Correio de Coimbra

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8 de junho de 2007

Centro Juvenil de S. José organiza peregrinação a Taizé



O Centro Juvenil de S. José, com a colaboração de jovens de Santo António dos Olivais, Santa Cruz, Santa Clara, S. Martinho do Bispo e Sintra (Lisboa), organiza, de 16 a 27 de Agosto, uma peregrinação a Taizé. Nesta aldeia, no sul de França, vive uma pequena comunidade monástica composta por um grupo de homens de várias confissões cristãs que se comprometeram a viver em comunhão e reconciliação, na simplicidade e oração permanente. Os irmãos são procurados, todos os anos, por milhares de jovens de todo o mundo que esperam viver uma semana de encontro, partilha, comunhão e descoberta.
Integração em grupos com pessoas de outros países, workshops, reflexão e discussão, meditação bíblica e oração são as propostas feitas a quem chega a Taizé. A comunidade, avançando numa vida de comunhão com Deus, através da oração pessoal e da beleza da oração comunitária, convida a uma peregrinação de confiança através da terra procurando depositar em cada jovem e adulto uma semente de paz e confiança na família humana.
A viagem prevê paragens e visitas em Biarritz, Paris, Cluny e Oradou-sur-Glane. O custo da participação será de 130 euros, acrescendo a este, o preço da estadia em Taizé que é de 40 euros para jovens e de 100 euros para adultos. Para mais informações e inscrições, podem ser utilizados os seguintes contactos:
amigos.taize.coimbra@sapo.pt; 968 729 619. Todos os dias 7 de cada mês, realiza-se em S. José, pelas 21h, uma oração segundo o espírito de Taizé.

Ultreia Diocesana dos Cursos de Cristandade

No próximo dia 17 de Junho, o Secretariado Diocesano de Coimbra do Movimento dos Cursos de Cristandade promove a realização da Ultreia anual Diocesana que ocorre, este ano, em Cantanhede, nas instalações de “Os Esticadinhos”.

Consagrados seculares reúnem-se em Fátima

Os consagrados seculares vão realizar um encontro de formação, oração e convívio, no próximo dia 16 de Junho, para celebrar os 60 anos da Provida Mater Ecclesia, Constituição Apostólica promulgada por Pio XII, a qual abriu caminho à consagração secular.
O tema do encontro, Profetas da Esperança numa Sociedade Secularizada, será apresentado por D. Augusto César Alves Ferreira da Silva.
Será realizado em Fátima, na Casa dos Retiros do Instituto Secular das Cooperadoras da Família, Rua Mons. Joaquim Alves Brás, e é aberto aos que quiserem participar desta acção memorial, com os consagrados seculares.

LORVÃO


Imagens de grande valor patrimonial foram descobertas na Capela do Roxo


Duas imagens, de S. Bernardo e Santo Agostinho, portadoras de “rara beleza”, na opinião do conservador de arte Paulo Cosso, foram descobertas recentemente no decurso do restauro da Capela do Roxo de Lorvão.
Segundo a mesma fonte, as imagens, datadas do segundo quartel do século XVII, “estavam totalmente repolicromadas com tinta plástica castanha e azul, possivelmente há alguns anos”.
A singularidade das duas peças, até agora escondida, está na riqueza de detalhes nas vestes “estufadas a ourofino com padrões barrocos de rara beleza”, sublinha o conservador responsável pelo trabalho, de cinco meses, que devolveu as imagens aos altares na suas cores originais.
Paulo Cosso sente que contribuiu com a sua descoberta para a salvaguarda do património artístico num país onde, lamenta, “é habitual os monumentos chegarem à degradação total.”

