Correio de Coimbra

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13 de setembro de 2007

Santa Casa da Misericórdia recorda Mons. Nunes Pereira



Encontra-se patente até ao próximo dia 12 de Outubro, no museu da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra, uma exposição alusiva à memória de Monsenhor Nunes Pereira.
No dia da inauguração, que decorreu no passado dia 12 de Setembro, curiosamente, no dia em que se completaram 507 anos da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra, o provedor Aníbal Pinto Castro recordou a figura e a acção de Mons. Nunes Pereira, quer como artista, quer como sacerdote na cidade onde quase sempre viveu.
Ao longo deste ano, têm-se multiplicado homenagens comemorativas do primeiro centenário do nascimento de Monsenhor Nunes Pereira e a Misericórdia de Coimbra, segundo o seu provedor, não quis ficar indiferente a esta efemeridade. Esta pequena e humilde exposição que tem por tema “Monsenhor Nunes Pereira – Itinerários da Memória” foi trabalhada pelo vice-provedor Augusto Alfaiate e pelo funcionário Luís Miguel Fernandes.
O reitor do Seminário Maior de Coimbra, cónego Aurélio Campos retratou a simbiose perfeita deste homem com a fé e a arte. Esta exposição retrata a preocupação de Mons. Nunes Pereira em demonstrar a arte como instrumento de evangelização, concluiu o reitor ao discursar na sessão de inauguração desta exposição que estará patente ao longo de um mês.
Miguel Cotrim

Disciplina de Moral com novos programas

- Experiência na diocese decorrerá na EB 2.3 de Mortágua

Com a presença de 800 professores de Educação Moral e Religiosa Católica, oriundos de todos o país, decorreu em Fátima, de 6 a 8 de Setembro, o Fórum de Lançamento dos Programas da disciplina. Com efeito, após a aprovação dos mesmos pela Comissão Episcopal da Educação Cristã (CEEC), em Julho último deu-se início ao trabalho preparatório para a sua implementação, no qual se inseriu o referido fórum.
Subordinado ao tema “Quando a cultura interpela a fé”, o fórum contou com apresentações de fundamentação teórica geral, como a de D. Tomás da Silva Nunes, presidente da CEEC, sobre “a identidade e metodologia do ensino religioso escolar”, a de João Eleutério, da Faculdade de Teologia da UCP, acerca do “religioso e do moral no mundo contemporâneo”, ou a de Fávio Pajer, o italiano que preside ao Fórum Europeu do Ensino Religioso Escolar, sobre “modelos de ensino religioso: desafios da actualidade”.
Teve igualmente apresentações mais específicas sobre a operacionalização do programa de Educação Moral Religiosa Católica (EMRC), como a de Maria do Céu Roldão, professora da Escola Superior de Educação de Santarém, sobre “crescer competente: metas e pedagogias”, a de Paulo Malícia, da UCP-Lisboa, acerca da “Bíblia na prática educativa”, a de Jorge Paulo Pereira, do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), sobre a “gestão de programas de EMRC”, e a de Cristina Sá Carvalho, do SNEC, e Ana Margarida Flor, docente do ensino secundário, sobre “metas educativas e avaliação pedagógica”. Houve ainda lugar a uma apresentação sobre o sítio da Internet
www.emrcdigital.com, apresentado pelo seu autor, Paulo Morgado, do SNEC.
No último dia decorreram alguns seminários de formação direccionados para as unidades lectivas presentes no programa. Este irá ser aplicado, no corrente ano em regime experimental, nalgumas escolas (na nossa diocese, será na EB 2.3 de Mortágua) e arrancará definitivamente no próximo ano lectivo 2008/2009, para os 1.º, 5.º, 7.º anos e para o ensino secundário. E progressivamente para os restantes anos.
Estão, assim, lançadas as bases para uma mudança sentida por todos como necessária.

