Correio de Coimbra

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11 de abril de 2008

O MILAGRE DA VIDA


Teresa Martins

Mãe pela quinta vez, à saída da Maternidade (oito dias depois de ali ter dado entrada), veio, orgulhosa, mostrar-nos a sua lindíssima e bem compostinha menina, sempre de olhinhos fechados, a calma perfeita, uma total confiança no mundo que lhe abriu os braços e nos pais que, apesar de não terem programado a sua chegada e, por isso, terem sido absolutamente apanhados de surpresa, lhe não interromperam a vida… Ela veio e já está entre nós. Linda de encantar. O casal já tinha três rapazinhos e uma menina, aquela que hoje se mostrou felicíssima e voluntariamente guardiã do seu verdadeiro tesouro… "Até no momento de chegar ela nos surpreendeu, porque se antecipou…, que a bolsa das águas rebentou antes do dia previsto… Foi tudo inesperado…", contava-nos, sorridente, a mãe.
A "Bolsa das águas…"!… Frei Manuel Rito, ao lembrar-nos o "poço de Jacob", na Samaria, lembra-nos que «todos viemos dum poço… Todos seguimos um rio, o curso acidentado da vida, e todos acabamos no oceano de Deus…» e acrescenta: «A fonte é o silêncio no seio materno, o rio é o discurso da fonte, e o mar é o descanso do rio…» A água na origem da vida, mesmo que em líquido amniótico envolvendo o feto na cavidade uterina, ou talvez por isso mesmo, a grande riqueza do corpo humano e do planeta que habitamos… Tão mal tratado, uma riqueza tão injustamente distribuída e desperdiçada! «A Irmã Água» de Francisco de Assis… Já Tales de Mileto, 640 anos antes de Cristo, nos dizia que a água "era o que havia de primordial"!
A revista «Bíblica» referente a Março e Abril, deste ano internacionalmente dedicado ao Planeta Terra (22 de Março, dia consagrado à água; 22 de Abril, a todo o planeta) dedica ao precioso líquido a sua maior e melhor atenção e Frei Acílio Mendes, lembrando-nos o «cântico das criaturas», cria para a água uma "nova fórmula" («não se trata de uma nova fórmula química, que essa é e sempre será H2O, mas apenas de uma fórmula franciscana ainda por desvendar…»), «Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, que é tão Útil, e Humilde, e Preciosa e Casta…»! UHPC!… Verdadeiramente de inquietar é o assustador desrespeito pela natureza em geral, bem como toda a poluição que nos rodeia e que aumenta minuto a minuto…
Que se fez ou pensa fazer-se no «Ano Internacional do Planeta Terra»? Já em 1970, o Senador norte-americano, Gaylord Nelson, ao indicar o «Dia do Planeta Terra», que continuamos a comemorar, alertava para os gravíssimos perigos que estamos correndo… E, nos fins da vida, Miguel Torga, pedindo ao seu próprio coração que não parasse («Não pares, coração»!), deixava no ar a pergunta que persiste, como eco fatal: «Que seria dos montes e dos rios… sem o amor palpitante que lhes demos a vida inteira?!… », in Diário XVI.
Sim… Que seria? Que será? E de toda a Humanidade?!… Das gerações que virão depois de nós? A pergunta de Torga manter-se-á, qual Eco do Principezinho de Saint-Exupéry…

Bispo de Coimbra apresenta Dia da Igreja Diocesana

A Diocese de Coimbra vai promover nos dias 17 e 18 de Maio, no Luso um grande encontro com todas as comunidades paroquiais e respectivas instituições. O primeiro dia (17 de Maio) será dedicado à juventude enquanto, o segundo procurará reunir grande parte das famílias de toda esta diocese.
Para saber os objectivos e toda a programação para esses dias, o Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto promove uma conferência de imprensa, marcada para o dia 15 de Abril (Terça-feira), às 11,30 horas, no Instituto Justiça e Paz, na Couraça de Lisboa.

