Correio de Coimbra

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10 de setembro de 2008

Fé e Compromisso

UM DINAMISMO NOVO

José Dias da Silva

As férias são normalmente tempos sossegados em termos de grandes acontecimentos. Também na Igreja se pode aplicar a regra. A grande "agitação" é talvez a mudança de párocos, um exercício que passa um pouco despercebido, mas que deve significar para quem é bispo um tempo de angústia humana e de muita fé no Espírito Santo. Não sei como se fazem estas coisas e cada bispo terá a sua metodologia: toma as decisões sozinhos, prepara-as com os seus colaboradores mais próximos, procura a opinião dos párocos "vizinhos", ouve os fiéis envolvidos, pelo menos através dos seus Conselhos Pastorais?
Seja como for, deve ser um tempo de algum sofrimento. Por isso, recordo com alguma ironia aquelas palavras do documento preparatório do Sínodo sobre os Bispos: "a escassez de presbíteros aumenta o dever do bispo de ser administrador da graça, sempre atento a discernir a presença de necessidades reais e a gravidade das situações, procedendo a uma distribuição sábia dos membros do seu presbitério e a prover a que, mesmo em emergências semelhantes, as comunidades dos fiéis não sejam privadas da Eucaristia durante muito tempo". A ironia vem do facto de que quem escreve estas coisas vive num espaço onde há mais padres por metro quadrado no mundo e não faz ideia do que se passa "lá fora"!
A mudança de pároco pode ser uma óptima oportunidade para rever aspectos que já estão ultrapassados, mas que a inércia vai mantendo, sem qualquer interesse para a comunidade. Mas também terá de haver o bom senso de não mudar só por mudar ou porque não se gosta de serviços e grupos que estão a fazer bom trabalho.
O problema é que hoje vivemos tempos de profundas mudanças. É certo que mudanças sempre houve, mas o que hoje nos afecta é a própria natureza da mudança, que nos obriga a pensar o futuro de modo diferente e a não ficar à espera que as coisas andem por si. Não pensamos suficientemente no futuro nem fazemos uma leitura dos sinais dos tempos e, portanto, escapam-nos sinais que dariam indicações preciosas. É que, tanto na sociedade como na Igreja, temos de ter ideias claras sobre o que queremos, precisamos de ser guiados por uma "visão de futuro", caso contrário corremos o risco sério de, caso não saibamos para onde queremos ir o mais certo é não chegarmos lá!
Se falo disto, é porque estamos em início de ano pastoral. Certamente que as paróquias mais previdentes já terão definido os seus projectos, a sua "visão de futuro", mas não há muito o hábito de programar atempadamente e a fé no Espírito Santo é demasiado grande para querer antecipar as coisas!
A história recente deixa-nos exemplos de como ter objectivos claros é importante para uma sociedade. A proposta inesperada e aparentemente pouco credível de J. Kennedy de colocar um homem na Lua numa década mobilizou toda a nação americana. Ou o sonho de Luther King de lutar pela igualdade racial conduziu os americanos a terem hoje como candidato presidencial um homem de cor. É, pois, importante, que também as comunidades eclesiais se proponham objectivos ambiciosos e mobilizadores, sobretudo com cristãos demasiado amorfos e pouco participativos. A mudança de pároco pode ser um bom catalizador.
João Paulo II acautelava para a necessidade de "um dinamismo novo que nos leve a investir em iniciativas concretas" criativas e mobilizadoras pois "o nosso tempo é vivido em contínuo movimento, que muitas vezes chega à agitação, caindo facilmente no risco de "fazer por fazer". Há que resistir à tentação, procurando o "ser" acima do "fazer" (NMI 15).
Há, pois, que definir prioridades e não querer fazer tudo. Há que encontrar eixos mobilizadores e pôr toda a comunidade em sintonia com eles de modo a que cada grupo, sem deixar de ser fiel aos seus objectivos, se enquadre na dinâmica comunitária que melhor responda aos desafios de hoje.
Atendendo a que o "homem (concreto e situado) é o primeiro caminho que a Igreja deve percorrer no cumprimento da sua missão" (RH 14) e que "a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja" (EN 14), João Paulo II define um objectivo muito claro para todas as comunidades eclesiais: "Descobrir e ajudar a descobrir a dignidade inviolável de cada pessoa humana constitui uma tarefa essencial, diria mesmo em certo sentido, a tarefa central e unificadora do serviço que a Igreja, e nela os fiéis leigos, é chamada a prestar à família dos homens" (ChL 37).
Ao programar as suas actividades, cada comunidade deve colocar-se ao serviço desta tarefa essencial, central e unificadora, procurando os meios adequados para que pela catequese, pela liturgia e pelo serviço fraterno descubra e ajude a descobrir a dignidade inviolável de cada pessoa, seja ela criança ou adulto, pobre ou rico, são ou doente.
Tudo isto obriga a mudar muitos hábitos instalados e o imperativo evangélico do "convertei-vos" não tem, entre nós, grande repercussão. Mas, se as nossas comunidades não se "converterem" de pouco adianta lamentarmo-nos de que temos as igrejas cada vez com menos pessoas.