Luís Alves

12 de setembro de 2007

Opinião


O SILÊNCIO DE DEUS

José Dias da Silva

Ocorreu recentemente o décimo aniversário da morte de duas mulheres famosas: Diana, "a princesa do povo", e Teresa, a serva dos pobres de Calcutá. Seria interessante reflectir sobre as razões por que a comunicação social recordou tanto Diana quanto esqueceu Teresa. Talvez porque Diana se serviu de vários homens a quem nunca faltou dinheiro e Teresa serviu muitos homens (e mulheres) que não tinham sequer pão e água, numa vida sem picante para vender jornais.
Mas, e até os olhos sorriram aos jornalistas, afinal Teresa de Calcutá também teve os seus desgostos de amor com o seu Amado. Assim, assim! Assim temos mulher… e notícia!
Efectivamente a madre Teresa teve os seus tempos de "aridez espiritual": "Tenho uma terrível nostalgia de Deus". E acrescentava que a maior pobreza é não se sentir amado, solicitado, cuidado por ninguém, como ela sentia que estava a viver a sua relação com Jesus.
Percebe-se a curiosidade de jornalistas que de caminhadas místicas pouco percebem. Bastaria, por exemplo, ler S. João da Cruz, para perceber a importância da "noite", da "escuridão" (espirituais) e que só na parte final se alcança o êxtase ou a união profundamente íntima com Deus. O próprio Jesus sentiu este silêncio de Deus, quando na cruz gritou "Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonaste?" (Mt 27,46). Portanto, não há santos sem aridez espiritual, como não há fé autêntica sem dúvidas momentâneas ou periódicas: "Se um dia chego a ser santa, seguramente serei uma santa da ‘escuridão’. Seguirei estando ausente do Céu para dar luz aos que estão na escuridão na terra"!
Neste contexto, ela animava as suas irmãs: "Minhas queridas filhas, sem sofrimento, o nosso trabalho seria somente um trabalho social, muito bom e útil, mas não seria obra de Jesus Cristo, não participaria da redenção. Jesus deseja ajudar-nos partilhando a nossa vida, a nossa solidão, a nossa agonia e morte. Tudo isso ele assumiu em si mesmo e o levou à noite mais escura. Somente sendo um de nós nos podia redimir. A nós, permite fazer o mesmo: toda a desolação dos pobres, não apenas a sua pobreza material, mas também a sua profunda miséria espiritual deve ser redimida e compartilhada. Orai, então, assim quando isso vos resulte difícil: Quero viver neste mundo, que está longe de Deus, que se distanciou da luz de Jesus, para ajudá-lo, para carregar uma parte de seu sofrimento".
Quando alguém sente uma fé sem dúvidas é bom que se analise para avaliar a autenticidade da sua fé. Porque a fé não é ciência, não é certeza racional; é risco, é amor, é uma certeza outra que tem muito de irracional, como o amor autêntico.
Mas o silêncio de Deus envolve outros aspectos e perspectivas.
Onde está Deus em todo o sofrimento deste mundo? Onde estava Deus em Auschwitz ou Dachau? Onde está Deus nos massacres e nos genocídios? É a pergunta clássica e tão velhinha como o mundo. Mas uma resposta, pelo menos dos que têm fé, é "fácil": Deus está nos que foram gaseados ou mortos nos genocídios. A cruz de Cristo não terminou no Calvário há dois mil anos. Repete-se em cada derrotado da história, em cada vítima da injustiça, em cada marginalizado da sociedade: Deus está a ser de novo e continuamente crucificado em cada uma destas vítimas, tão real e presente como está na Eucaristia, porque "sempre que (não) fizestes isto ao mais pequenino dos meus irmãos foi a MIM que o (não) fizestes" (Mt 25,40.45). Por isso, a cruz de Cristo não devia ser apenas uma sinal que tantas vezes fazemos de modo envergonhado dentro das paredes das igrejas ou no silêncio do quarto: "Enquanto os judeus pedem sinais e os gregos andam em busca de sabedoria, nós pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gregos" (1Cor 1,22-23).
É este escândalo e esta loucura que também nós, os crentes, parecemos não querer aceitar. Cristo foi crucificado porque lutou contra uma sociedade injusta: "ou ele ou nós" diziam, com razão, os sacerdotes (cf Jo 11,48). Se Cristo continua hoje em silêncio, crucificado nas vítimas silenciosas e silenciadas, é porque nós mantemos uma sociedade injusta e não lutamos contra ela em nome de Jesus Cristo. Se estivéssemos na frente da luta contra a injustiça e as violações da dignidade humana, estaríamos a gritar Cristo. Não haveria o silêncio de Deus.
Se o silêncio de Deus é hoje tão grande é porque os que dizem que acreditam nele não o manifestam: nem os primeiros responsáveis das Igrejas, mais preocupados em fazer discursos normativos do que em testemunhar a misericórdia e o amor infinitos de Deus (DCE,1: "No início do ser cristão, não há uma decisão ética…, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa"), nem os fiéis que quase sempre são simples reflexos da sociedade, traindo o mandato evangélico de testemunhar e viver o espírito do Sermão da montanha. E, no entanto, desde as primeiras páginas da Bíblia sabemos que Deus é o senhor da história (cf. GS 26) mas quer que sejamos nós os seus agentes transformadores: "Desci a fim de libertar o meu povo… e de o fazer subir desta terra para uma terra boa onde corre leite e mel… E agora vai: Eu te envio ao faraó e faz sair do Egipto o meu povo"(Ex 3,8.10).
Esta ordem a Moisés foi um mandato para cada um de nós. Pela resposta que dermos no compromisso pela justiça e com os deserdados da história seremos julgados (cf. Mt 25,40.45).