9 de abril de 2008

Reflexão


Aprender com a escola? (ou a Igreja a reboque?)

Jorge Cotovio
Apesar de estar em crise (mas nos dias de hoje o que é que não está em crise?), o sistema escolar tem vindo a adaptar-se às novas situações e às mutações culturais e sociais. Até não há muito tempo, era a Igreja mestre nestas "coisas" (na arte!) da educação. Mais, foi pioneira e deu lições! Mas os tempos mudaram e hoje parece que o discípulo ultrapassou o mestre…
Com a humildade que deve assistir as estruturas divinas, por que não olharmos o actual sistema escolar e tirarmos algumas ideias para a (nossa) Igreja?
Antigamente, a escola ensinava como se todos os alunos fossem iguaizinhos na personalidade, no ritmo, nas capacidades. Muitos abandonavam e pouco se fazia contra este mal. Hoje, aposta-se na pedagogia diferenciada, atendendo ao ritmo de cada um. Como cada aluno é importante, procura combater-se o abandono escolar (nem que seja necessário ir a casa do aluno). Em Igreja, por que não passar da "pesca à rede" para a "pesca à linha"? Como éramos muitos, nem notávamos que iam crescendo os que abandonavam o redil. Hoje, é urgente irmos ao encontro (ou, o que é mais difícil, à procura) da ovelha perdida (atrevia-me a dizer mesmo que é "pecado capital" se o não fizermos, em detrimento da gestão dos bens patrimoniais, da pastoral de "manutenção", etc.).
A escola passou da instrução ("pôr para dentro") para a educação ("tirar de dentro"), pois considera que o aluno transporta potencialidades fantásticas que só necessitam de condições para poderem despertar. Assim, do método expositivo passa para o método activo, uma vez que o aluno pode ser gestor das suas aprendizagens, dos seus saberes. Em Igreja, já não basta termos os padres a ensinar e os leigos a ouvir. Será que nos consciencializamos de que os leigos não são leigos em todas as matérias, pelo contrário, são especialistas em muitas áreas e domínios e podem – devem! - enriquecer muito a Igreja, a todos os níveis?
Antigamente, ensinava-se com o quadro preto e o giz. Depois, progressivamente, passou-se a utilizá-lo com outras ferramentas: o retroprojector, a fotocopiadora, o projector de slides e, finalmente, dá-se a revolução informática. Em Igreja, temos potenciado esta ferramenta? As paróquias estão ligadas em "rede"? Temos cimentado a comunhão através esta via? Ou será que ainda há comunidades que não têm um endereço electrónico oficial (nem que seja emprestado)?
Antigamente, no centro do sistema educativo estava o professor. Hoje, está o aluno, melhor, a pessoa do aluno. E na Igreja, a quem é que o cidadão comum a associa imediatamente? Naturalmente, aos bispos, padres, e freiras. Urge, pois, pôr a ênfase no "Povo de Deus" e com os nossos discursos e, sobretudo, as nossas atitudes, fazer esta viragem "conciliar". Se a razão da escola são os alunos, a razão da Igreja são todos os baptizados (e "ponto final"). Isto exigirá, obviamente, a corresponsabilidade, ou seja, a participação responsável e dinâmica e em comunhão de bispos, padres, diáconos, religiosos, leigos consagrados e leigos não consagrados. Todos! Todos, actuando de forma concertada, isto é, sem atropelos, cada qual ocupando o seu espaço (mais) próprio.
Antigamente, cada escola estava isolada e contava só com ela mesmo. Hoje temos "agrupamentos de escolas", com gestão comum e um projecto educativo partilhado. E em Igreja? Fará sentido continuarmos com a mesma organização territorial de há séculos quando tanta coisa mudou? Alguns passos se têm dado neste sentido, designadamente a criação de "Unidades Pastorais". Mas… um agrupamento de paróquias é muito mais do que um somatório de paróquias. E este "valor acrescentado", esta sinergia só existirá se houver "comunhão". Isto é, se a programação das actividades, se as festas, se a gestão administrativa, se tudo for pensado em conjunto, abdicando-se de tentações egoístas e de protagonismos individuais/ paroquiais.
A escola tem ensinado muito mais, apesar dos erros, das experiências falhadas, dos telemóveis e das cenas de violência nas salas de aula, da falta de educação de muitos alunos, da demissão de muitos pais, do permissivismo de muitos professores e do autoritarismo de muitos ministros e ministras. Mas ficará o resto para outra oportunidade, antes que o reboque se desengate

