas, merecem que se faça esse esforço.
Somos membros de um país com uma longa história, que passou por tudo e sobreviveu. Sempre houve crises e continuará a haver. Muitas foram resolvidas à espadeirada e todo o país perdeu. Outras foram solucionadas doutro modo: pelo diálogo, pela compreensão mútua, sem ver no outro só segundas intenções e tendo como preocupação primeira o bem de terceiros e não só o de cada uma das partes. No entanto, enquanto cada um puxar para o seu lado esquecendo-se de dar prioridade ao bem comum, que ainda mal passa de um conceito vazio e abstracto, dificilmente mudaremos as coisas.
Se realmente estamos interessados em ter um país mais desenvolvido, justo e solidário temos todos de dar o nosso contributo por pequeno e anónimo que ele seja.


José Dias da Silva

O número dois do sonho americano…


Jorge Cotovio

Sob o título "O sonho americano", mas no número dois, o meu caro amigo Miguel Cotrim denuncia da pouca participação dos católicos nas actividades da Igreja. Estaticamente falando, concordo. E o mais grave é notar-se pouca intervenção até daqueles que mais catolicamente se assumem. Se na sessão de discussão da proposta de Plano Diocesano de Pastoral para as comunidades da Região Pastoral Centro as vinte presenças corresponderem a outras tantas comunidades, ainda estariam representadas cerca de 30% das paróquias. Mas desconfiamos que o absentismo terá sido bem maior do que 70%. Mesmo reconhecendo que os números valem o que valem, não posso deixar de ficar triste por verificar a aparente indiferença das comunidades perante um convite do Bispo, ademais para discutir (não só ouvir!) uma proposta orientadora para a diocese. Será que cada comunidade não tem, pelo menos, uma pessoa para estar presente numa assembleia deste tipo? (Ai que me apetecia tanto fazer apelo a metade do diâmetro da circunferência para qualificar estes comportamentos…). Lamenta-te, caro Miguel, mas por favor não culpes a eficácia dos festivais de música religiosa ou das festas das famílias! Esses e essas ainda se vão fazendo, a muito custo, mas com muita entrega – e fé! Falta-nos, isso sim, outras iniciativas que os complementem, outras ousadias, outra forma de trabalhar "em comunidade", quiçá mais concertadamente, que ponham os jovens a cantar a vida e as famílias festejando o amor.
No passado sábado foi a minha vez de participar num encontro deste género. Recebi uma convocatória do Bispo e "senti-me chamado". Reorganizei, a muitíssimo custo, a minha vida e estive presente. Foram convidados, directamente, todos os responsáveis dos secretariados, dos movimentos, das obras e serviços diocesanos. Ao todo seríamos perto de vinte. Faltariam, p’lo menos, outros tantos. Dos doze secretariados estavam representados somente quatro, dois dos quais, precisamente, da juventude e da família… Ninguém das comunicações sociais (estranho, não é?), da catequese, etc. etc. Mas, quanto a mim, foi extremamente produtiva esta reunião. Houve diálogo, houve avaliação pró-activa, houve (muitas) sugestões, não só de alteração do texto-base como de iniciativas futuras. Houve lamentações mas muitas esperanças. E o nosso Bispo não se sentiu, de certeza, sozinho neste projecto. Queremos ajudá-lo, queremos, com ele, como nosso pastor, construir uma diocese mas dinâmica, mais interventiva, mais "sedutora". E depois da reunião, ainda houve tempo para três leigos e um jovem sacerdote cavaquearem durante mais de uma hora – sobre a "nossa" Igreja.
É claro que, lá dentro, caro Miguel, não me contive… Disse que não entendia que tantos responsáveis não acolhessem um convite do nosso Bispo – desta vez um convite com destinatário certo, com nome. Disse que não entendia não haver uma pessoa – bastava uma! – que pudesse representar o secretariado, movimento, obra ou serviço, caso o responsável tivesse qualquer impedimento. Desculpem, mas tenho de fazer esta leitura: falta-nos "obediência" e espírito de comunhão, até na "nata" (?) dos católicos; achamos que "isto" – ou seja, a definição das linhas orientadoras para os próximos anos – tem pouco interesse. Mas então apareçam e digam isso mesmo, avançando com alternativas para melhor sermos Igreja evangelizadora. E ouçam os outros, porque nem sempre as nossas verdades e convicções são as mais convenientes para uma caminhada em conjunto. Continuamos a julgar que o nosso secretariado, o nosso movimento, a nossa obra, a nossa "capela", não precisa dos outros. E que os outros não precisam dos nossos contributos. Como dizia um dos participantes, nem todos os cristãos mais responsáveis (desde bispos a leigos) semeiam boa semente. Alguns semeiam joio, creio eu por engano.
Se esta situação acontece perante uma convocatória do bispo diocesano, como nos poderemos admirar da pouca participação dos cristãos "menos esclarecidos" nas reuniões, retiros, jornadas, assembleias, festas e festivais convocados por secretariados, movimentos e obras?
Mas somos a Igreja da Esperança! Este Deus é fantástico, é "extra-ordinário" e o Seu Espírito não se cansa de nos "convocar". E não se zanga. E não desespera. Tem paciência. Tem confiança. E continua a dizer-nos que Ele é "Trindade", que Ele age em comunhão.
Será que ainda não entendemos "isto"?