5 de junho de 2007

Foi inaugurada Casa Museu de fósseis de Sicó



A população da Granja, em Santiago da Guarda e várias individualidades, nomeadamente o Bispo de Coimbra, o Vigário Episcopal da Região Pastoral Sul e os autarcas da região, presenciaram a um importante momento, tratou-se da inauguração da Casa-Museu de Fósseis de Sicó.
O espaço propriedade da Igreja Paroquial de São Tiago da Guarda, e que teve como principal dinamizador o pároco, P. Armando Duarte, com o apoio do Centro de Juventude de Santiago da Guarda, exibe um vasto conjunto de vestígios paleontológicos da região com cerca de 150 milhões de anos.
Na cerimónia de inauguração, o P.e Armando Duarte considerou que os fósseis "são um convite a descobrir não apenas a beleza da criação, mas, ao mesmo tempo, também, a grande dignidade da natureza humana", realçando que a recuperação e valorização destes vestígios conduzem à descoberta de "um sentido mais belo para a nossa existência".
O principal dinamizador desta iniciativa referiu ainda que esta obra, a Casa-Museu de Fósseis de Sicó, "se insere no plano da nossa diocese", nomeadamente no capítulo do "diálogo da fé com a cultura", que segundo o documento tinha como objectivo: "estimular os cristãos a assumirem, de acordo com as capacidades e talentos, as suas responsabilidades nos meios da cultura, da informação e da acção social como contributo importante para a construção do reino de Deus".
Já D. Albino Cleto, afirmou-se alegre com a inauguração desta obra "porque sendo uma actividade cultural, mostra que a Igreja está atenta, não apenas esteve, mas continua a estar a tudo aquilo que é valor humano".
De referir que no futuro se espera que esta Casa/ Museu de Fósseis proporcione a oportunidade de estudos científicos para melhor identificação e catalogação dos fósseis expostos.

Exposição na Casa do Artista de Góis


"Monsenhor Nunes Pereira – O percurso de uma vida"

Até 17 de Junho, a Casa do Artista de Góis acolhe a exposição fotográfica "Monsenhor Nunes Pereira – O percurso de uma vida", da autoria de José Maria Pimentel. Criada com o apoio da Delegação Regional de Cultura do Centro, a mostra, integrada nas comemorações do centenário do nascimento do Monsenhor, segue depois para o concelho de Arganil, onde estará patente de 29 de Junho a 15 de Julho, com o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Coja. A Pampilhosa da Serra, no concelho natal do artista, recebe a exposição de 27 de Julho a 15 de Agosto, sendo Montemor-o-Velho o destino seguinte da sucessão de imagens sobre Nunes Pereira, que aí marcarão presença entre 1 e 16 de Setembro. Em Coimbra, a exposição estará aberta ao público de 27 de Setembro a 17 de Outubro. Em todos estes municípios, a iniciativa conta com o apoio das edilidades e do INATEL.
Na inauguração em Góis, a vice-presidente da autarquia, Helena Moniz, manifestou a satisfação do município pela "inclusão de Góis no roteiro definido para a homenagem a tão ilustra figura da nossa cultura regional, cujo génio ultrapassou fronteiras". António Pedro Pita, director regional de Cultura do Centro lembrou que as imagens expostas "fazem parte de uma obra magnificamente editada há já alguns anos", acrescentando ter sido propósito dos promotores da iniciativa "construir com imagens publicadas uma exposição inédita". Para José Maria Pimentel, o Monsenhor Nunes Pereira "continua vivo através disto" e "foi um exemplo para todos nós" pela forma de "viver até ao fim" e de "trabalhar por paixão a fazer o que gostava". Esse exemplo de vida está, na opinião do autor da exposição, nas imagens que agora podem ser vistas em Góis e que irão depois percorrer mais quatro concelhos.

Entrevista ao Monsenhor Manuel Leal Pedrosa

A Igreja deve mergulhar mais na vida dos homens


Em conversa com o "Correio", o Monsenhor Manuel Leal Pedrosa, avaliando o impacto do plano pastoral diocesano que agora termina, afirmou que, ainda que não se tenha ido tão longe quanto se pretendia, "foram dados muitos passos" positivos. Sublinhando o trabalho feito no âmbito das vocações, chamou a atenção para a necessidade de ir ao encontro dos jovens, que a Igreja deve amar e compreender. Falando numa pastoral mais concreta e próxima da vida comum, referiu a importância de "mergulhar" na vida dos homens para, dessa forma, combater a pobreza e a solidão.