Escuteiros de Cantanhede realizaram promessas e investiduras


“Quem nos ensina a ler bem a Palavra de Deus é Jesus Cristo. E é Ele que connosco vai fazendo a caminhada”. Foi, desta forma, que o pároco de Cantanhede, padre Carlos Delgado, associou o evangelho de domingo passado (o dos Companheiros de Emaús) com os dois acontecimentos que marcaram a eucaristia de 6 de Abril, na igreja matriz de Cantanhede: por um lado, 41 catequizandos tiveram a sua Festa da Palavra e, por outro, 49 escuteiros do Agrupamento 382 – Cantanhede do Corpo Nacional de Escutas (CNE) realizaram as suas promessas e investiduras.
“É um motivo de alegria para a Igreja”, referiu o padre Carlos Delgado, acrescentando que a comunidade deve “pedir ao Senhor que fortaleça estes jovens que aqui se apresentam”. Com efeito, num tempo em que “há tanta falta de fidelidade à palavra dada”, continuou o pároco de Cantanhede, “confiamos que estes jovens sejam capazes de não renegar as promessas que aqui vão fazer”.
“Deus quer que todos nós percorramos o caminho que nos leva à felicidade”, afirmou o padre Carlos Delgado, acrescentando um desejo: “espero que todos vós sintais que Jesus Cristo vai connosco”.
Após a homilia, tiveram lugar as promessas e investiduras dos escuteiros, nomeadamente 21 lobitos (os mais novos), 13 exploradores, nove pioneiros, um caminheiro e cinco dirigentes, num claro sinal de expansão do Agrupamento de Cantanhede, que já conta com cerca de 120 efectivos. À cerimónia compareceu o chefes regional do CNE, Vítor Fernandes, alguns elementos de agrupamentos convidados, assim como antigos escuteiros do agrupamento, alguns de há mais de 30 anos, outros que “cá estavam há 15 anos, quando o agrupamento foi reactivado”, conforme disse o chefe do Agrupamento de Cantanhede, José Miguel Mosca.
Pode afirmar-se, com segurança, que o movimento escutista na cidade respira vitalidade e continua a atrair muitos jovens. Dinamismo que é extensível à catequese paroquial, que abarca uma boa parte das crianças e adolescentes de Cantanhede. Daí ter feito todo o sentido a ligação de uma festa da catequese a um momento alto do escutismo.
Assim, um pouco mais à frente da eucaristia dominical teve lugar a cerimónia da Festa da Palavra para os 41 catequizandos do quarto ano da catequese. A cada um deles foi entregue uma Bíblia Sagrada, com vista à leitura e meditação da Palavra de Deus em casa. Leitura que é gérmen de vida nova e de encontro revigorante com Deus.