Segundo um estudo do Centro de Estudos Sociais

Pobreza em Coimbra aumenta

O desemprego tem contribuindo imenso para o aumento da pobreza na região. Coimbra é neste momento um dos distritos mais pobres de Portugal. Muitos dos desempregados não recebem qualquer subsídio…O Estado falha, uma vez mais, no apoio à família.
Muitos dos trabalhadores por conta de outrem recebem menos de 500 euros por mês que contribuiu também para a pobreza registada num estudo elaborado pelo Centro de Estudos Sociais. Para além dos números divulgados, o estudo apresenta propostas para a elaboração de um plano de desenvolvimento social estratégico em concertação com os actores institucionais e com os cidadãos. Segundo o sociólogo Pedro Hespanha, “a sociedade tem de olhar para a situação e parar de desqualificar os trabalhadores manuais e de sobrevalorizar os títulos académicos”. No mesmo sentido, o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal, o Padre Jardim Moreira, fez um apelo à “coragem dos partidos”. “Temos de criar um novo paradigma social. Subsídio, rendimento mínimo e futebol são a «chapa batida» do império em ruína”, ironizou.

Entre 2000 e 2005, o número de desempregados no distrito aumentou 54 por cento entre os homens e 21 por cento entre as mulheres, revela um estudo do Centro de Estudos Sociais. Segundo os dados recentemente divulgados, a população feminina e os adultos dos 35 aos 54 anos são os mais afectados. O termo de contratos é apontado como motivo mais frequente da ruptura do vínculo laboral.
Em Soure, o desemprego masculino quase duplicou durante o período considerado, registando um aumento de 94 por cento. Por sua vez, entre as mulheres, é Mira o concelho que apresenta resultados mais críticos, com um acréscimo de 43 por cento no desemprego feminino, indica o estudo coordenado pelo investigador Pedro Hespanha.
Os resultados apontam também para a diminuição simultânea das ofertas de emprego e da taxa de preenchimento dos lugares disponíveis. De acordo com dados relativos a 2005, o número de colocações efectivas entre os desempregados registados no distrito situava-se nos 14 por cento, ficando por satisfazer cerca de 39 por cento das vagas.
Por outro lado, o estudo conclui que mais de metade dos desempregados não recebe qualquer subsídio decorrente da sua situação laboral. Em Dezembro de 2004, a percentagem média de subsidiados entre os homens atingia os 48,7 por cento, valor que decresce para os 41,9 por cento quando considerado o desemprego feminino.
Já no que respeita aos níveis de pobreza, os dados respeitantes a 2005 denunciam uma prevalência no distrito de situações de privação extrema superior à percentagem nacional. À data, existiam em Coimbra 8576 pessoas beneficiárias do Rendimento Social de Inserção (índice de pobreza extrema), perfazendo 1,9 por cento da população residente, valor que supera em quatro pontos percentuais o resultado nacional. Segundo o Centro Distrital da Segurança Social, metade desses subsidiados tem menos de 18 anos.

