Correio de Coimbra

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10 de outubro de 2008

Plano Pastoral já está em marcha



A Diocese de Coimbra está a levar a cabo um conjunto de assembleias regionais para dar a conhecer, a reflectir e, eventualmente melhorar o Plano Pastoral para o próximo triénio.
Somos todos convidados a colaborar activamente na acção apostólica da nossa diocese, nomeadamente na Catequese (da infância e dos adultos). É necessário renovar o conjunto dos nossos catequistas e chamar para o conhecimento e a vivência do Evangelho crianças e jovens que já não vêm trazidos pela família. Temos muitas paróquias que se vêem abraçados, todos os anos, com a falta de catequistas. Nota-se uma certa indiferença por muitos cristãos em relação a este sector. Por outro lado, não lhes é dado o devido valor a estes educadores da fé e do Evangelho. É notável existirem ainda hoje voluntários, a sacrificarem um sábado à tarde ou um domingo de manhã em prol do anúncio do Evangelho. Esquecemos, por vezes, que os principais educadores são os pais. A verdadeira catequese deve começar em casa. Infelizmente, constatamos que muitos pais não participam, numa simples eucaristia dominical…


Outra das prioridades dadas ao Plano Pastoral é a Família. É dada uma atenção aos casais novos. O objectivo é acompanhá-los de modo a que possam rejuvenescer a Pastoral Familiar da nossa diocese.


Os jovens não podiam deixar de ser referenciados. São o nosso futuro. É necessário apoiar os jovens, de modo, a que possam atrair outros jovens para a alegria de viver o Evangelho. Aquilo que por vezes constatamos é que os jovens não se sentem suficientemente acolhidos nas nossas comunidades. Temos tendência a rotulá-los de «geração rasca», esquecendo, aquilo que fomos outrora.


O alimento da fé pela oração, com relevo para a celebração dominical. Nalgumas assembleias realizadas no ano passado, foi pedido um maior cuidado na dignidade das celebrações e uma maior atenção àqueles que se descuidam com a sua presença e perdem o sentido da oração. Temos que interpelar o nosso vizinho pela necessidade de participar na celebração dominical. O anúncio do Evangelho, por vezes, começa à porta de casa…


Vocações de consagração. Os sinais animadores dos últimos anos serão estímulo para que, nos grupos, na catequese, na pregação, se repita o convite à entrega total a Cristo e se torne mais frequente nas comunidades a oração pelas vocações. O problema das vocações é fruto da nossa responsabilidade. Temos todos o dever de contribuir, nem que não seja, com uma simples oração.


Por fim, a Comunicação Social tem um determinado relevo no Plano Pastoral Diocesano. Usando os meios e a linguagem do nosso tempo (referência implícita à Internet), procuraremos trazer a público uma imagem da Igreja que somos e da vida que nos anima.


Este é um projecto para os próximos três anos, que irá ser objecto de reflexão, no próximo dia 8 de Novembro, no Seminário Maior de Coimbra, das 15 às 18 horas.
Não faltes. Participa! A tua opinião é importante para a construção da Igreja de Coimbra.



Miguel Cotrim

Outubro é o mês dedicado às Missões


A Igreja Católica dedica no mês de Outubro uma particular atenção ao mundo missionário, desenvolvendo nas suas comunidades uma série de actividades destinadas a promover a Missão como “urgência e prioridade”.
Particularmente importante é o terceiro Domingo deste mês, em que se celebrará o 82º Dia Mundial das Missões, este ano sob o lema “Servos e apóstolos de Jesus Cristo”, escolhido por Bento XVI.
O Papa aproveita a sua mensagem para o Dia Mundial das Missões 2008 para lançar um olhar preocupado sobre o panorama internacional: “Se por um lado mostra um grande desenvolvimento económico e social, por outro oferece-nos fortes preocupações sobre o futuro do próprio homem”.
Entre os males de hoje, aponta a violência; a pobreza; a discriminação e as perseguições por motivos raciais, culturais e religiosos; o progresso tecnológico, com fins diferentes da dignidade humana e o bem do homem; o uso indiscriminado de recursos.
Neste 82.º Dia Mundial das Missões, o Papa lembra que “o mandato missionário continua a ser uma prioridade absoluta para todos os baptizados, chamados a ser «servos e apóstolos de Cristo» neste início de milénio”.
“Enquanto permanece necessário e urgente a evangelização em muitas regiões do mundo, diminui o clero e faltam vocações. Factos que afligem hoje várias dioceses e institutos de vida consagrada. É importante confirmar que, na presença de crescentes dificuldades, o mandato de Cristo de evangelização, permanece como prioridade”, pode ler-se.
Nenhuma razão pode justificar uma “diminuição ou estagnação” nas missões, aponta Bento XVI. Anunciar o Evangelho, afirma o Papa, recordando as palavras de Paulo, “não é um peso, mas uma tarefa e uma alegria”.