Luís Alves

Alunos do Colégio de S. Teotónio pedalam pela Casa dos Pobres


Cerca de cinquenta alunos do Colégio de S. Teotónio, acompanhados por professores, realizaram o VI Percurso pela Vida, deslocando-se de bicicleta de Coimbra até à Figueira da Foz, visitando os Centros da APPACDM de Montemor-o-Velho e da Figueira da Foz.
Ainda em Coimbra, o grupo teve oportunidade de passar pela Casa dos Pobres e dedicar-lhes, também, esta iniciativa, uma vez que este ano as Escolas Católicas estão a desenvolver uma campanha de solidariedade a favor desta instituição. Desta forma, os alunos encontraram-se, em plena Praça do Comércio, com os utentes e ofereceram-lhes uma prenda a assinalar o momento.
O percurso foi feito pela “estrada do campo”, sempre junto ao canal adjacente ao rio Mondego, assim como pelos caminhos de terra batida no meio dos arrozais. Na tarde do primeiro dia, os alunos visitaram o centro da APPACDM de Montemor e conviveram com as dezenas de utentes que nele passam o dia, realizando actividades, trabalhando e convivendo.
Depois de um saboroso descanso no Stella Maris de Buarcos, no dia seguinte a caravana teve oportunidade de brincar com as crianças que residem no Centro de Acolhimento temporário da APPACDM da Figueira da Foz, vivendo momentos de grande emoção.
O regresso efectuou-se, igualmente, de bicicleta, com alguns furos, também várias quedas, mas, sobretudo, muita alegria.
Terminou, pois, em festa, mais uma jornada de convívio e solidariedade para com os utentes da Casa dos Pobres e as pessoas portadoras de deficiência, que nos dão exemplos extraordinários de trabalho, dedicação, amizade e entusiasmo pela Vida. Porque, desta forma, vale mesmo a pena viver!

JC

8 de abril de 2008

Concerto é já amanhã !!!!


Cónego Dr. Manuel Paulo faleceu há 25 anos



Completam-se no próximo dia 17 de Abril (Quinta-feira), 25 anos sobre o falecimento do Cónego Dr. Manuel Paulo.
Nesse dia e em evocação da sua memória será celebrado uma missa na Sé Velha pelas 19 horas.
O Padre Jesus Ramos, à época, Chefe de Redacção do "Correio de Coimbra", escrevia que "o homem é sempre mais que a sua história. De facto, as biografias, por mais pormenorizadas que sejam, não conseguem penetrar o espaço reservado e pessoal que cada ser leva consigo para o outro lado da vida. Acontece isto mesmo com o Cónego Dr. Manuel Paulo: a sua figura de homem, de padre, de pedagogo e de jornalista ultrapassa de longe, o perfil que se possa traçar numa simples coluna de jornal."
O Cónego Dr. Manuel Paulo colaborou em várias publicações, nomeadamente nos jornais diocesanos "O Amigo do Povo" e o "Correio de Coimbra", e na revista "Lúmen". A coluna "À Sombra do Castanheiro"/ "Ao Calor da Fogueira", nascida com "O Amigo do Povo" foi, durante trinta anos, o seu principal púlpito, onde fazia algumas crónicas de profunda reflexão e crítica sobre a actualidade diversa do País. Nem sempre foi bem compreendido e aceite, porventura discutível em certos pormenores, revelou-se, nos seus escritos, um homem lúcido, corajoso, sempre igual a si mesmo, fiel a um ideal que abraçou em autêntico espírito de missão. O Cónego Dr. Manuel Paulo foi um autêntico apóstolo da Comunicação Social. Soube utilizar os instrumentos ao seu dispor para enfrentar, sem medos, uma sociedade manipulada pelo comunismo e pela maçonaria.
Também publicou alguns livros, destacando-se "Teologia do Trabalho" e a compilação das crónicas "Ao Calor da Fogueira" (5 volumes), e traduziu para português várias obras de célebres autores católicos.
Mas, o Cónego Dr. Manuel Paulo impôs-se também como sacerdote e professor do Seminário. Leccionou Teologia Fundamental, História da Civilização e Latim. Ascendeu a vice-reitor e mais tarde a reitor, quando em 1962, D. Manuel Trindade foi nomeado Bispo de Aveiro. Por motivos de saúde, de foro cardíaco, em 1968, pediu a demissão do seu cargo, continuando, todavia a leccionar, a ser formador das próximas gerações.
Em 1971 foi criado o Instituto Superior de Estudos Teológicos em que passou a ser docente das disciplinas de Eclesiologia, Mistério de Cristo e Latim.
O Dr. Manuel Paulo foi nomeado Cónego da Sé Catedral de Coimbra e Camareiro Secreto de Sua Santidade Paulo VI, com o título de Monsenhor (1966), exerceu ainda o cargo de Secretário da Comissão Episcopal para a Fé durante vários anos.
Como conferencista foi solicitado para falar nos mais diversos pontos do País, perante inúmeras assembleias. Pastoralmente esteve ligado a vários movimentos, especialmente no campo do apostolado da Família.
O Director do jornal o "O Amigo do Povo", Cónego Adriano Santo, escreveu à época que "a sua morte foi uma grande perda para a Diocese, para o Seminário, para o jornal e para todos os seus amigos", porque a todos "comunicava com alegria e optimismo e os seus comentários sobre as maiores diversas situações da vida e das coisas eram marcados pela nota de sensatez e dum apurado equilíbrio".
Mons. Dr. Manuel Paulo nasceu em Eira Pedrinha, concelho de Condeixa, a 4 de Setembro de 1924. Em 1936 entrou no Seminário da Figueira da Foz, fazendo parte, por isso, do primeiro grupo de alunos que frequentou aquela escola, fundada esse ano por D. Manuel Luís Coelho e Silva. Transitou dali para o Seminário Maior de Coimbra e, mais tarde, para as Universidades Gregoriana (Roma) e de Comilhas (Espanha), onde se licenciou em Teologia. Foi ordenado presbítero em 16 de Abril de 1949.
Faleceu a 17 de Abril de 1983, após ter celebrado a Eucaristia dominical. Recolheu-se serenamente no seu quarto, por ter sentido uma aguda indisposição. Mas já nada se pôde fazer, como relata o redactor principal do jornal "O Amigo do Povo", Padre Jesus Ramos.
D. João Alves, Bispo de Coimbra que presidiu ao funeral do Cónego Dr. Manuel Paulo, afirmou que é "o seminário que fica privado de um grande amigo; é a Escola de Teologia que perde um dos seus melhores professores; é o Cabido que perde um dos seus membros mais prestigiados; são os movimentos e os organismos de apostolado que perdem um padre; é a diocese que fica mais pobre".