Inventariação das paróquias de Anobra e Belide


José Eduardo R. Coutinho


No passado dia 12, deste mês, ficou completada a inventariação da igreja e das capelas da paróquia de Anobra, e, no dia seguinte, outro tanto ficara efectuado para com a paróquia de Belide: aquela, com 10 novas fichas; esta, com 9, porque já contavam algumas realizadas. Agora, o procedimento foi exaustivo, abarca um pleno levantamento fotográfico e teve o constante acompanhamento do senhor Prior, o Padre Vítor Manuel Cecílio Abrantes, bem como a visita do Padre Amílcar dos Santos Neves.Enquanto a primeira daquelas localidades aparece mencionada, expressamente, no testamento do Presbítero Sendamiro Moniz, em 19 de Abril de 1086, acerca de dois moinhos que deixava à Sé de Coimbra, in uilla anlobria, subtus castro Antoniol, territorio civitatis Condeixe (Livro Preto, doc.170) – e, desde então, reveste seguidas variantes de grafia toponímica (Aniobria e Anlubria), até aparecer fixada na relação das igrejas, de 1321, com a titularidade de Santo Ildefonso e taxada em 60 libras – a outra parece proceder do possível herdamento local, de algum possessor deste nome, de origem judaica, tal como consta no testamento do Alvazir Dom Sesnando, de 15 de Março de 1087, entre cujas testemunhas figura Domnus belide (Livro Preto, doc.19; cf, àquele propósito, o Livro Santo de Santa Cruz, doc.166).A vasta frequência deste muito difundido onomástico, grafado sob doze formas conhecidas, conjectura, nos primórdios da Nacionalidade, o acentuado desenvolvimento agrícola e demográfico, através do referido proprietário inicial, por certo implantado numa porção geográfica da melhor aptidão agro-pastoril, também catalisadora de mais um exemplo, da mesma configuração religiosa: o topónimo Casal do Missa explicita similar procedência hebraica.O património verificado, apesar da boa imaginária esculpida, em calcário, nos séculos XV, XVI e XVII, e em terracota e madeira, seiscentistas e setecentistas, tem diminuta representatividade nos metais, apenas subsistindo algumas peças em latão e bronze, porque os objectos em estanho tiveram o encaminhamento dos paramentos de Seiscentos, alienados na totalidade, em negócios infames.Incluindo painéis azulejares, do barroco pleno, coimbrão, a par de significativos missais, datados daquela última centúria, e da precedente, a globalidade dos materiais averiguados comprova os condicionalismos inerentes às pequenas comunidades rurais, tal como certifica o referido depauperamento, resultante da lamentável devastação a que estiveram sujeitadas.

18 de novembro de 2008

Faleceu o Padre Manuel Francisco Rumor


No dia 14 de Novembro, faleceu em Cadima, o Padre Manuel Francisco Rumor, que foi pároco daquela freguesia de 1939 a 2001. O seu funeral, no dia 15, realizou-se para o cemitério local, depois de missa de corpo presente a que presidiu o senhor D. Albino Cleto, e concelebrada pelos cónegos Leal Pedrosa e Alberto Gil e mais dezoito sacerdotes das paróquias vizinhas.
O Padre Manuel Rumor era natural da Gândara, freguesia de Covão do Lobo, concelho de Vagos, onde nasceu a 23 de Setembro de 1914. Em 1926 entrou no Seminário de Coimbra, sendo ordenado, por D. António Antunes, a 27 de Junho de 1937. Depois de dois anos como coadjutor de Pampilhosa da Serra e pároco de Pessegueiro, em 1939 foi transferido para Cadima, onde permaneceu até à jubilação, em 2001. Durante estes 62 anos em Cadima, dedicou-se por inteiro ao serviço pastoral, tendo sido escolhido como arcipreste de Cantanhede. A ele se deve a fundação da Obra dos Pobres e do Centro Social e Paroquial, inaugurado em 1988, e onde foi colocado um busto em sua homenagem.
Distinguiu-se o Padre Manuel Rumor em vários campos de actividade pastoral. Como pregador, orientou missões na diocese, em Guimarães, Lisboa e Leiria; como músico, compôs vários cânticos litúrgicos e muitas partituras executadas pelas filarmónicas, sobretudo nas procissões; e como fundador da Obra dos Pobres que chegou a albergar mais de cem crianças de todo o país.
Que o Senhor lhe dê a recompensa de todos os seus trabalhos.