Honorabilidade Seiscentista


José Eduardo R. Coutinho


Encarado, geral e superficialmente, como um longo e penoso período da vida nacional portuguesa, o século XVII comporta uma identidade singularmente longânime, de paciente retonificação e heróica fortaleza porque, ao invés das centúrias anteriores e seguintes, denota particularidades de visível virtude, nem sempre realçadas ou reconhecidas, pois, continuando mal estudado, permanece menosprezado, pelo simples motivo de principiar, para nós e factualmente, com o desastre de Alcácer Quibir, em 4 de Agosto de 1578, e terminara com a consolidação do Portugal Restaurado, após o prolongado rescaldo que terminara na paz, de 1668, reinando Dom Afonso VI.
Depois de ter sido feito cair na directa dependência do vizinho monarca, em detrimento do Prior do Crato, ambos netos de Dom Manuel, mas, preterido da sucessão, por aversão do ambicioso Cardeal Dom Henrique, o País fica entregue a si mesmo: sem reconhecimentos estrangeiros, empobrecido de meios e de gentes, e privado das riquezas comerciais, advindas das possessões ultramarinas, maioritariamente usurpadas pelos outros potentados europeus, restava a estagnação social e política, processada num arrastado sofrimento, de seis décadas consecutivas que, revestidas de cinzas inertes, mantiveram incandescências activas, no melhor brio da consciência patriótica.
Utilizar expedientes criativos viria a ser o móbil determinante de contornar infortúnios, porquanto aquilo que escasseava em meios materiais, para distintas e variadas realizações grandiosas (arquitectónicas, decorativas e todas as demais) é sublimado nesses específicos empreendimentos, cuja urgente necessidade teve sucedâneos imensamente válidos nos plúrimos recursos adoptados no solucionamento das exigências mais prementes, fosse nos utensílios diários, fosse nos bens do quotidiano, com particular incidência no vestuário, na louça, no mobiliário, nos têxteis e nas diferentes indústrias artesanais, conjuntamente congregadas num admirável movimento sócio-económico, jamais abrandado e digno do maior apreço.
Alguns poucos fidalgos, esclarecidos ou endinheirados, eclesiásticos diocesanos e das ordens religiosas – estes, particularmente –, a par da nobreza, de ricas irmandades e de misericórdias constituem o sector responsável pela manutenção daquelas referidas actividades e, de maneira exponencialmente surpreendente, pelo revigoramento do sector industrial português, encomendando, adquirindo e promovendo a produção nacional que, longe do ressentir a desventura, padecer recessões ou restringir o consumo corrente, obtém similar procura, enquanto disponibiliza respostas satisfatórias, através da óptima qualidade patente, nos tecidos multicolores, na faiança vidrada, na marcenaria torneada, na hábil aplicação do metal amarelo, na imaginária artesanal, na omnipresente difusão dos azulejos, na espessa prataria, nos marchetados e douramentos da boa madeira exótica…
Realmente, é, de modo preciso, com estes ingredientes, materialmente pobres – fibras têxteis, argilas, madeira, pirites – que a facturação permanece sustentável e a Nação vai afirmar a própria independência, demonstrando genialidade, propósitos de auto-gestão subsistente, repúdio pelas ingerências castelhanizantes e capacidade afirmativa da personalidade cívica, estética, governativa e religiosa, como demonstram as áreas da literatura, das expressões artísticas, do ensino, da fé e da resistência política, numa evidente autonomia, na qual desaparecem os passados vínculos de continuidade, para sobressair, em qualquer circunstância, o que é ainda mais português, a ponto de, na madrugada do dia 1 de Dezembro de 1640, surgir, por fim, a Restauração dinástica nacional, a feliz oxigenação do fogo invicto, nunca extinto do brasido primordial e que os povos acautelaram, nas familiares lareiras espirituais.
Desenvolver estes testemunhos históricos, que competentes eruditos e sociólogos bem podem glosar, significa perceber o inconfundível serviço plurifacetado, prestado à causa de Portugal, validando a sensata cooperação dos inconformistas, devotados ao trabalho concreto, à exclusão de frivolidades palavrosas, ao positivo empenho reparador de males inevitáveis, procurando vias exequíveis, alternativas promissoras e medidas efectivas, mediante acções consertadas e praticando sucessivas abastanças confortantes, num exemplo notável de vontade afirmativa, devotada ao serviço promotor do bem comum.
Onde parecia pairar o estiolamento, há um imprescindível alento transformador, operado num acto quase imperceptível, anualmente processado, recorrendo a variantes novas e actuais, pela operosa diligência de numerosos artífices anónimos, orientados por ignorados mestres artistas, agrupados em gente sem títulos ou adjectivos que os qualifiquem e diferencie, todavia, pessoas humildes, morigeradas, persistentes, abrigadas sob funções corporativas, devotando a vida à edificação do futuro melhor, uma massa de honrados trabalhadores mecânicos, que legaram lições e são, sem contestação, as mais dignas que podemos admirar.