Como avalia o plano pastoral que agora termina? Sente que teve consequência práticas positivas?
É difícil fazer um juízo objectivo dos resultados do plano pastoral na diocese de Coimbra. Temos a percepção de algum movimento que se gerou nas paróquias e em vários organismos mas talvez nos escape a realidade concreta nalgumas situações. Penso que este plano contribuiu para desenvolver acções que não teriam existido se não houvesse plano. Os resultados de alguns trabalhos que se fizeram são fruto das propostas que a diocese apresentou. Este plano tinha várias áreas e insistiu-se bastante na parte da acção sócio caritativa, na atenção aos mais desfavorecidos. Tentou privilegiar-se, concretamente, quem mais só. A solidão é um dos maiores problemas da nossa sociedade. Não se foi tão longe quanto se desejava mas alguns passos foram dados nesse âmbito. O plano tinha, talvez, propostas excessivas e notou-se uma certa dispersão. Conversámos no sentido de haver menos propostas e mais concretas, mais concisas porque será mais fácil agarrá-las e desenvolvê-las. Claro que temos uma dificuldade que tem a ver com os seus executores que nem sempre estão nas melhores condições, pela idade. Falo do clero, naturalmente, que não abunda e que já vai tendo uma certa dificuldade nalguns trabalhos. Têm muitas paróquias e tarefas e alguns estão já limitados pela idade e pela doença, sendo difícil que tomem nas mãos um compromisso sério com a implementação do plano pastoral. As vocações têm sido uma das nossas preocupações dos últimos anos e têm-se realizado algumas acções concretas porque o tema merece da diocese e dos seus responsáveis atenção e apoio. Tem-se caminhado num sentido positivo e tem havido um esforço sério de acompanhamento dos jovens. Alguns padres novos têm trabalhado nesta pastoral e têm feito um excelente trabalho, estando os frutos já à vista, por exemplo, se virmos os alunos que vão entrando no Seminário.

O plano pastoral foi demasiado longo?
Talvez cinco anos seja demasiado tempo e estávamos habituados a planos de três anos, no tempo do Sr. D. João. Mas, embora se tenha estabelecido um período de cinco anos, houve um faseamento e, em cada ano, apostou-se mais numa ou noutra área. Foi-se fazendo a revisão do trabalho realizado e foi-se acentuando um ou outro aspecto no ano seguinte ou nos dois anos seguintes. Mas si, talvez o plano seja um bocadinho longo e se crie uma certa monotonia.
Fala-se, hoje, na necessidade de enquadrar a acção social da Igreja nos problemas sociais do nosso tempo, atendendo a necessidades específicas e realidades concretas e actuais. Sente que


E isso vai acontecendo nas comunidades da diocese?
O que sabemos, em primeiro lugar, é que é necessário este serviço sócio caritativo e que ele é uma exigência da própria natureza da Igreja. Temos privilegiado muito a liturgia e a evangelização pela catequese, por exemplo, e penso que não temos valorizado tanto como devíamos a área social e a resposta aos problemas sociais na forma como eles se apresentam hoje na nossa sociedade. O ideal é que em cada paróquia exista um serviço desta natureza. Algumas têm através dos grupos de jovens, de grupos sócio caritativos, das conferências vicentinas, etc. mas há muitas comunidades em que não há esta facilidade. Há muitos agentes nas paróquias da diocese que, de algum modo, cumprem este papel de responder aos problemas locais e não podemos esquecê-los, mas há caminho a fazer. Penso que a Igreja deveria mergulhar mais no concreto da vida dos homens de hoje. Para nós, às vezes, é mais fácil anunciar a Palavra na Eucaristia, na catequese ou através dos sacramentos e talvez estejamos um pouco distantes da realidade objectiva de muita gente o que levanta alguns problemas por causa da situação de pobreza em que algumas pessoas vivem. Estamos apostados em sensibilizar mais as comunidades para que haja respostas a estas situações com a especificidade de cada comunidade. É um trabalho que se vai fazendo a pouco e pouco.