Miguel Cotrim

Paróquia da Sanguinheira deu as boas-vindas ao padre João Paulo Vaz



- Missa dominical passará a ser celebrada às 11h00

O padre João Paulo Vaz é o novo pároco da Sanguinheira, que tomou posse desta paróquia, no passado dia 5 de Outubro, com uma recepção calorosa da comunidade cristã daquele lugar, entre muitos leigos das paróquias de Portunhos, Outil e Bom Sucesso, onde também é pároco.
O pró-vigário geral da Diocese de Coimbra, Aníbal Castelhano, presidiu à celebração. A tomada de posse tive início com a leitura de nomeação, seguida da oração do Credo pelo padre João Paulo Vaz, como aceitação do novo pastor daquela paróquia. O representante do bispo diocesano desejou um “trabalho fecundo” com todo os fiéis, reconhecendo e admirando João Paulo Vaz pelo “espírito de disponibilidade e doação”. “É um padre jovem, o que ajudará na caminhada com outro ritmo, com espírito de iniciativa mais vivo”, anunciou o pró-vigário.
Aos paroquianos, o padre João Paulo Vaz admitiu que é esta é uma “herança pesada que tenho nas costas para seguir o exemplo de generosidade e bondade o santo do padre Afonso Reis, que esteve quase 29 anos ao serviço da paróquia da Sanguinheira”. “Aceitei este cargo porque testemunhei a angústia e sofrimento do padre Afonso que já não se sentia com capacidades para seguir em frente”, assegurou. O novo pároco pediu a ajuda de toda a comunidade cristã, apesar de “estar sempre ao dispor como irmão na fé, como aquele ao serviço de Jesus Cristo”. “Não sou mais do que o cão do pastor, porque o verdadeiro pastor é Cristo”.
Responsável agora por quatro paróquias – Portunhos, Outil, Bom Sucesso e Sanguinheira – o padre João Paulo Vaz estará todas as terças na igreja da Sanguinheira, a partir das 16h00, para atender os paroquianos. Nesse dia será celebrada a eucaristia pela 20h00, alternado semanalmente com capela de Pedra Ásperas. A missa dominical será celebrada sempre no horário das 11h00, em fins-de-semana serão rotativos: Portunhos/Outil e Bom Sucesso/Sanguinheira.
No final da celebração dirigiram-se palavras de saudação pela chegada do novo padre. Para dar as boas vindas ao novo pároco foi entregue um ramo de flores. “Uma oferta simples, mas que encerra uma carga emocional muito grande”, arrematou Manuel Augusto, membro do Conselho Económico.
Vários elementos do Conselho Económico assinaram uma acta formulada para declarar a nova tomada de posse, tal como o pró-vigário Aníbal Castelhano e o próprio padre João Paulo Vaz. Também o pai do novo pároco, Albino Vaz assinou o documento como testemunha do acto.


