Correio de Coimbra

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4 de março de 2009

"Trazer a Diocese à Cáritas e levar a Cáritas à Diocese”



- desejo expresso pelo Padre Luís Costa, presidente da Cáritas Diocesana, em entrevista ao "Correio", a propósito da Semana Nacional da Caridade, entre 8 e 15 de Março.


Grande entrevista, conduzida pelo jornalista Miguel Cotrim, esta semana, no seu semanário "Correio de Coimbra".


Não perca, à venda a partir de sexta-feira na sua paróquia...

Inventariação da Paróquia de Santa Maria de Arrifana


José Eduardo R. Coutinho

No dia 3, deste mês, ficou concluída e completada a inventariação da paróquia de Santa Maria de Arrifana, com um total de 73 novas fichas e o pormenorizado registo fotográfico do património encontrado, na igreja matriz e nas capelas, em parte cuidadosamente reunido e acautelado pelo senhor Padre Anselmo Ramos Dias Gaspar, durante o munus pastoral, nesta circunscrição eclesiástica. O presente labor teve o acompanhamento do actual pároco, o Padre Joaquim Lopes Ribeiro Natário, e beneficiou de certas informações prestadas pelo senhor Eng. Paulo Carvalho.
A documentação escrita - utilizada no artigo anterior, para elucidar o passado da região poiarense, na generalidade histórico-geográfica - tem, agora, especial incidência: a uilla que dicunt algazala (Algaça) e os uillares iuxta ribulo mondeco nomine lauredo et sautelo (…) per suos terminos anticos (Diplomata et Chartae, 2) mencionados em 850-866, estão situados no território desta jurisdição paroquial, como, também, o estaria o desaparecido assentamento de Alkinitia.
Enquanto o sufixo -azala ( -aça) evoca um contexto sócio-cultural moçárabe, mantido nos topónimos Algaça, Almaça e Cortegaça, todos na média bacia mondeguina, e sob administração governativa de Coimbra, o caso dos vilares, entendidos como fragmentação da villa rústica, original, igualmente assegura um povoamento continuado, porém, retendo dois aproximados diminutivos medievais: Lauredo (Louredo), do latim laur- + o sufixo -etus; e Sautelo (Soutelo), do latim saut- + o sufixo -ello. Respectivamente, designam matas de loureiros e de castanheiros, sobressalientes em terrenos baldios, ou, incultos.
Fazendo perceber o distante estado geológico-vegetal destes sítios, o topónimo Arrifana pode reportar a fundação islâmico-moçárabe, e o nome ser proveniente de arrayan, a designação árabe do mirto, ou, murta, Myrtus communis L, um arbusto da família Myrtaceae, frequente nos terrenos acidentados e pobres.
Todavia, o diploma de 6 de Agosto de 930 (D.C., 42), ao traçar a divisória estabelecida entre as áreas de Alkinitia (Alcainça) e Coua (Penacova), concede o mais raríssimo teor esperado do enunciado que apresente uma antiga descrição de remotos limites de uma villa, de sentido territorial, evidentemente, cujos pontos de referência sejam em tal número e variedade, a testificar antiguidade tão recuada, como neste caso, apenas superado em Santa Comba Dão. Em pleno século X, ainda conservava as velhas confrontações iniciais, sendo as petras fictiles os termos fixos, a que alude o Código Visigótico, respeitando-os da propriedade fundiária hispano-romana, e as arcas as construções, de quatro paredes, destinadas a proteger marcos divisórios, edificadas pelos agrimensores imperiais, sob domínio de Roma.
Posteriormente, a 25 de Fevereiro de 980 (D.C., 127), a doação de Alcainça, feita pelos esposos Gaudino e Composta, ao mosteiro de Lorvão, já refere a igreja dedicada a São Martinho, pertença daqueles religiosos, o que diz a solicitude praticada, sob a própria jurisdição espiritual, no aro de influência monástica.
Quer a doação daquele casal, quer a de Secular e Abuzat, feita à mesma comunidade religiosa, com data de 25 de Junho de 992 (D.C., 165), demonstram intensas actividades agrícolas, a génese dos povoados e a progressiva colonização pré-nacional, eivada da religiosidade do tempo: a par dos começos agrários, efectuados numa extensa planície, de pastagens e lavradios, a labuta do campesinato continha o alento da fé cristã, também assistida pelas devoções em voga; o caso indicado e o de Santa Marinha, já intensa, por certo, em edificação remota, numa ermida desse título, conservada, como as congéneres, através de sucessivas restaurações, mesmo nos finais da Idade Média, pontuam dois sítios de culto. Esta rara invocação, de directo relacionamento com a pastorícia, fornece a parte complementar das principais ocupações rurais, visto a situação dos povoadores depender dos rendimentos agro-pastoris, aqui particularmente condicionados pelos relevos limítrofes do Mondego, de si pouco dadivosos e muito bravios.
Devido aos variados factos, seguramente documentados, é possível admitir o centro da vida celebrativa na primitiva igreja de Santa Maria, sede cultual da considerável inclusão no Isento do Mosteiro de Santa Cruz, nestas paragens, a cuja congregação pertencera, e onde restam indicadores epigráficos, como a inscrição gravada, em lápide, datada do último ano do século XII, a imaginária quatrocentista e os exemplares azulejares hispano-árabes, do século XVI.
Incorporado, depois de 1537, com as rendas do priorado-mor, na Universidade, esta aí recebia os dizímos e as primícias, para que tinha adega e celeiro locais, e diversos foros.
O novo senhorio merecera ficar assinalado, na divulgada novidade do manuelino, nas instalações económicas, e ter perpetuação heráldica, no complexo retabular da capela-mor, directamente dependente da responsabilidade do padroado, rematado pelo escudo de armas, partido, com as representações régias, de Portugal, e a figuração da Sabedoria, personificada, de ceptro, coroada e cercada dos atributos do saber académico, sendo tudo encimado pela coroa real.
Com efeito, e no cumprimento das obrigações que lhe competiam, esta instituição de ensino dotou a paróquia de condignos bens patrimoniais, muito apreciados, para os actos de culto, para a sagrada liturgia e para as manifestações públicas e solenes da fé, dos quais subsistem paramentos, alfaias requintadas, imagens, pinturas e metais, de distintas qualidades.