Alguns dos responsáveis pelas regiões pastorais referiram o facto de a juventude parecer estar mais desligada da Igreja. É um fruto do nosso tempo?
Desde que a indústria começou a crescer, a Igreja tem perdido muitos operários e eu pergunto se não estamos também a perder os jovens…As razões são muitas mas penso que, se falarmos em culpa, elas são de parte a parte. Os jovens têm, hoje, muitas solicitações que não existiam há vinte, trinta ou quarenta anos. O materialismo domina o mundo e há uma certa insensibilidade ao transcendente e ao espiritual mas penso que a Igreja devia questionar seriamente as causas deste afastamento e perguntar-se se ela própria não tem algumas culpas. Há poucos dias, na Sé Nova, na preparação para o crisma dos jovens, eu dizia que, realmente, estes se têm afastado da Igreja. É visível. Mas perguntava-me se a culpa é só dos jovens ou se é também da Igreja…São só os jovens que não amam a Igreja ou é também a Igreja que não ama os jovens? São só os jovens que não compreendem a Igreja ou é a Igreja que também não os compreende? Acho que temos dificuldade em lidar com os jovens.

De que formas deve evangelizar a Igreja hoje?
Têm-se feito várias tentativas e há organismos diocesanos encarregados da pastoral juvenil mas, mesmo esses, encontram dificuldades no crescimento dos jovens na participação da vida da Igreja. Já sabemos que a juventude costuma ser um pouco inconstante: entusiasmam-se mas também se cansam depressa. Penso que isto tem a ver também com o tipo de vida dos nossos dias. Por exemplo, ao fim de semana, muitos estão ocupados com actividades extra escolares, exames ou com a ida para as suas terras, no caso dos que não são de Coimbra. O Domingo já não é celebrado como antigamente. Na diocese, há organismos dedicados especialmente à pastoral universitária como o Instituto Justiça e Paz, com mais de 100 anos de existência e é feito, também, um trabalho grande pelos Jesuítas, por alguns lares que participam nas actividades nesta área, por movimentos como os Focolares, pela Opus Dei. Claro que esta pastoral não tem, hoje, a expressão que gostaríamos que tivesse e que existiu noutros tempos.

A ligação entre a cultura e a fé era outra das preocupações do plano pastoral. De forma geral, que passos previa o plano pastoral neste sentido?
O plano sublinhou a necessidade de uma intervenção da Igreja no campo da cultura e de um diálogo da Igreja com a cultura, mas ele tem-se mostrado difícil. A nossa cultura está longe de ser dominada por alguns valores do passado. O afastamento dos jovens dá-se também, de alguma forma, nos adultos, na medida em que eles não estão imbuídos dos ideais cristãos: nem os vivem nem os comunicam. É esse o grande problema. Há um grupo considerável de professores universitários que se dizem cristãos e o são verdadeiramente mas são pessoas já ocupadas, assoberbadas com tanto trabalho e vivências e têm dificuldade em encontrar tempo para actividades no campo da evangelização. O mundo da cultura é um campo problemático para a Igreja.

Em termos de prática cristã e de envolvimento dos leigos, como caracteriza a diocese de Coimbra?
Começo por dizer que devemos dar graças a Deus por termos um grupo de leigos tão bom, bem formado, com sentido de responsabilidade e muito empenhado na vida diocesana. A nossa Igreja Diocesana não seria o que é hoje sem o empenhamento destes leigos e eles precisam de ter uma intervenção maior, não só pelas necessidades que se vão sentido na Igreja mas por exigência do seu próprio Baptismo, do seu ser cristão que deve levá-los a empenharam-se nas nossas actividades. Depois, a Igreja diocesana deve abrir-se mais ainda à sua acção. Embora falemos na necessidade de os leigos intervirem, por vezes, cerramos as portas... Dando um exemplo concreto, penso que eles deveriam ter uma intervenção maior na tomada de decisões. Habitualmente, elas têm origem, sobretudo, no clero, nos responsáveis pela pastoral diocesana e nos párocos, mas penso que os leigos deviam ter uma intervenção mais activa nas decisões quer a nível diocesano, quer a nível paroquial. Claro que há organismos para isto mas tudo depende também das pessoas que estão à frente destes órgãos e do saber ou não saber ouvir…