Carla Asunção

Abertura do Ano Lectivo no ISET

Coimbra foi pioneira
no ensino da Liturgia


"As três primeiras cátedras de liturgia, como disciplina do curso teológico, estão ligadas a Coimbra". A afirmação é do Padre Doutor Carlos Cabecinhas que, na sessão de abertura do ano lectivo no Instituto Superior de Estudos Teológicos (ISET) de Coimbra, proferiu uma lição sobre "o início da ciência litúrgica como cátedra universitária", reportando-se ao tema da sua tese de doutoramento, recentemente defendida em Roma.
Ligado à criação das primeiras cátedras de liturgia está indelevelmente ligado o nome do jesuíta Manuel de Azevedo que foi "o seu idealizador, organizador e primeiro lente universitário de ciências litúrgicas". Natural de Coimbra, este sacerdote foi o mentor da Escola dos Sagrados Ritos, do Colégio Romano, da cátedra de Ritos Sagrados da Academia Litúrgica de Coimbra e da cátedra de "Teologia Litúrgica" da Universidade de Coimbra. Destacado foi também neste processo o bispo D. Miguel da Anunciação. De facto, Azevedo "afirma, no início de 1746, que estava já a tratar com o bispo de Coimbra, da organização da nova cátedra". Só a seguir, em Roma, apresentou ao Papa Bento XVI "a necessidade de instituir uma cátedra de Liturgia no Colégio Romano".
A história de todo este processo é o objecto central da tese de doutoramento do Padre Carlos Cabecinhas, professor no ISET, a publicar brevemente.
Introduzindo a sessão solene, o director do ISET, Padre Doutor Jesus Ramos, saudou os bispos das dioceses que integram o Instituto, recordando especialmente o senhor D. José Sanches Alves, até agora responsável pelos destinos da diocese de Portalegre e Castelo Branco, e o senhor D. Antonino Dias que, dentro em breve tomará posse do mesmo bispado. Dirigiu-se, igualmente, aos professores e alunos da instituição, afirmando que ali "não são apenas os alunos que aprendem com os seus mestres, pois também estes, quando têm discípulos interessados e empenhados, como são os nossos, têm oportunidade de com eles alargar horizontes e de permanecerem numa atitude de permanente rejuvenescimento".

Ex-Votos e Tabulae Votivae


Por José Eduardo R. Coutinho


A oferenda, o quadro, a figura ou a inscrição que, em cumprimento de um desejo ou aspiração, é colocado numa igreja, capela ou ermida, recebe a designação latina de ex-voto, a expressão que, etimologicamente, significa consoante promessa, aquilo que deixou de ser, porque foi concretizado.
Essa prática provém do remoto costume pagão de entregar, à divindade invocada, após um voto formulado e atendido, a respectiva oferta prometida, outro tanto sucedendo no cristianismo, para com Deus, Nossa Senhora e os santos, em ocasião de angústia, doença grave, perigo de naufrágio, iminência de guerra, de cativeiro, de cão danado, ataque de feras, assassínio, perigo de morte dos animais domésticos e de gados, entre outros.
Uma vez grangeada a graça implorada, logo era entregue, no preciso lugar oficial de culto, o objecto prometido, em cumprimento do voto efectuado, num evidente reconhecimento do favor, alcançado pela divindade invocada, visto consubstanciar a oferta, resultante de um compromisso assumido.
O procedimento remonta à esteatopigia pré-histórica, passando pelas figurações, em terracota, de mulheres similares, no Alto–Egipto, pelos diversos testemunhos da Grécia e de Roma, cujo santuário do Epidauro detinha notável quantidade das mais qualificadas oferendas, ali recebidas.
Perante a vastíssima variedade conhecida, é difícil classificar a categoria tipológica dos ex-votos, apenas regulados pela fantasia dos intervenientes, tanto das classes plebeias, como da aristocracia e do clero, ao recorrerem a objectos bastante diversos para manifestarem os sentimentos religiosos, que os motivaram.
Assim, a par dos quase insignificantes, surgiam os de valor elevado e de grande primor estético, aparecendo peças de cera, madeira, mármore, metal; lâmpadas, candelabros, cruzes, figuras simbólicas, vasos sagrados e coroas opulentas, visigóticas, de ouro e pedraria preciosa, como as de Suintila e de Recesvinto, colocados diante dos altares, na pérgula, o dispositivo similar à iconostase grega; e as representações de braços, pernas, olhos, seios, genitais, corações, rins, meninos e animais, principalmente.
Também os quadros pintados, com as cenas motivantes das oferendas, apesar de serem incluídos naquela referida nomenclatura, merecem uma designação mais incisiva, como a de tabulae votivae, por constarem de painéis, ou, retábulos, com nítida feição perdurável e solene, sucessoras das placas de metal, mármore, calcário e granito, inscricionadas e referentes aos factos que as determinaram, ostentando o nome da divindade, a identificação do dedicante, o motivo da dedicatória e a fórmula final consacratória, libens votum solvit (de livre vontade, cumpriu o voto), patente nas aras e cipos romanos.
Na verdade, os quadros encaixilhados e as placas emolduradas tiveram enorme divulgação, quer nos templos pagãos, quer nas igrejas, sacristias e capelas que, tal como aparecem, frequentemente, nos sítios de romarias, historiam os densos momentos em que surgiram, motivados por doenças, desastres naturais, acidentes, naufrágios e fatalidades.
Bastante procuradas por antiquários e colecções museológicas, mesmo que particulares, requerem particular atenção, no âmbito dos bens culturais da diocese, pelo facto de serem representações pictóricas isentas das sofisticações estéticas das outras pinturas, de reterem o episódico da existência atribulada, de traduzirem plena ingenuidade vivencial, de aludirem actividades simplistas, artesanais, e de conterem textos informativos, que muito valem na etnografia do País e são um repositório de desafios gramaticais.
Sendo fixações visuais dos instantes dramáticos, lá está o barco, na contingência de ser afundado pelas vagas alterosas, quando referem naufrágios; o moribundo, no leito, rodeado pelos familiares, a rezar, e, no alto, entre nuvens e auréolas, a imagem de Cristo, de Nossa Senhora ou do Santo, consoante a invocação, logo seguida do texto expositivo, coloquial e, por vezes, alheio às regras vocabulares, obedecendo, sempre, à mesma norma geral: Milagre que fes Nossa Senhora de… a F . … no ano de… .