Encontro Nacional de Jovens orientado pela FNIS

A Federação Nacional de Institutos Seculares (FNIS) vai levar a efeito no dia 7 de Março, no Instituto da Sagrada Família, em Coimbra, um Encontro Nacional de Jovens. O tema "Sem Deus… um mundo inóspito e vazio" pretende dar uma oportunidade aos participantes conhecer a Consagração na Secularidade.
O tema será trabalhado através de uma peça de teatro, feito por dois grupos de jovens. Toda a reflexão será apresentada de um modo muito agradável, juvenil, activo e envolvente.
A manhã será preenchida através de um peddy-papper e a reflexão da tarde com um teatro e filme preparado por dois grupos de jovens: ETC - Escola de Teatro de Coimbra e GATA - Grupo Amador Teatro de Almagreira. Segundo a FNIS não há qualquer valor de inscrição devendo os participantes levar alguma coisa para o almoço que será partilhado. Para mais informações ou respectivas inscrições poderão ser feitas para seguinte endereço electrónico: sagradafamilia@sapo.pt ou via tlm. (D.ª Estrela) 96 9098616.

3 de março de 2009

Busto do Padre Américo inaugurado a 15 de Março




Entre os vários actos de evocação da figura do Padre Américo a ocorrer em Coimbra, na semana de 7 a 15 de Março, destaca-se a inauguração de um busto, obra do escultor Alves André, no Largo da Cumeada, junto às Arcas de Água da Avenida Dias da Silva. Esta inauguração está prevista para o dia 15 de Março, pelas 11,30 horas, depois da missa presidida por D. Albino Cleto na igreja de Santa Cruz.
A evocação começa no próximo sábado, pelas 15 horas, com uma mesa redonda, na igreja de S. Tiago, em que participam o Padre Carlos Galamba, colaborador e continuador do Padre Américo na Obra da Rua, o Prof. Ernesto Candeias Martins, investigador da obra do evocado, e a Prof.ª Manuela Lopes Cardoso. Segue-se a inauguração de uma exposição na Galeria Almedina, pelas 18 horas, e o lançamento do livro de E. Candeias Martins, A pedagogia social do Padre Américo Monteiro de Aguiar.
Miguel Cotrim