Frades capuchinhos despedem-se de Santa Justa




A saída dos frades capuchinhos da igreja de Santa Justa já era esperada a alguns anos. Uma reformulação da Ordem dos Frades Capuchinhos ditou o encerramento da sua "Casa" em Coimbra. Em causa está a falta de vocações e o envelhecimento dos membros que pertencem à Ordem. Por outro lado, esta reorganização pretende ir ao encontro de novos povos que ainda não conhecem Cristo. Daí uma aposta em Angola e Timor-Leste. A comunidade cristã de Santa Justa levou a cabo no passado domingo uma celebração eucarística, presidida por D. Albino Cleto e concelebrada por meia dúzia de sacerdotes, entre os quais o Frei António Martins, ministro provincial dos capuchinhos em Portugal. O objectivo foi agradecer a sua presença ao longo de 65 anos em Coimbra.


"Esta celebração não deve ser interpretada como uma despedida, mas sim, como uma acção de graças, por esta imensa obra que os nossos irmãos franciscanos capuchinhos levaram a cabo ao longo de todos estes anos nesta cidade", afirmou D. Albino Cleto ao presidir à Eucaristia, no passado domingo, na igreja de Santa Justa. Celebração que marcou oficialmente a saída dos frades capuchinhos de Coimbra.
Ao fazer referência à liturgia do dia, D. Albino Cleto reconheceu publicamente o trabalho dos frades capuchinhos. "Foram na Igreja de Coimbra, profetas e sentinelas", referiu o prelado. Anunciaram a Palavra de Deus, corrigindo a vida dos arrependidos através da confissão. "O que eles fizeram foi para nós um desafio. Tenho agora o dever e a responsabilidade que aquilo que se fez, não acabe agora", retorquiu o Bispo de Coimbra perante uma igreja cheia de fiéis.
Os frades capuchinhos permaneceram em Coimbra ao longo de 65 anos (desde 1943). Uma pequena comunidade religiosa que sempre foi composta por três elementos, instalou-se na Igreja de Santa Justa. As actividades que desenvolveram ao longo de todos estes anos foram sobretudo no Sacramento da Reconciliação (Confessionário); a direcção espiritual e todo o trabalho de uma paróquia, catequese, liturgia e o trabalho sócio-caritativo, onde também eram reconhecidos.
Ao "Correio", o Padre Frei António Martins, ministro provincial dos Capuchinhos em Portugal lamenta esta saída. "Fechar uma casa é sempre uma tristeza enorme. Mas temos que reconhecer as nossas limitações: Somos cada vez menos, mais doentes e mais velhos e, temos também uma escassez de vocações", referiu o provincial da Ordem dos Capuchinhos.
Esta reformulação levada a cabo pelos franciscanos capuchinhos foi uma orientação geral para toda a ordem, de forma a diminuir as presenças em todos os países. Em Espanha, por exemplo, passaram de duas províncias para uma, e em Portugal, um dos objectivos é passar de oito casas para seis. Recorde-se que no ano passado, a primeira casa a ser encerrada foi a de Cabanas do Viriato (Diocese de Viseu), agora foi a vez de Coimbra.
Ao diminuir a presença nalguns países da Europa, a Ordem está neste momento a reforçar a sua presença em Angola e Timor-Leste. Em Timor, abriram ao longo de 2004 e 2005 duas casas, uma em Laleia, outra em Díli.
"A Ordem dos Franciscanos Capuchinhos em Portugal vai dar prioridade a Pastoral Bíblica e Vocacional" referiu o Padre António Martins. "Há toda uma reformulação do nosso ser e agir no mundo", salientou o frade capuchinho ao "Correio". "Esta saída, não é uma saída definitiva, porque continuaremos a estar presentes em Coimbra, mas de uma forma diferente, sem as responsabilidades de uma paróquia", acrescentou. "Estaremos quando formos solicitados".
A Comunidade da igreja de Santa Justa promoveu também um almoço que decorreu na sede da Liga dos Combatentes, na Rua da Sofia como forma de agradecimento aos frades capuchinhos que carinhosamente trabalharam nesta paróquia.
O Bispo de Coimbra pretende nos próximos dias reunir-se com alguns elementos da comunidade de Santa Justa para delinear um plano pastoral quanto ao futuro. Para já, uma coisa é certa, a igreja não vai fechar. "Não quero que me entreguem as chaves da igreja", afirmou D. Albino Cleto. O Bispo de Coimbra pretende, pelo menos, que se celebre todos os domingos a Eucaristia. "Todos vós tende essa responsabilidade de continuar a animar e a celebrar a fé como tão bem fizeram os frades capuchinhos", referiu o prelado. Após estas palavras tranquilizadoras do Pastor da diocese, irrompeu da assembleia uma salva de palmas.
O Padre Frei António Martins recordou no fim da Eucaristia, os frades capuchinhos que passaram por Santa Justa e que já partiram deste mundo, como foi o Padre Banhos, o Padre Miguel Negreiros e o Padre Pedro de Macieira.
O canto de acção graças, lema de S. Francisco "Paz e Bem" teve um significado muito particular sobretudo para aqueles que privaram de perto com os frades capuchinhos.