TEMPOS DIFÍCEIS


Vivemos um tempo em que as crises se sucedem a um ritmo pouco habitual. Além do mais, apresentam-se como imprevisíveis e é significativo que as previsões das várias agências nacionais e internacionais estejam continuamente a alterar os seus valores.
Esta imprevisibilidade dificulta não só as planificações dos governos, mas também a de outras instituições, nomeadamente as religiões. O futuro é cada vez mais incerto, o que deveria estimular uma maior participação de todos na sua construção de modo a que ele não surgisse aleatoriamente mas o factor humano pudesse ter uma palavra a dizer.
É certo que a maior parte das crises tem uma origem, directa ou indirectamente, humana. Não dispomos de valores estruturantes que nos permitam trabalhar em conjunto para um futuro melhor, a não ser o dinheiro e os seus incondicionais sacerdotes e fiéis. Olhando para trás vemos que a maior parte das crises resultam da ganância humana, de alguns humanos. Deixamos que o deus supremo do nosso panteísmo de ídolos, o dinheiro, marque o ritmo e as intenções da maior parte de nós. O pior é que o dinheiro domina tudo sob as mais diversas formas e tem efeitos catastróficos: estimula a planificação a curto prazo para garantir rendimentos imediatos a gestores que pouco se importam com os efeitos posteriores; multiplica a corrupção, a cunha e o compadrio; favorece o consumismo desenfreado e inútil; incita a formas ilícitas e anti-sociais de comércio, como o da droga, da prostituição, das armas, de tráfico de pessoas; proporciona a especulação que origina as "bolhas" (imobiliárias, financeiras, etc.) que quando rebentam põem as economias em extrema dificuldade.
O último exemplo mostra bem o que acabo de dizer e sobretudo as suas consequências danosas. Milhões e milhões de dólares e euros públicos tiveram de ser utilizados para salvar grandes instituições financeiras. É certo que todos estes milhões foram necessários para salvaguardar os interesses dos cidadãos cuja estabilidade de vida dependia do bom funcionamento dessas instituições. Mas não deixa de ser irónico que os principais símbolos do capitalismo (selvagem?), quando se encontram em dificuldade, tenham de se socorrer dos dinheiros públicos, aceitando e até exigindo, no fundo, práticas "socialistas", tão criticadas em tempos de vacas gordas.
Olhando para os números verifica-se que eles são semelhantes aos que se gastam com a guerra do Iraque, por exemplo. E o mais dramático é que havendo tanto dinheiro para uma guerra e para injectar nas instituições bancárias, não haja, ao menos, os 10% necessários para eliminar a pobreza e a miséria em que vive a grande maioria da humanidade. Há dinheiro para matar. Há dinheiro para tapar a cobiça dos especuladores e as más gestões das instituições. Mas não há para salvar vidas e ajudar tantos milhões de pessoas a ser mais pessoa e a viver com o mínimo de dignidade. Evidentemente que não se trata de dar dinheiro sem mais e a quaisquer governantes dos países pobres, mas de com ele criar condições para um desenvolvimento humano e solidário de cada pessoa e cada povo e para a sua justa integração no concerto das nações.
Estranho mundo o nosso onde a morte (das pessoas ou das instituições) merece de longe muito mais atenção que a vida.
Por outro lado estas crises também nos deixam lições. Todas as crises têm aspectos positivos, na medida em que, atingindo dolorosamente as pessoas, as acordam para a realidade real. O que profetas foram anunciando e denunciando ao longo dos anos não teve qualquer efeito no estilo de vida das pessoas. Foram sempre vozes que clamaram no deserto. Entravam num ouvido e saíam pelo outro. Ou, o mais certo, é nem sequer entrarem por nenhum dos ouvidos. Há muito que se clamava que pessoas, famílias e povos não podem viver acima da suas possibilidades, que tínhamos de mudar de vida, tornando-a mais sóbria e frugal, porque a natureza não aguentaria os nossos exageros, que as especulações arrastariam muita gente para a pobreza. Mas a nada demos ouvidos. Continuámos a viver como se tudo sempre corresse de feição. Mas de repente (talvez não tão imprevisivelmente com se diz) os ventos mudaram de rumo.
E agora aí estamos nós a bater no fundo. O que só pode ser bom, pois quando se bate no fundo já não se pode afundar mais. É só a subir… se quisermos dar uma ajuda. Mas para isso tem que haver vontade política e querermos mudar os hábitos de vida.