De 14 a 21 de Abril


Peregrinação à Ásia Menor
seguindo os passos de S. Paulo
A Diocese de Coimbra organiza uma peregrinação a algumas das cidades da Ásia Menor (actual Turquia) que foram evangelizadas por S. Paulo. Assim, estão previstas visitas a Antioquia (na Síria), lugar de onde Paulo e Barnabé partiram para as suas viagens missionárias, a Tarso, a Antioquia da Pisídia, a Éfeso e a Pérgamo.
Esta peregrinação é presidida por D. Albino Cleto. O custo por pessoa é de 1330 euros.
Estando já inscritas cinquenta pessoas, e havendo alguns pedidos de última hora, a organização decidiu alargar o número de participantes até setenta. Por isso, ainda se aceitam inscrições até 20 de Março. Estas inscrições só terão validade se forem preenchidos os setenta lugares.
As inscrições e os pedidos de informação devem ser feitos junto do Cónego João Castelhano, na igreja de S. José, tel. 239 712 451 ou por e-mail:
igreja.s.jose@mail.telepac.pt

Que S. Paulo abençoe a nossa diocese


Este foi o pedido que os Peregrinos de Coimbra fomos repetindo dia a dia, à medida que caminhávamos para Roma, vindos da Ilha de Malta e evocando repetidamente o que o Livro dos Actos dos Apóstolos nos conta sobre as últimas etapas da viagem de Paulo, já prisioneiro, a caminho de Roma.
Foram dias inesquecíveis, segundo repetiam os 19 peregrinos que no sábado passado chegaram a Coimbra. Desde a boa organização da Agência Geotur, à pontualidade, à familiaridade criada entre os peregrinos, tudo concorreu para que a semana fosse um excelente exercício de aumento de cultura cristã e histórica, de encantamento turístico e também de vivência espiritual.
Para que assim fosse valeu a presença do nosso Bispo, de um excelente grupo de padres e da colaboração dos leigos, que constituíam a maior parte. Foi também apreciável a qualidade dos guias que nos foram acompanhando.
Malta é, na sua humildade geográfica, um país progressivo. Católico na grande maioria dos seus quatrocentos mil habitantes, constantemente nos fala de S. Paulo, sobretudo nas suas igrejas.
Entrados na Sicília, tivemos de estar atentos ao motivo da nossa peregrinação, já que a beleza das paisagens e a riqueza da história constantemente nos prendiam o espírito. As cidades da Siracusa, Catânia, Taormina e Messina constantemente nos levavam a considerar como são transitórias as obras dos homens, ainda mesmo as dos Gregos e Romanos, que ali deixaram marcas impressionantes.
Já a viagem pela meia encosta do vulcão Etna nos orientou mais para a maravilha da criação, ao contemplarmos os encantos da neve que cobria árvores e montes. Ficámos assim compensados de não vermos o vulcão, que as nuvens esconderam.
Chegados a Nápoles, não sabíamos que mais admirar, se os encantos da paisagem se a elegância da cidade… Caiu-nos no coração o acolhimento daqueles frades Capuchinhos, em cuja igreja celebrámos a Eucaristia, que quiseram à viva força brindar-nos com os simpáticos bolos que acompanharam o café da manhã.
Era tempo de voltarmos a dialogar com S. Paulo. E assim foi, sobretudo diante das placas comemorativas que nos recordavam os passos do Apóstolo até à sua entrada em Roma.
Na cidade eterna tudo se harmonizou: a arte, os testemunhos da fé, o sol temperado que nos permitiu aproveitar ao máximo os dois dias. O último deles foi todo cheio de memórias de S. Paulo: na prisão Mamertina, no local do Tre-Fontana, onde foi martirizado, na sua harmoniosa Basílica, onde a Eucaristia foi particularmente solenizada.
Junto ao túmulo do Apóstolo das Gentes deixámos a Diocese de Coimbra. A ele, trouxemo-lo no coração.