Louriçal: Convento das Clarissas celebra 300 anos de história


O Convento do Louriçal, da Comunidade das Irmãs Clarissas do Desagravo, irá celebrar os seus 300 anos de história. Num comunicado enviado à redacção do "Correio", as responsáveis sublinham que as comemorações terão o seu início no próximo dia 23 de Novembro com apresentação oficial da edição fac-simile do livro "História do Real Convento do Louriçal" (1750), da autoria do Padre Manuel Monteiro.
Antes da apresentação da obra, celebrar-se-á a Eucaristia na Igreja Matriz. As 15 horas decorre um concerto na Igreja do Convento pela Filarmónica Louriçalense. Às 16 horas é inaugurada a Exposição Eucarística; No fim é recitado o Terço do SS.mo Sacramento e Bênção na Igreja do Convento.
Maria do Lado (1605-1632) sonha quando o apelo de Cristo se fez sentir num chamamento à adoração eucarística. Esta concretizou-se, de início, no Recolhimento de Terceiras Franciscanas que foi construído sobre a casa de seu pai, António do Rego. A 9 de Março de 1690 – no reinado de D. Pedro II – iniciaram-se as obras para transformar o Recolhimento em Convento. Prosseguiram no reinado D. João V, que fora beneficiado com a cura de uma doença grave, sendo concluídas em 1708.
Vindas as Fundadoras do Convento do Calvário, de Évora, foram recebidas no Louriçal por D. António de Vasconcelos e Sousa, Bispo de Coimbra, clero e muito povo no dia 8 de Maio de 1709. Nesta data, as Escravas do Santíssimo Sacramento, comunidade iniciada por Maria do Lado, integraram-se na Ordem de Santa Clara.
O Convento do Louriçal resistiu à fúria das invasões francesas, das leis liberais e republicanas que ditaram o exílio das suas Religiosas (1910/1928). Apesar de tudo, ergue-se, ainda hoje, majestoso a contar a sua história de três séculos, entretecida à sombra do sacrário, com feitos de amor e fé.
Poderá obter mais informações em: http://www.clarissaslourical.com/


Programa de Janeiro de 2009
Dia 11 – 15,00h – Adoração Eucarística, seguida da Conferência: «A Origem da Instituição do Recolhimento do Louriçal», por Frei José Silvestre dos Ramos Silva
Dias 13, 14, 15, 16 : Triduo e Festa do Desagravo
18,30h – Adoração Eucarística e Missa
Dia 25 – 15,00h – Adoração Eucarística seguida da Conferência: «D. Pedro II» por Maria Paula Marçal Lourenço.
De 25 de Janeiro a 1 de Março de 2009 decorrerá em Vila Pouca da Beira uma exposição documental referente ao Convento do Louriçal.
Exposições documentais e outros eventos surgirão durante o ano 2009, no Louriçal ou outros locais que estão relacionados com o Convento do Louriçal.

Soure: um curso bíblico centrado no Ano Paulino




No salão paroquial de Soure, de 10 a 14 de Novembro, decorreu um Curso Bíblico dedicado ao Ano Paulino e destinado especialmente às comunidades cristãs do arciprestado Alfarelos e Soure. Promovida pelo arcipreste, padre José Cunha, a iniciativa foi orientada por Frei Manuel Arantes da Silva dos Frades Capuchinhos, e pretendeu estimular a leitura e interpretação das Cartas de São Paulo e incentivar o estudo da Bíblia. Durante os cinco dias, Frei Arantes catequizou com a vivência de São Paulo, dezenas de participantes, iniciando o curso com a descrição da vida de São Paulo, "aquele que, perseguindo os cristãos, foi chamado por Deus para ser Seu apóstolo e evangelizar".
Destas sessões evangelizadoras aprendemos que "após a conversão de Paulo ao Cristianismo, o apóstolo dedicou inteiramente a sua vida a pregar a Palavra de Jesus, estendendo-a a quase todo o mundo antigo. É chamado o "Apóstolo dos Gentios" pois levou a palavra aos pagãos e não só para os judeus", disse o frade, esclarecendo que "escolhido por Jesus para o apostolado, Paulo sabia que sua missão não era outra a não ser pregar e difundir o Evangelho. E isto significava, para ele, mostrar a todos a figura de Cristo como Mestre e Salvador do mundo. Daí a sua profunda humildade, mostrando-nos que, na sua missão de evangelizador, ele não buscava pregar a si mesmo ou fazer alarde da sua sabedoria. Era apenas um servidor do Evangelho e isso pela vontade daquele que o escolhera: "Sou o último dos apóstolos e nem mereço ser chamado assim, pois vivi perseguindo a Igreja de Deus" (I Cor 15, 9).
O apóstolo, apoiando-se na sua fé, na sua profunda convicção, aliadas a uma imbatível perseverança, no meio de tantos sofrimentos, escreveu cartas (ou epístolas) a algumas comunidades que evangelizou. As suas cartas mostram o carácter humilde e despretensioso do grande Evangelizador.
O maior benefício espiritual ao celebrar o Ano Paulino é certamente a vivência de nossa fé, para que cada um de nós seja discípulo missionário de Jesus com foi Paulo, com a vida, a palavra e seus escritos. As Cartas de São Paulo deram origem a composições e melodias de CD de música religiosa, numa iniciativa dos frades franciscanos capuchinhos. "Paulo, Apóstolo de Cristo Jesus/ escolhido para anunciar/ o Evangelho da graça e da cruz/- Ai de mim, se eu não Evangelizar!" é um dos temas musicais que reflecte a missão de apostolado que todo o cristão deve assumir.