Miguel Cotrim


11 de setembro de 2007

Jornadas Missionárias


O futuro da missão

As Jornadas Missionárias Nacionais vão realizar-se, de 14 a 16 de Setembro, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, com o tema «O Futuro da Missão Ad Gentes. Perspectivas para o século XXI». A organização é da responsabilidade da Comissão Episcopal de Missões, das Obras Missionárias Pontifícias e da Comissão Missões CIRP. «O objectivo geral das Jornadas Missionárias é fomentar uma maior consciência e vivência da dimensão missionária da Igreja em Portugal. Quanto a objectivos mais práticos, dada a data da sua realização, em Setembro, sensibilizar o povo de Deus e a Igreja em Portugal para uma maior participação no mês de Outubro, reconhecido, a nível universal, como o mês missionário por excelência», explica o Padre Manuel Durães Barbosa, director nacional das Obras Missionárias, num comunicado enviado à imprensa. Os grandes objectivos para o século XXI passarão, entre outros, pela «realização do Congresso Missionário Nacional, em 2008, procurando envolver tudo e todos; desenvolvimento da consciência missionária entre crianças e adolescentes (para tal, existe a Obra da Santa Infância) e formação do laicado e voluntariado missionário. O que, por arrastamento, teria como efeito benéfico um maior envolvimento e intercâmbio entre dioceses e paróquias», conclui.

Jornadas da Comunicação


Nos próximos dias 27 e 28 de Setembro realizar-se-ão, em Fátima, na Casa das Dores, as Jornadas Nacionais de Comunicação Social. Promovida pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja, esta iniciativa é destinada a todos os profissionais da comunicação social. Esta edição será subordinada ao tema "Será verdade o que «vemos, ouvimos e lemos»? Durante dois dias vários oradores tentarão responder às seguintes questões: «Que realidade somos? Que realidade nos comunicam? Que realidade comunicamos? Estará de volta a questão de o que "vemos ouvimos e lemos" é verdade, ou vivemos o quotidiano iludido pelas imagens que fabricamos dentro e fora de nós próprios? O que é real e o virtual, como interagem e se viciam ou aperfeiçoam mutuamente? Quem nos engana? Gostamos de ser enganados? A verdade serve-se em bruto? Quem são os arquitectos e pintores da realidade? Que tom original oferece o olhar cristão? Como constrói a realidade o profissional cristão? Como a reflecte? Que ponte estabelece entre o imaginário e o concreto?» Entre os oradores estarão Francisco Sarsfield Cabral, director de Informação da Rádio Renascença; José Tolentino Mendonça, director do Secretariado Nacional da Cultura; D. Manuel Clemente, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, entre outras figuras ligadas aos media nacionais.

UM LIVRO POR SEMANA


A vida e o trabalho:
Um desafio espiritual
O autor deste pequeno livro é um beneditino alemão, Anselm Grün, formado em Economia e em Teologia com vários trabalhos traduzidos em português. Um deles, publicado também pela Paulinas Editora, intitula-se "Que fiz eu para merecer isto?", e é uma reflexão sobre o silêncio de Deus perante os dramas da humanidade ou perante o sofrimento humano. Outro, intitulado "Ao ritmo do tempo dos monges", parte da sua própria experiência monástica para transmitir ao homem de hoje a arte de ter tempo para tudo. Grün está convencido que os monges, nomeadamente os beneditinos, são verdadeiros mestres do tempo.
O título que hoje trazemos aos leitores, "A vida e o trabalho: um desafio espiritual", parte da experiência deste monge, que é o autor cristão mais lido no mundo de língua alemã e grande conselheiro espiritual de numerosos empresários que se assumem como cristãos.
Num mundo em que o trabalho e o êxito estão acima de tudo, nomeadamente das relações pessoais e familiares, Anselm Grün fornece algumas pistas para um maior equilíbrio de vida, partindo sobretudo da sua leitura do Evangelho e da Regra de S. Bento. "Quando atribuímos ao nosso tempo uma boa estrutura, não somos devorados por ele" – escreve o autor. O domínio do tempo de que dispomos é uma verdadeira arte. Ao alcance de todos.


A. Jesus Ramos


ANSELM GRÜN, A vida e o trabalho. Um desafio espiritual,
Paulinas Editora, Prior Velho 2007.

FALECIMENTO


Faleceu a Dr.ª Susana Almeida e Sousa
Faleceu em Coimbra, no dia 20 de Agosto de 2007, a Dr.ª Susana Almeida e Sousa. O seu funeral, depois de missa de corpo presente, realizou-se, no dia seguinte, para o jazigo da família na Conchada.
A Dr.ª Susana foi uma católica militante desde os bancos da escola. Licenciada em Direito, colaborou em diversos serviços da Igreja, nomeadamente no Tribunal Eclesiástico de Coimbra.
À sua família, o "Correio" envia sentidas condolências.