CM

Conferências Quaresmais em S. José


Como é habitual, há uns anos para cá, as paróquias da cidade de Coimbra levam a efeito às quintas-feiras à noite no Salão de Paroquial de S. José, as tradicionais Conferências Quaresmais, este ano sob o tema "Onde está Deus, hoje?
António Marujo, jornalista do jornal "Público", especializado em temas religiosos, é o primeiro conferencista a iniciar no dia 5 de Março, pelas 21,15 horas, o ciclo de conferências quaresmais.
Licenciado em comunicação social pela Universidade de Lisboa, foi contemplado, pela segunda vez, com o prémio "John Templeton". Este prémio destina-se a honrar jornalistas que escrevem sobre religião na imprensa laica, com exactidão, imparcialidade e espírito ecuménico.
Publicou um livro sobre o primeiro ano de Pontificado de Bento XVI "Uma Papa (IN)esperado". Outro intitulado: "Para além das imagens…Para além das Palavras" sobre pessoas deficientes. Publicou ainda, recentemente, uma entrevista com José Tolentino Mendonça, padre, poeta e professor de Bíblia, intitulado: "Jesus é um mistério fascinante, ainda por descobrir".
No dia 12 de Março, caberá a António Pinto Leite, falar sobre o tema "Caminhos de Damasco". Quais são, para os homens de hoje os caminhos de Damasco? Como é que Jesus interpela? Como reconhecê-lo? António Pinto, antigo dirigente do PSD, colabora semanalmente com o semanário Expresso.
No dia 19 de Março, Maria do Loreto Paiva Couceiro, do movimento GRAAL abordará o tema "Que Igreja num mundo global?" Num mundo global, uma Igreja global, sem distinção de raças nem de cores, preocupada com todos os homens e com o homem todo. É esta a Igreja que somos? Serão as respostas dadas pela Dr.ª Maria do Loreto Paiva Couceiro, doutorada em Ciências da Educação pela Universidade Nova de Lisboa.
No dia 26 de Março caberá ao Bispo Auxiliar de Braga, D. António Couto falar sobre o tema "Comunidades e capelinhas?". D. António Couto foi ordenado bispo em 2007 e pertencia aos Missionários da Boa Nova.
No dia 2 de Abril, o Padre Doutor Joaquim Carreira das Neves falará sobre o tema "Desafios da Evangelização, hoje". O Padre Carreira das Neves é professor jubilado da Universidade Católica Portuguesa e é assídua presença no programa Ecclesia transmitido de segunda a sexta-feira na RTP 2.

Miguel Cotrim

Órgãos Gerentes para o triénio 2008/2011 na Casa de Formação Cristã da Rainha Santa


No dia 20 de Fevereiro, perante o representante do Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, Padre Aníbal Pimentel Castelhano, Pró-vigário da Diocese de Coimbra, tomaram posse os corpos gerentes da Casa de Formação Cristã da Rainha Santa Isabel para o triénio de 2008-2011. A Assembleia-Geral é presidida pela Dr.ª Manuela Carvalhão Mendes Teixeira Santos e a direcção presidida pela Dr.ª Maria Teresa Ribeiro Batista de Almeida e o Conselho Fiscal é presidido pela Dr.ª Maria de Lurdes Santos Silva Machado.

Ordem do Romeiro do Divino Senhor da Serra


A Ordem do Romeiro do Divino Senhor da Serra vai mandar celebrar uma Eucaristia no próximo domingo 8 de Março pelas 12 horas, no Santuário do Divino Senhor da Serra, paróquia de Semide, Miranda do Corvo, por alma do senhor Dr. Juiz Conselheiro Armando Pinto Bastos, por ocasião do quarto aniversário do seu falecimento. O Juiz Conselheiro, foi o primeiro procurador da Ordem do Romeiro, era natural do Lugar do Senhor da Serra, fez parte da comissão promotora para a criação da Ordem, da qual era romeiro fundador. A Ordem do Romeiro agradece a todos os romeiros e demais pessoas que queiram participar no piedoso acto.