Miguel Cotrim

Jovens do arciprestado de Coimbra reúnem-se em Santa Clara no próximo domingo


No próximo Domingo, dia 13 de Abril, realizar-se-á na paróquia de Santa Clara um encontro de festa para os jovens do arciprestado de Coimbra, da zona urbana.
É fruto da iniciativa dos párocos da cidade, liderados pelo arcipreste, o Cónego João Castelhano, da paróquia de S. José, e pretende proporcionar aos jovens um momento de fraternidade e de confronto na fé. Foi escolhido este domingo, dia mundial de oração pelas vocações, aproveitando-se a presença do Bispo D. Albino Cleto em Visita Pastoral neste arciprestado. Foi atribuída ao Frei Tibério, franciscano conventual da paróquia de Santo António dos Olivais, a função de orientar os trabalhos para a realização deste encontro, contando para isso com o auxílio de um grupo de jovens das várias paróquias da cidade. Segundo o Frei Tibério: "O objectivo fundamental deste encontro, é dar uma oportunidade aos jovens participantes, para que encontrem, disponibilidade para conhecerem quem está à sua frente, destruindo o muro do individualismo. Foi por isso escolhido o título "O outro lado" para este encontro, para que não consiste apenas em passar a ponte para chegar à Santa Clara, mas sim ser uma verdadeira provocação vocacional".No trabalho de acolhimento da manhã e nos workshops a realizar à tarde (em grupos), procurar-se-á criar dinâmicas de encontro aberto à novidade e ao confronto, através de propostas e provocações. Momentos importantes serão, entre outros, o plenário com D. Albino e a celebração da Eucaristia.
A equipa do Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional (SDPV) de Coimbra estará presente no encontro, animando dois workshops (o da Missão e o da Vocação). O SDPJ aproveitará também a ocasião para lançar nesta zona pastoral o Grande Encontro Diocesano no Luso agendado para os dias 17 e 18 de Maio.