José Dias da Silva

7 de outubro de 2008

Bispo de Coimbra faz apresentação do Plano Pastoral em Arganil


D. Albino Cleto presidiu, no dia 4 de Outubro, em Arganil, ao encontro de apresentação do novo plano pastoral da Diocese de Coimbra.
Estiveram presentes, no Centro Paroquial de Arganil, cerca de 100 pessoas representantes das paróquias e arciprestados da Região Nordeste.
O Bispo de Coimbra referiu que este plano vai ser realizado por todos e pode ainda ser acrescentado, melhorado e corrigido com o contributo de todos.
O slogan que resume o plano é "Ide e fazei discípulos". Pretende-se ultrapassar uma perspectiva pessimista da evolução da Igreja, vencer a indiferença e o individualismo que predominam na nossa sociedade, pretende-se que a Igreja se torne cada vez mais consciente e viva, na missão de evangelizar, de mostrar a todos o caminho da verdadeira felicidade: que as pessoas e as famílias sejam felizes.
A Igreja precisa de se renovar na área da Catequese, da Oração, das Vocações, da Comunicação Social.
"Como concretizar esta renovação no nosso arciprestado ou unidade pastoral?" – perguntou D. Albino.
Neste primeiro ano, sem esquecer S. Paulo, a Família deverá estar bem presente nas nossas iniciativas, nomeadamente o acolhimento aos "casais novos".
Respondendo às questões levantadas pelo Pastor da diocese, alguns participantes deram a sua opinião: Neste plano não há grandes novidades. O que é preciso é sistematizar mais as metas a atingir. A família precisa de mais iniciativas, a catequese precisa de renovação, é preciso motivar os jovens para experimentarem a alegria da fé.
Os grupos não deverão limitar-se a falar e ouvir, mas deverão orientar-se para a acção.
D. Albino sublinhou a importância de órgãos como o Conselho Pastoral Arciprestal, em que padres e leigos colaborem na dinamização pastoral. Salientou ainda a criatividade que todos devem procurar, para conseguir envolver todas as pessoas neste plano pastoral, podendo inventar-se campanhas simples que levem o máximo número de pessoas a sentir o gosto de participar e de dar o seu contributo, num dinamismo de Igreja.