Alvares (também) homenageou o seu pároco


O Padre Ramiro Moreira, pároco de Alvares e Pessegueiro também foi alvo de uma homenagem, no passado dia 2 de Setembro, pelos seus 50 anos de sacerdócio e 25 anos de actividades pastorais naquelas freguesias.


O Bispo de Coimbra presidiu à Eucaristia que foi concelebrada pelo Padre Ramiro Moreira e pelo Padre Amílcar Aleixo que também está a comemorar 50 anos de sacerdócio.
Para além da Eucaristia, a homenagem foi assinalada com uma visita a exposição sobre a vida e obra do Padre Ramiro Moreira, o descerramento do busto no Largo de S. Mateus, onde decorreu a sessão solene.
As comunidades presididas pelo Padre Ramiro Moreira não quiseram deixar de enaltecer a obra deste sacerdote, essencialmente na acção caritativa. O Padre Ramiro ao ter chegado a um quarto século atrás, apercebeu-se logo de imediato as carências das suas paróquias, sobretudo no apoio aos idosos. E como discípulo de Jesus Cristo, reconheceu que não era só necessário pregar o Evangelho, mas também era preciso resolver os muitos problemas sociais existentes, continuando assim a obra iniciada pelo seu antecessor, o então Padre Manuel Martins, hoje reitor de Arganil.
O Lar de Cortes e mais tarde o Lar de S. Mateus, em Alvares, que sob alçada do Centro Social Paroquial cresceram e são hoje uma referência naquilo que é o apoio social a idosos e aos mais pequenos, mas também se constituindo como um pólo gerador de emprego numa freguesia onde são escassos os postos de trabalho. E também aqui cumpre a sua missão social.

10 de setembro de 2007

Paróquia do Botão homenageou antigo pároco

A paróquia do Botão homenageou no passado domingo o falecido padre Virgílio Gomes com uma missa presidida pelo cónego João Lavrador, tendo sido transmitida pela TVI. A iniciativa partiu do Grupo Coral que dedica um trabalho discográfico, músicas todas elas originais, e um livro ao sacerdote que dirigiu aquela paróquia ao longo de 29 anos.




A celebração da Eucaristia foi presidida pelo cónego João Lavrador, pró-vigário da Diocese de Coimbra (em representação do Bispo) e concelebrada pelos padres Cândido e Fernando Carvalho (actual pároco) que tomou oficialmente posse da paróquia.
Na homilia, o cónego João Lavrador enalteceu os sinais e as diversas realidades que se celebraram. A homenagem póstuma ao padre Virgílio comoveu a comunidade. Foram quase 30 anos de sã-convivência. O momento também foi de alegria pela tomada de posse do novo pároco, Fernando Carvalho. Para o pró-vigário da Diocese de Coimbra, "este momento é de acção de graças, mas também de um sentido de responsabilidade – cada um de nós tem que saber parar, para poder reflectir…"

Miguel Cotrim (Texto e Fotos)