Quais os maiores desafios da função de vigário geral da diocese de Coimbra?
A minha função é variada porque abrange toda a diocese e os problemas são muitos variados. Muitas vezes, é necessário resolver problemas que se levantam entre sacerdotes e leigos por pequenas questões a propósito de festas, de obras, de casamentos, de baptismos, comunhões, por questões surgidas porque o padre fez isto e aquilo e as pessoas não gostaram…

É também presidente da Comissão de Arte Sacra, a nível diocesano…
Sim e tenho muita estima por essa responsabilidade. Recebemos do passado uma herança muito rica no campo patrimonial e basta olhar as nossas igrejas mais antigas que são uma referência no campo arquitectónico. Infelizmente, nos últimos anos, temos poucos exemplos bons a apontar de arquitectura moderna nas nossas igrejas. A nossa preocupação é a de sermos mais isentos e objectivos nos projectos que nos vão chegando, tanto no que respeita a novas construções como a projectos de preservação. E, em obras novas ou de conservação e reparação, deve haver um projecto, em princípio elaborado por um arquitecto, que deve ser apreciado e aprovado pela Comissão de Arte Sacra. Dentro das possibilidades, procuramos fazer também um acompanhamento das obras porque, às vezes, o que acontece é que os projectos são bem elaborados mas não são executados correctamente. O pároco ou o construtor às vezes alteram um bocadinho as suas linhas.

Como olha a vivência cristão na nossa diocese?
Olho com esperança para vida cristã da nossa diocese mesmo com as dificuldades. Sinto que as dificuldades de hoje podem até ser um incentivo para fazermos melhor. Apesar de um certo materialismo, hedonismo, indiferença que se vivem no nosso tempo, há muitas pessoas que procuram as respostas da Igreja e há um trabalho imenso a fazer. Pena que os braços sejam tão poucos para um campo tão grande…

II FESTIVAL SOLNEC


No passado dia 2 de Junho, no colégio de Cernache, centenas de alunos do Externato de João XXIII, da Escola da Casa de Nossa Senhora do Rosário (Tavarede) e dos colégios da Rainha Santa Isabel, S. José, S. Teotónio e Imaculada Conceição, acompanhados de professores e familiares, conviveram com centenas de utentes da APPACDM de Coimbra ( que se estende pelos concelhos de Coimbra, Cantanhede, Montemor-o-Velho e Arganil ) e seus familiares, no decorrer do II Festival SOLNEC.