Secretariado Diocesano de Coimbra do Movimento da Mensagem de Fátima


O Secretariado Diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima promove no dia 28 de Março um dia dedicado a todos os doentes da Diocese de Coimbra que já tenham feito um Retiro para Doentes, em Fátima, extensivo a todas as pessoas que já colaboraram nas respectivas Equipas de Apoio. Decorrerá no salão polivalente da igreja de S. José, em Coimbra, com o seguinte programa: 9.00 horas - Acolhimento; 9.30 horas - Recitação dos Mistérios Gozosos do Rosário; 10.00 horas - Apresentação das boas-vindas pelo Bispo de Coimbra; 10.15 horas - Reflexão pelo Pe. Manuel Antunes; 11.15 horas - Confissões e Adoração do Santíssimo; 12.00 horas - Eucaristia presidida pelo Bispo de Coimbra; 13.00 horas - Almoço partilhado; 14.00 horas - A Srª Drª Helena Ventura falará sobre a sua experiência de Servita nos Retiros para Doentes em Fátima; 15.30 horas - A Srª Drª Branca Paul dará o seu testemunho sobre o modo como a Ir. Lúcia viveu o sofrimento; 16.30 horas - Visita ao Memorial da Ir. Lúcia (facultativo). Os interessados deverão confirmar a sua presença junto da Vogal Diocesana dos Doentes, até ao dia 15 de Março, pelos seguintes contactos: Isilda Lages - 919275043 / isildalages@hotmail.com

Vésperas na igreja de São José de Coimbra


A paróquia de S. José, em Coimbra, celebra na tarde de cada domingo da Quaresma, a Oração de Vésperas, parte integrante da Liturgia da Igreja. Reunida em oração, cantando os salmos, escutando e meditando a Palavra de Deus, a Igreja caminha confiada para a Páscoa de Cristo. A celebração, na igreja de S. José, inicia-se às 18 horas (ensaio da Assembleia às 17h45). Os responsáveis pela iniciativa indicam que "são já muitas as comunidades paroquiais que vão pondo em prática esta forma orante". "Na Paróquia de S. José, esta caminhada em oração tem constituído uma fonte de bem, reunindo semanalmente mais de uma centena de pessoas que em comum celebram os louvores de Deus", asseguram.

APPACDM abre residênciapara deficientes profundos


Está pronta a mais recente unidade da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Doente Mental (APPACDM) de Coimbra. A residência para deficientes profundos custou 450 mil euros e deverá ser inaugurada brevemente, recebendo 16 pessoas. Mas a instituição tem muitos mais em lista de espera, perto de 100 aguardam respostas em unidades idênticas.
De acordo com a presidente da APPACDM de Coimbra, Helena Albuquerque, esta era uma estrutura há muito esperada e, ainda assim, não irá responder a todas as necessidades: "Temos uma lista de espera de perto de uma centena de casos". Os utentes das unidades residenciais são deficientes profundos, que frequentam os centros de actividades ocupacionais (CAO) da associação, e têm mais de 30 anos; os pais, familiares ou cuidadores atingiram também uma idade que lhes limita as capacidades físicas e psicológicas, pelo que necessitam de ser institucionalizados em unidades específicas.
"De manhã foi celebrada a Missa Solene, na Capela da Universidade, presidida por monsenhor Leal Pedrosa.Não podem ser colocados num lar com idosos, por exemplo, porque necessitam de ajuda especializada. Têm dificuldade em comunicar e só pessoas com formação são capazes de os compreender, de modo a poder satisfazer as suas necessidades mais básicas", sustenta a responsável.
A APPACDM tem já duas outras residências, uma em Montes Claros (Coimbra) e outra no Rovisco Pais (Tocha). De todas as valências da instituição esta é a mais carenciada. Helena Albuquerque lembra que uma das maiores angústias dos pais de cidadãos deficiência mental é, exactamente onde e a quem os confi-ar quando as forças já faltam aos próprios cuidadores.
De acordo com a responsável, o financiamento da instituição provém da Segurança Social, para as residên-cias e centros de actividades ocupacionais; do Instituto de Emprego e Formação Profissional para forma-ção e empresas de inserção; do Ministério da Educação, fruto do apoio às crianças e jovens com deficiên-cia que frequentam a escolaridade obrigatória. É suficiente para dia-a-dia, mas não suporta investimentos, como o que foi feito na unidade, repara Helena Albuquerque, adiantando que apenas 100 dos 450 mil euros foram financiados pelo Estado.
Criada há 35 anos, a APPACDM de Coimbra apoia 800 jovens, com unidades nos concelhos de Coimbra, Montemor-o-Velho, Cantanhede e Arganil. Pelo menos 200 destes utentes são deficientes profundos, pelo que deverão necessitar, a curto prazo, de resposta residencial.