Coro do Betão

Escuteiros da Pampilhosa

O PRIMEIRO MINISTRO E OS APOIOS À MATERNIDADE



Joel Carlos


Nos tempos em que eu, mais livre de compromissos e mais solto de movimentos, me entretinha, às vezes, por montes e vales, à procura de coelhos e perdizes, tínhamos ocasionalmente um companheiro, ali dos lados de Penacova, que contava as histórias mais inverosímeis tão ao gosto de caçadores, pescadores e outros aldrabões, rematando sempre da mesma forma: «quem quiser, acredite.» Ninguém lhe podia levar a mal, pois deixava sempre a liberdade de poder ou não acreditar.
Não sei bem porquê – até porque não há qualquer semelhança – mas lembrei-me desta historieta quando, no último sábado, dia 8, ouvia, no Cine-Teatro de Condeixa, o Senhor Primeiro Ministro muito determinado a anunciar diversas medidas para promover a natalidade neste País envelhecido, cuja média de nascimentos por casal não ultrapassa 1,36, muito longe, portanto, de repor o equilíbrio geracional. Prometeu abono de família para todas as mães grávidas a partir do terceiro mês de gravidez, prometeu abonos suplementares para o segundo filho e para os que nascerem depois do segundo, prometeu creches para que as mães possam conciliar os deveres da maternidade com as exigências profissionais, etc. Muitas promessas, ilustradas com os números apresentados pelo Senhor Ministro do Trabalho e Segurança Social, este contemplando também as medidas dispensadas à Terceira Idade e que passam pela construção de mais Lares, de mais Centros de Dia, de mais Apoio Domiciliário.
Se tudo se concretizar, como é legítimo esperar por serem promessas de governantes de um Estado de direito, não há dúvida de que, em dois mil e nove, quando voltar a haver eleições legislativas, o País terá dado mesmo um salto qualitativo no que às crianças e aos idosos diz respeito. Para isso, torna-se indispensável que o Governo seja coerente entre o que afirma e o que pratica. Não fará, por exemplo, sentido que faça promessas de não prejudicar as IPSS com o alargamento do horário escolar e depois, no terreno, vamos assistindo ao encerramento de muitas instituições que prestaram relevantes serviços de ATL quando o Estado nada fazia nesta área e agora se vêem constrangidas, a ter que despedir pessoal porque ficaram sem horário suficiente.
A mesma honestidade se espera na aprovação das candidaturas apresentadas nos termos do Programa PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais), quer da primeira, quer da segunda fase, umas e outras já quantificadas e publicamente apresentadas. Eu não tenho culpa de ser velho e de conservar ainda alguma memória. E por isso mesmo lembrei-me de uma outra guerra travada no tempo do consulado guterrista quando se publicou, com pompa e circunstância, a famosa Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar – creio que com o nº 5/97, – a anunciar medidas concretas e progressivas para que, num período de três anos, todas as crianças dos três aos cinco anos pudessem beneficiar de um Jardim Infantil, com educação universal e gratuita. E que é deles, esses Jardins?
E ainda a propósito: porque é que o abono de família é garantido apenas às mulheres grávidas de três meses ou mais e não às que simplesmente façam prova da sua gravidez? É que assim ficam sem cobertura as grávidas de menos tempo que não tenham cedido ao facilitismo do aborto.
Só mais uma pergunta: não é este Senhor Primeiro Ministro o mesmo que, há poucos meses, andava no terreno a animar os comícios para a despenalização/liberalização do aborto? Como é que se converteu, tão rapidamente, em defensor acérrimo da natalidade? Alegro-me com tal mudança e darei o meu modesto contributo para que as medidas anunciadas venham a concretizar-se.

Sócrates em Condeixa inaugura Creche


Acompanhando do ministro do Trabalho e da Segurança Social e do respectivo secretário de Estado, esteve em Condeixa, no passado sábado, o primeiro-ministro José Sócrates, a inaugurar uma Creche da Santa Casa da Misericórdia, dando, com a sua presença, um sinal de que as crianças vão ser uma prioridade para o que resta do mandato do actual Governo.
A confirmar essa ideia, esteve a segunda parte do encontro, que decorreu no Cine-Teatro da vila.
Foto: Diário de Coimbra

Abertas as inscrições para os Cursos de Formação Familiar


A Obra de Santa Zita, em Coimbra tem abertas as inscrições durante o mês de Setembro para os seguintes cursos de formação familiar os quais se iniciam no dia 8 de Outubro. Bordados (Quartas – 14,30 às 17,30 horas); Artes Decorativas (Terças – 9 às 12 e das 14,30 às 17,30 horas); Tapeçaria (Quartas - das 9 às 12 horas); Culinária (Quartas – 15, 30 às 17,30 horas); Corte e Confecção (Quintas – 9 às 12 horas) e Guitarra (Terças – 18 às 19 horas e das 19 às 20 horas).
Para mais informações, podem contactar a Obra de Santa Zita – 3000-202 Coimbra. Rua Gil Vicente, 2 – Telef. 239 701527.

Formação sobre a qualidade das organizações


A entidade promotora da Fundação Monsenhor Alves Brás vai promover nos próximos dias 27 e 28 de Setembro, uma acção de formação sobre o tema "Supervisão e Avaliação da Qualidade nas Organizações". A formação está a cargo do Dr. Joaquim Pedro e irá funcionar das 9 às 13 e das 14 às 17,30 horas na Casa de Santa Zita, em Coimbra. Rua Gil Vicente, 2 – Telef. 2398 701527.