"Juntos na diferença" – o lema do Festival – e durante mais de sete horas, as cerca de três mil pessoas que por lá passaram tiveram oportunidade de ver ou participar em passeios de BTT, doar sangue (numa campanha promovida pelo Instituto Português do Sangue), comer porco no espeto, frango ou sardinhas assadas, deliciar-se com magníficas sobremesas, participar em jogos tradicionais e jogos de futebol, visitar os diversos ateliers (com objectos cuja venda reverteu para a campanha), passear de canoa ou barco, dançar, pintar, assistir a teatro de fantoches, tudo em perfeita harmonia com as pessoas com deficiência. Cerca das 16 horas, num anfiteatro ao ar livre recentemente construído e agora inaugurado, realizou-se um excelente espectáculo oferecido pelos utentes da APPACDM de Coimbra, com muita música, teatro e animação. Ao final da tarde, rematando superiormente um dia pleno de valores, celebrou-se uma Eucaristia de Acção de Graças.
D. Albino Cleto, uma das presenças habituais nestes encontros, conviveu com alunos, pais e professores das Escolas Católicas (EC) e com os utentes e familiares da APPACDM de Coimbra, chegando mesmo a participar entusiasticamente nos jogos tradicionais realizados durante a tarde. Na saudação que proferiu durante o espectáculo, manifestou a satisfação por ver as suas EC envolvidas em actividades formativas altamente relevantes que muito contribuem para a educação integral subjacente aos seus projectos educativos. Acredita vivamente que as EC "ensinam a vida, tendo como compêndio-base o evangelho" e fez-lhes um apelo: «que tenham a alegria de ouvir dos pais ‘obrigado porque preparam bem o meu filho para a vida’». Felicitou, ainda, os utentes da APPACDM salientando que a diferença encerra um denominador comum – o facto de serem pessoas, o facto de sermos irmãos.
Helena Albuquerque, presidente da APPACDM de Coimbra, visivelmente emocionada, congratulou-se com esta festa, sobretudo pela alegria proporcionada aos utentes desta Associação. Sublinhou o excelente apoio do Núcleo das Escolas Católicas da Diocese de Coimbra (NEC), desde a primeira hora, por serem escolas com projectos educativos assentes em valores e habituadas a trabalhar em acções de solidariedade. Acrescentou que "É urgente que toda a sociedade se envolva na governação da Associação e que compreenda que a APPACDM de Coimbra está longe de ser só de alguns mas é de facto de todos e para todos. E é dentro desta perspectiva que esta festa se enquadra. É o reconher da parte de todos os alunos do NEC que a APPACDM de Coimbra também lhes pertence". Aproveitou, ainda, esta oportunidade para fazer um repto às entidades oficiais, pedindo-lhes para olharem de forma mais dinâmica e eficiente para as necessidades do cidadão deficiente mental.
Jorge Cotovio, coordenador do NEC, considerou que, tal como no ano transacto, o Festival foi a resposta natural a um desafio lançado no início do ano lectivo, atingindo os seus objectivos sobretudo pelo envolvimento e participação dos alunos (e famílias) em todo este percurso, pelos laços de amizade criados entre os diversos colégios e entre os alunos e as pessoas com deficiência, e pelo entusiasmo que acompanha estes projectos (apesar do trabalho que exigem), uma vez que a amizade, a entreajuda e a solidariedade fazem parte integrante da identidade e cultura das EC. Salientou, ainda, o excelente acolhimento do colégio da Imaculada Conceição (CAIC), pondo à disposição do NEC as suas instalações, podendo todos, deste modo, usufruir dos seus magníficos espaços num dia onde o próprio tempo colaborou.
Com este Festival, as Escolas Católicas culminaram a campanha de solidariedade a favor da APPACDM de Coimbra, procurando recolher fundos para a Associação adquirir uma carrinha especial para transporte de utentes.
Neste percurso solidário, realizado num ano particularmente significativo – o Ano Europeu para a Igualdade de Oportunidades para Todos –, os alunos das EC tiveram ocasião de conviver com os utentes dos centros de Coimbra, Montemor, Arganil e Tocha, assistir ao desafio de futebol Académica x Porto, no Estádio Cidade de Coimbra, e aderir à campanha promovida pela APPACDM "traz …tinteiros vazios & zás … temos carrinha nova".
No próximo dia 28 de Junho, pelas 11 horas, numa sessão solene no centro da APPACDM de S. Silvestre, o NEC entregará um cheque com o montante apurado nas diversas iniciativas que realizaram ao longo do ano.
A APPACDM de Coimbra foi, este ano, uma das instituições contempladas no projecto Vida Corajosa do programa SOLNEC, visando o incremento do voluntariado dos alunos das Escolas Católicas da diocese de Coimbra junto das pessoas portadoras de deficiência.
Além deste projecto, o NEC realiza outros encontros periódicos com alunos (4º, 9º e 11º anos), participa na campanha do Banco Alimentar e tem actividades com idosos, doentes e crianças desfavorecidas, de forma a promover a interacção solidária dos alunos com o meio envolvente.