Miguel Cotrim

Escola Diocesana de Leigos inicia ano lectivo


No próximo dia 23 de Setembro a Escola Diocesana de Leigos vai iniciar as suas actividades.
Dando continuidade ao trabalho realizado ao longo dos últimos seis anos, e no propósito de dotar os cristãos leigos de formação adequada seja em ordem à sua vivência pessoal e integração social, pelo testemunho, seja em ordem ao serviço comunitário, a Escola Diocesana de Leigos manterá actividade formativa em Coimbra, Figueira da Foz e Oliveira do Hospital. Algumas dezenas de cristãos de toda a Diocese foram concluindo o seu tempo de formação que, embora extenso, vem sendo avaliado como muito positivo. Olhando apenas para os números, o lado menos interessante de uma avaliação, registamos o seguinte número de leigos que concluíram o Curso Geral: 34 em Coimbra, 12 em Pombal, 14 em Cantanhede, e 17 em Oliveira do Hospital. Muitos outros frequentaram apenas áreas que particularmente lhes interessava.
Não sendo uma formação destinada a massificar, nem para deixar muitas fotografias no jornal, tem sido muito importante, especialmente como recurso útil para ministros da liturgia, assim testemunham.
Durante a avaliação do Plano Pastoral, mais uma vez emergiu uma necessidade – formação dos leigos. Concordo com a análise, até porque estamos numa espiral tremenda: quanto menos formação e conhecimento, menor é a necessidade de os buscar e maior é a tendência para fazermos de nós a medida de todas as coisas, dispensando, por isso, qualquer proposta que surja. O resultado é ainda mais preocupante: tanta asneira… em nome da Igreja! E onde estão estes leigos que sentem necessidade de formação?
Durante este ano ela está disponível em três pólos: Coimbra continuará o seu programa e contará neste primeiro semestre com os módulos de Teologia Moral I (terça-feira) e Teologia Fundamental (quinta-feira), sempre no Seminário Maior de Coimbra; Figueira da Foz, no terceiro ano de formação, abordará, neste semestre, a História da Igreja (terça-feira), no Seminário Menor da Figueira; e, Oliveira do Hospital, onde será reeditado o módulo de Antigo Testamento (terça-feira), no Centro Recreativo e Cultural de Galizes; os trabalhos realizam-se sempre entre as 21 e as 23 horas.
Atendendo ao esforço de todos e aos recursos humanos e materiais, bastante escassos, devemos aproveitar mais esta oportunidade.


Manuel Carvalheiro

Grupo de Jovens em missão no Brasil