Oficinas de Oração e Vida - O que é?


As "Oficinas de Oração e Vida" é uma verdadeira escola onde se aprende a orar para aprender a viver.
As oficinas de Oração e Vida são um serviço, onde se aprende e aprofunda a arte de orar. E esta aprendizagem tem um carácter eminentemente experimental: assim como uma oficina se aprende a trabalhar trabalhando, nesta oficina de Oração, orando se aprende a orar. Aprende-se a entrar na relação pessoal com o Senhor, através de várias modalidades de oração, desde os primeiros passos, ou seja, desde modalidades mais simples até às alturas da contemplação. Na verdade, orar é uma graça do Senhor em primeiro lugar e acima de tudo um Dom de Deus, mas como actividade humana, é também uma arte que está submetida às normas de uma aprendizagem, com objectivos claros, pedagogia adequada, conteúdo, método e muita disciplina. E como resultado, obtém-se discípulos e amigos do Senhor.

Os 75 anos da freguesia de Calvão


A freguesia de Calvão vai comemorar no próximo dia 13 de Abril os seus 75 anos de existência. Irá ser inaugurada pelas 17,15 horas um monumento dedicado ao Coração Sacerdotal de Jesus, junto à antiga casa do Padre Joaquim Ribeiro Jorge, entretanto doada ao Instituto Comboniano, onde funcionará um Centro de Formação Cristã. Uma hora antes, na igreja paroquial de Calvão, será celebrada uma solene eucaristia de acção de graças pelo dom de tantas vocações naquela freguesia, durante o século XX, e pelas almas dos sacerdotes, religiosos (as) e missionários já falecidos.
Às 19 horas realizar-se-á um jantar/convívio, no restaurante "A Lareira", no Seixo de Mira.

Visita Pastoral de D. Albino a S. Bartolomeu

"A maior preocupação que levo
é a Cozinha Económica"




"Da visita pastoral à paróquia de S. Bartolomeu, a maior preocupação que levo é a Cozinha Económica" – afirmou o Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, no final dos três dias que passou naquela freguesia da Baixa.
Além do contacto com as estruturas pastorais da paróquia, de um encontro com a Junta de Freguesia e da visita a uma escola do ensino básico, e a alguns doentes, D. Albino contactou com as instituições de apoio aos mais desprotegidos – a Casa dos Pobres, o Recolhimento do Paço do Conde, o Centro de Dia e a Cozinha Económica.
Em reunião com a direcção da Cozinha, com a técnica de serviço social e com as Criaditas dos Pobres, que ali desenvolvem meritória acção, D. Albino foi informado das dificuldades que se vivem, no dia a dia, para manter aquela estrutura que proporciona cerca de quatrocentos refeições diárias a pessoas absolutamente carenciadas, muito delas sem abrigo.
O problema maior é, agora, o do futuro próximo, pois, como afirmou uma das responsáveis "a Cozinha necessita de obras urgentes". Todo o espaço da cozinha e do refeitório precisa de ser reestruturado, primeiro porque já não são feitas obras há muito tempo, e depois porque "as normas actuais exigem algumas condições de funcionamento" que só podem ser efectivadas através de obras de fundo.
O Bispo de Coimbra anotou na sua agenda a necessidade de um contacto com o Director da Segurança Social e com o responsável da Câmara Municipal por esta área, de forma a congregarem-se vontades e esforços que levem a encontrar uma solução para a Cozinha.
Esta, como afirma D. Albino, "não pode fechar as portas, sob pena de centenas de carenciados ficarem sem o único local que lhes proporciona uma refeição, uma ou duas vezes por dia".