Movimentos apostólicos vivos em Coimbra



O Dia da Igreja Diocesana reuniu, no dia 3 de Junho, em Cantanhede, cerca de 20 movimentos que celebraram, pela partilha, pelo convívio e pela festa, a pertença activa a uma mesma comunidade. Mostrando que na diferença se constrói a mesma Igreja laical, perto de 300 pessoas marcaram presença na celebração alegre de uma mesma fé.
À palestra do Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, sobre a História dos Movimentos de Leigos na vida da Igreja, seguiu-se uma reunião de reflexão em grupos, num total de nove, compostos, cada um, por 20 elementos. Depois do almoço, acompanhado por um grupo de gaiteiros, fez-se festa com a participação do grupo folclórico juvenil local "Os Esticadinhos" e de vários membros dos movimentos presentes que apresentaram actividades e programas, em forma de testemunho. A Eucaristia, realizada no novo quartel dos Bombeiros, contou com mais de quinhentos participantes e foi animada pelo coro litúrgico paroquial. Durante o dia, os participantes puderam expor em tendas dispostas no local, material informativo sobre os organismos e grupos de que fazem parte.
Chamando os movimentos a um encontro de reunião da diocese, D. Albino Cleto manifestou vontade de construir um espaço para que "todos possam despertar para uma realidade eclesial que é, simultaneamente, fonte e origem de vocações religiosas e missionárias e fonte de descoberta de serviço dentro da própria comunidade". Este espírito é visível nos movimentos que "mostram uma grande vontade de servir".
O padre Carlos Delgado, pároco de Cantanhede, referindo o dinamismo interno da vida da Igreja manifestado neste encontro, explicou que, "mesmo que tenham a sua origem fora de Coimbra, muitos movimentos ganham eco na diocese e acabam por ganhar dinamismo". A maioria, de origem laical, é prova de que "estamos perante uma Igreja activa na sua base", acrescenta o padre Carlos, dizendo-se consciente de que esta "riqueza" deve ser melhor aproveitada "para que não haja dispersão de forças, mas conjugação no mesmo fim, com um caminhar conjunto".
A organização do dia e a afluência de muitos movimentos diferentes e com propostas distintas, com pessoas mais novas e mais velhas, com mais ou menos história na diocese, foram também sinal, na opinião do pároco de Cantanhede, "de que estes movimentos não se encontram fechados, mas estão abertos aos conhecimento mútuo e aprendizagem recíproca".