Aldo Aveiro

Figueira de Lorvão: Escuteiros em festa


O passado dia 9 de Novembro, foi dia de festa para os escuteiros de Figueira de Lorvão. O agrupamento, que conta já com cinco anos de existência, foi filiado no Corpo Nacional de Escutas (CNE).
A filiação é o momento em que um agrupamento, até aí em formação, é oficialmente aceite pelo Corpo Nacional de Escutas (CNE) e por ele é reconhecido como autónomo. Uma vez que se trata da associação de escutismo católico português, a cerimónia integrou a Eucaristia dominical, pelas 15 horas, na igreja matriz de Figueira de Lorvão.
Foi uma cerimónia emotiva e vivida intensamente pelos elementos do agrupamento. Como a concretização de um sonho, há muito acarinhado. Entre muitos sorrisos e algumas lágrimas, foi ali entregue a bandeira onde se pode ler: Agrupamento 1316 – Figueira de Lorvão, pelo Chefe Regional de coimbra, Vítor Fernandes, perante a comunidade paroquial, pais, amigos e também muitos outros escuteiros da Região que fizeram questão de marcar presença.
A Eucaristia foi presidida pelo Padre João Paulo Vaz, assistente regional de Coimbra do CNE e concelebrada pelo padre Cândido Costa, assistente do agrupamento. Ambos salientaram a importância desta filiação, para a comunidade de Figueira de Lorvão e a enorme alegria por este acontecimento.
Estiveram presentes a Junta Regional de Coimbra do CNE, a Junta de Núcleo Centro-Norte, e ainda escuteiros dos agrupamentos 355 – Montes Claros, 1079 – Penacova e 163 – Santa Cruz. O Grupo de Jovens "Mensageiros da Alegria", de Figueira de Lorvão, também esteve representado.
Após a cerimónia e a visita à sede do agrupamento, realizou-se no salão de Gavinhos um lanche partilhado, organizado pelos pais dos elementos do agrupamento, e um magusto onde não faltou animação.
Foi este o ponto mais alto na história de um agrupamento que deu os seus primeiros passos há cinco anos atrás, e desde então se tem vindo a afirmar no seio da paróquia de Figueira de Lorvão. Se no início, a ideia do escutismo parecia estranha naquela localidade, hoje são mais de 40 as crianças e jovens que têm a oportunidade de viver todos os momentos de descoberta, desenvolvimento, união, liberdade e realização que o Escutismo lhes proporciona.
O Agrupamento 1316 conta actualmente com cinco dirigentes, que muitos se empenharam para que este momento fosse uma realidade. No entanto, estão também de parabéns todos os Escuteiros do Agrupamento, pais amigos e a comunidade que souberam acolher esta ideia, permitindo que hoje ela desse fruto.

Rita Simões

Centro de Acolhimento João Paulo II


O Centro de Acolhimento João Paulo II vai realizar nos dias 22 e 29 de Novembro e 13 de Dezembro uma formação sobre "Um Olhar sobre o sem-abrigo e o papel interventivo das equipas de rua". No dia 20 de Dezembro realizará a sua tradicional festa de Natal para as crianças carenciadas. Para mais informações poderão contactar a instituição através dos números: 239 718001; 96 2146365 ou e-mail: c.acolhe-joaopaulo@sapo.pt

Oficinas de Oração e Vida


Os guias das oficinas de Oração e Vida celebraram o seu Dia Diocesano no passado dia 16 de Novembro, com uma celebração da Eucaristia, na Casa do Clero, com os sacerdotes ali residentes, seguindo-se de um almoço-convívio.
Quanto ao serviço apostólico deste organismo, estão a realizar-se oficinas em Santo Amaro (Penela), em São Mamede, Aveleira e roxo da paróquia de Lorvão, com grande adesão por parte dos paroquianos.