João Fernando

Antanhol vai ter novo Centro Social


O Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto presidiu no passado domingo à bênção e lançamento da primeira pedra do futuro Centro Social de Nossa Senhora da Alegria, em Antanhol. Numa missa campal realizada no local das futuras instalações do Centro Social, D. Albino Cleto congratulou-se pelo lançamento desta obra, referindo a importância que tem para com os mais idosos. Fazendo referência à liturgia, interpelou a comunidade presente a participar activamente na sua construção, manutenção e animação. "Não deixei que o trabalho seja apenas da direcção e dos seus funcionários", disse o prelado de Coimbra. "Trabalhar ou colaborar com o Centro Social de Antanhol é participar activamente na vinha do Senhor", afirmou. Uma das preocupações deixadas pelo Bispo de Coimbra é o abandono a que estão sujeitos os idosos que recorrem a estas instituições. "Quantos centros sociais não visito nesta diocese e ouço dizer dos seus responsáveis que os seus utentes, passam o Natal, sozinhos", advertiu ainda o prelado.
O presidente do Centro Social de Nossa Senhora da Alegria, o Padre Joel Antunes referiu a importância social desta obra, principalmente "quando as crianças tenham alguém que delas cuide quando as mães têm de retomar os empregos após a licença de maternidade e durante os primeiros anos de vida dependente". Outro dos objectivos abordados pelo responsável desta instituição é combater a solidão e o isolamento a que estão condenados muitos dos nossos idosos. Encontrar soluções para as novas formas de pobreza, como o desemprego, a droga, o álcool, a violência, também são outras das preocupações da direcção do Centro Social de Nossa Senhora da Alegria.
Na presença dos autarcas da Junta de Freguesia de Antanhol e da Câmara Municipal de Coimbra, o sacerdote recordou o papel interventivo da Igreja ao cuidar dos mais pobres. O Padre Joel Antunes criticou o Estado pelo facto de ter acordado tardiamente para esta realidade. Tal como tem acontecido com os ATL´s, seria gravosa injustiça, do ponto de vista daquele sacerdote, "se a tutela se esquecesse disso e tratasse as instituições como coisas de usar e deitar fora". A solução mais adequada e justa, segundo o Padre Joel Antunes, "não passará por substitui-las, mas sim, por apoia-las, de modo a que possam inovar e continuarem a prestar os seus serviços com a qualidade acrescentada que hoje se exige e os mais desfavorecidos merecem".
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação, reforçou, por seu lado, a necessidade de alargar a rede de creches do concelho, afirmando que a oferta é apenas de 30 por cento da resposta face à procura.
Para o autarca, "as famílias hoje são diferentes e há que dar soluções a essas novas realidades". Espera ainda que, dentro de dois anos, a oferta suba para os 50% da resposta à procura.
Reiterando que a cidade de Coimbra "tem sido um exemplo gritante relativamente a obras de solidariedade" e que, a nível de infantários, a oferta cobre a totalidade da procura, Carlos Encarnação reconhece que a nível de creches a satisfação não é total e que ainda há muitas coisas a colmatar em termos de segurança social.
"Sabemos que estamos ainda deficitários", admite, anunciando ainda a inauguração de um Centro de Noite na Baixa da cidade, em Novembro.
O futuro Centro Social de Antanhol tem a obra orçada em 605.609,02 euros, sendo 217.752,32 euros são cedidos pela Segurança Social através do programa PARES. A Câmara Municipal de Coimbra atribuiu um subsídio de 150 mil euros para a construção. O restante terá que ser angariado pela população, tendo a possibilidade de contrair um empréstimo na Caixa de Crédito Agrícola, uma hipótese que o Padre Joel Antunes quer evitar por causa dos juros altíssimos. O terreno para a obra, situado na Rua da Escola foi cedido por um proprietário, motivando um elogio do autarca de Coimbra e do presidente da instituição.
Após a bênção da primeira pedra, a firma Conímbriga poderá iniciar agora a sua tarefa da construção da obra.
Por último, o Padre Joel Antunes não se esqueceu de fazer uma referência ao Padre Manuel Simões que iniciou todo o processo e ao Padre Luís Domingues que gizou os primeiros estatutos do Centro Social, assim como às funcionárias que são o rosto daquela instituição.