Manuel Antunes com empresários cristãos



Manuel Antunes, director do Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra vai falar no próximo dia 10 de Março aos empresários e gestores cristãos sobre os valores e desafios para um novo paradigma na gestão. A Conferência/Almoço tem início as 13 horas no Salão da Sé Velha. Contacto para participação: 96 907068 ou acegecoimbra@gmail.com.

Coimbra vai ter núcleo museológico sobre a Rainha Santa




Uma escola primária desactivada na freguesia de Santa Clara, em Coimbra, vai acolher este ano um núcleo museológico evocativo da figura da Rainha Santa Isabel, a padroeira da cidade.


O edifício centenário, localizado ao lado do parque temático Portugal dos Pequenitos, será reabilitado para acolher o espólio doado pelo coleccionador Alfredo Bastos, constituído por mais de dois milhares de peças, iconográficas e documentais.
Embora seja uma figura histórica e a padroeira de Coimbra, na cidade não existe um espaço evocativo da sua memória, além dos mosteiros de Santa Clara-a-Velha, onde se recolheu após a morte do rei D. Dinis, e de Santa-Clara, onde repousam os seus restos mortais e se evoca o culto em sua honra.
Nas salas da antiga Escola Primária António Maria dos Santos, além do espólio evocativo à Rainha Santa Isabel ficará patente outro alusivo a Inês de Castro, de menores dimensões, ambas figuras históricas liga-das à freguesia de Santa Clara.
A intenção da junta de freguesia é instalar aí, ainda, um centro de convívio para idosos, e serão os pró-prios idosos a encarregar-se do acolhimento dos visitantes e do serviço na sala de chá aí a funcionar, reve-lou o seu presidente, José Simão.
Recordatório, memorial ou núcleo museológico são as possibilidades de designação do espaço, que o autarca espera ver inaugurado a 4 de Julho, Dia da Cidade, a data evocativa do falecimento da Rainha San-ta Isabel.
Para a adaptação do edifício da escola às novas funcionalidades a autarquia já reuniu de 60 mil dos 100 mil euros necessários, e as obras deverão iniciar-se em breve.
A localização ao lado do Portugal dos Pequenitos, que anualmente acolhe 500 mil visitantes, é encarada por José Simão como factor de promoção deste projecto, mas na zona também se situam os dois mosteiros de Santa-Clara e a Quinta das Lágrimas, esta última palco dos amores fatídicos de Pedro e Inês de Castro.
O espólio doado por Alfredo Bastos, que englobará entre 3 a 4 mil peças alusivas às duas figuras históri-cas e míticas, é constituído, nomeadamente, por livros, medalhas, estatuetas, documentos, jornais, selos, cartazes, programas de festas, postais e fotografias. Entre os documentos faz parte um recibo que regista a doação de um litro de azeite à Rainha Santa, para iluminação, efectuado em 1952 pela mãe de Alfredo Bas-tos, como tributo pelo pedido feito para que o filho fosse aprovado num exame.
"Vida e Milagres da Rainha Santa Isabel", de 1869, a "História da Vida, Morte, Milagres e Canonização e Trasladação da Sancta Izabel, VI Rainha de Portugal", de 1868, da autoria de Fernando Correia de Lacerda, são algumas das obras do acervo.
No entanto, para Alfredo Bastos, a obra mais valiosa do espólio doado é uma colectânea de sermões, edi-tada em 1730, e que teria feito parte da extinta biblioteca do Mosteiro de Santa Cruz.
Miguel Cotrim