Instituto Secular das Cooperadoras da Família


Visita da Sagrada Família aos Lares

A devoção do culto à Sagrada Família, consta dos primórdios da Igreja, mas é no século XIX que ganha especial visibilidade. Duas associações de famílias cristãs consagradas à Sagrada Família, estão na base de um amplo movimento de devoção à Sagrada Família, em diversas dioceses de França, Espanha, Itália e Portugal: uma em Liege, dos Padres Redentoristas, (1845) aprovada pelo Papa Gregório XVI e outra em Lion, fundada por um Jesuíta, Padre Francisco Filipe Francoz, (1861) aprovada por Pio IX. Em 1886 o Papa Leão XIII fez, a pedido de numerosos Bispos, a consagração de todas as famílias cristãs à Sagrada Família. Em 1892, com o Breve Apostólico Neminen Fugit, instituiu a Associação universal das famílias cristãs consagradas à Sagrada Família, unificando, assim, as diversas associações e movimentos que haviam surgido em torno da Sagrada Família, e confiou a Associação à vigilância do Cardeal Vigário do Papa em Roma. Em 1893 institui a festa litúrgica da Sagrada Família, que Bento XV em 1921 se estendeu à Igreja universal. Em 1928, Pio XI encarregou o Procurador-geral da Congregação dos Filhos da Sagrada Família de orientar e dinamizar a Associação. Nesta fonte, bebeu também Monsenhor Joaquim Alves Brás, Fundador, do Instituto Secular das Cooperadoras da Família. Mons. Brás indicou ao Instituto como primeiro meio para realizar o seu fim específico: Promover o culto da Sagrada Família, levando as famílias a entronizar em seus lares a Sagrada Família e a fazerem-lhe a consagração.
A Visita da Sagrada Família aos Lares visa: - Despertar nas famílias este mistério de amor revelado na Família de Nazaré; - Estimular nas famílias a admiração e contemplação do modelo por excelência de vida familiar, baseada no amor recíproco, na oração, no diálogo e na partilha; - Ajudar cada família a descobrir-se como o lugar que dá continuidade ao mistério da Incarnação do Verbo de Deus e do mistério da Salvação; - Proporcionar às famílias a reflexão da Palavra de Deus, para iluminar a sua vida pessoal e familiar; - Incentivar as famílias à imitação das virtudes da Sagrada Família; - Despertar nas famílias o sentido de serem "igrejas domésticas"; - Contribuir para a celebração de missas pela santificação das famílias.
Ao longo deste ano o Instituto Secular das Cooperadoras da Família, no seu projecto de Vida (PVI), propôs-se incentivar esta devoção da Sagrada família nos lares o que tem conseguido graças ao acolhimento dos Bispos, Párocos e leigos, responsabilizando-se o Instituto pela dinamização.
Esta iniciativa consiste em se formar grupos de trinta famílias. Cada grupo tem um responsável, que zelará pela normal circulação do oratório entre as respectivas famílias. A cada família é fixado o dia em que recebe mensalmente a visita da Sagrada Família, comprometendo-se, a passar o oratório à família seguinte. Anualmente proporciona-se às famílias inscritas a participação num retiro espiritual.
Aqui na Diocese de Coimbra a iniciativa conta já com cerca de 700 famílias que se comprometeram a recebe em sua casa, o oratório às quais estamos muito gratas.
Outra iniciativa era criar grupos de oração pela família, assim existe um grupo de oração em Cantanhede que se reúne mensalmente e onde participam diversas famílias.
Em Mira foram lançados 6 Oratórios; em Cantanhede 10; em Santo António dos Olivais 4 e em Semide 1.
Em relação a Semide a iniciativa começou com uma imagem da Sagrada Família a percorrer as 20 capelas no dia 25 de Março permanecendo aí uma semana. Estas permanecem abertas durante o dia. Normalmente à noite as famílias reúnem-se para rezar. São centenas as famílias abrangidas. A imagem regressa à igreja de Semide em Agosto. Para além desta modalidade, já um grupo de 30 famílias se disponibilizou para receber o oratório em suas casas. Foi no dia de Pentecostes que aconteceu o envio do mesmo, dia 27 de Maio.
Estamos convictas de que a iniciativa ajude as famílias e a viverem com mais empenho a sua Vocação e missão.
Quem desejar integrar esta dinâmica contacte:
Instituto Secular das Cooperadoras da Família
R. Gil Vicente, 2 – Coimbra – Telefones: 239701527 / 964394622
E-mail: ISCFcoimbra@sapo.pt.


Emília Cardoso

Obra de Santa Zita


Encerramento dos Cursos de Formação Familiar no dia 17 de Junho

No próximo dia 17 de Junho realiza-se, na casa da obra de Santa Zita em Coimbra, o encerramento das actividades dos Cursos de Formação Familiar (Bordados e Tapeçaria, Artes Decorativas, Culinária, Corte e Confecção e Guitarra).
Depois do acolhimento, pelas 15h30, segue-se um tempo de festa com a apresentação de canções com mensagem, a entrega de certificados e uma visita à exposição de trabalhos realizados, ao longo do ano, nos cursos. Esta exposição estará aberta ao público na semana de 14 a 24 de Junho, entre as 10h e as 1830.
As inscrições para participação nos cursos do próximo ano acontecerão em Setembro, podendo ser utilizados os seguintes contactos: oszcoimbra@sapo.pt; 239 701 527.