Miguel Cotrim

Convívio Fraterno na Diocese de Coimbra


O próximo Convívio Fraterno realizar-se-á na Casa da Sagrada Família, na Praia de Mira, de 28 de Novembro a 1 de Dezembro de 2008.
Sendo o Convívio Fraterno um encontro de experiência/partilha de fé, a organização relembra que nele devem participar jovens maiores de 18 anos, com vontade de se conhecerem e conhecerem melhor Jesus Cristo.
A data limite das inscrições é 31 de Outubro de 2008. As inscrições devem ser enviadas para:
Pe. Fernando Pascoal; Rua Principal, 63; Grada; 3050-102 Barcouço.

Trouxemil e Pedrulha agradecem ao Padre Veiga


Foi com emoção que a população da Adémia se despediu no passado dia 1 de Outubro, com uma Eucaristia Solene na capela da Senhora da Luz, do Padre José Veiga, que, ao fim de 27 anos, deixa o serviço pastoral nas paróquias da Pedrulha e Trouxemil.
O Padre José Veiga, de 73 anos, confessou ao Diário de Coimbra que parte com o "coração cheio" pelos amigos que foi conquistando e com quem colaborou na concretização de projectos, como a recuperação da igreja de Trouxemil e, mais recentemente, do Centro Paroquial da Pedrulha, ainda a dar os primeiros passos.
Quando recebeu indicação da Diocese de que iria para a Pedrulha e Trouxemil, ao padre Veiga foi-lhe dito que "seriam apenas uns meses". Os meses transformaram-se em anos e só razões de saúde o impedem de continuar agora a exercer o seu munus pastoral. O coração e os ossos já não são o que eram e, por isso, decidiu pedir ao bispo que o dispensasse destas funções.
Na igreja da Graça, onde está há 40 anos, vai continuar a acompanhar a vida de Trouxemil e Pedrulha, até porque por ali permanecem "grandes amizades" que foi conquistando ao longo dos anos.
O Padre Luciano Nogueira, que foi assistente da Juventude Operária Católica substitui agora o Padre Veiga na Pedrulha e em Trouxemil.
Natural da Pampilhosa da Serra, o Padre José Veiga veio para Coimbra em meados da década de 1960. Padre há 49 anos, passou 10 anos como capelão-militar, tendo passado sete anos em Angola e três em Moçambique, por altura da guerra do Ultramar, exercendo, mais tarde, funções no quartel militar de Coimbra.

Especialistas vão aprofundar presença judaica em Coimbra


Especialistas vão aprofundar o conhecimento da presença judaica em Coimbra, que teve "uma preponderância evidente na cidade", num ciclo de conferências que vai decorrer a 23 e 24 de Outubro.
Mário Nunes, vereador da cultura da Câmara Municipal de Coimbra, explicou à Lusa que a iniciativa pretende "debater", em profundidade, questões relacionadas com a comunidade de judeus que existiu na cidade" na Idade Média e que desapareceu com a Inquisição.
"Coimbra acolheu ao longo de séculos uma colónia judaica que teve uma preponderância evidente ao nível científico, na medicina, arquitectura, música e na vertente filosófica", afirmou o autarca. Salientando que "existe um vasto património pouco estudado", Mário Nunes justifica a realização de conferências com especialistas de Coimbra e Lisboa para "aprofundar" as marcas deixadas pela passagem dos judeus, que receberam ordem de expulsão do Rei D. Manuel.
O ciclo de conferências, com a presença de especialistas de Coimbra e Lisboa, realiza-se na Torre de Almedina e só pode ser frequentado mediante inscrição prévia.
Complementam a iniciativa da Câmara de Coimbra duas exposições, uma na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e outra na Torre de Almedina, com espólio deixado pelos judeus em Coimbra, Belmonte e Lisboa, que mostram "as marcas deixadas pela sua passagem".
Na sequência deste projecto, autarquia elaborou um percurso pedonal designado "Coimbra judaica", que integra as duas judiarias – Velha e Nova – e termina nos edifícios da Inquisição.