No mês passado a Diocese de Coimbra lançou dez jovens em missão. Dando corpo a um desejo diocesano, o grupo missionário João Paulo II esteve durante o mês de Agosto em Chapadinha, no nordeste brasileiro, onde realizou voluntariado missionário. Os jovens apoiaram as Irmãs Criaditas dos Pobres e os Padres missionários da Boa Nova, numa missão que D. Albino Cleto considerou exemplar, ao ponto de servir agora de modelo para implementar alterações no secretariado das missões de Coimbra.
O Bispo de Coimbra explica que é a partir deste grupo que irá "refazer o secretariado das vocações na diocese", até porque considera que a comissão diocesana para o apoio às missões "está cansada e descentrada".
Para D. Albino Cleto, neste campo, tem-se falado muito "e agido pouco". "É preciso aventura e quebrar, falo por Coimbra, uma tendência caseira de dizer que primeiro temos de ser apóstolos à porta de casa para depois irmos. A este grupo eu disse, vamos para longe pois no contacto com a riqueza de outras igrejas sentiremos melhor o que é ser apóstolo à porta de casa", declarou à agência Ecclesia.
Agora que os jovens regressaram da viagem do Brasil, D. Albino Cleto pretende espalhar o projecto por toda a diocese. "Neste momento a diocese está informada, embora talvez não tenha acompanhado com cuidado e zelo que desejamos", aponta.
Em Outubro, os dez missionários vão encetar campanhas dinamizadoras. "Este foi um projecto copiado de Aveiro que encontrou impacto entre os jovens", explica o prelado. Em Coimbra o projecto vai apostar numa dimensão missionária, "mas também numa vertente vocacional", conclui D. Albino Cleto.

Formadores dos seminários reunidos no Trucifal (Torres Vedras)


Está a aumentar o número de vocações


O bispo responsável pelas vocações afirmou no passado dia 2 de Setembro que está a haver um aumento do número de candidatos a padres, admitindo que o decréscimo vocacional ao longo dos anos esteve relacionado com a falta de formação dos formadores.
O decréscimo de candidatos a sacerdotes "tem muito a ver com a falta de formação dos formadores mas tem (também) a ver com alguma instabilidade de algumas equipas de formadores", afirmou o presidente da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios, D. António Francisco dos Santos.
"Creio que o seminário precisa de ter uma grande capacidade de abertura às comunidades cristãs e capacidade de diálogo (…) com aqueles que na vida concreta das comunidades são o rosto do padre que os jovens desejam e projectam ser", explicou.
O presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios falava aos jornalistas à margem do encontro de formadores que reuniu de 1 a 5 de Setembro todos os seminários portugueses. O encontro anual de formadores dos seminários portugueses decorreu no Centro de Espiritualidade do Trucifal, concelho de Torres Vedras.
"Sabemos que há escassez de ordenações mas vivemos um momento de esperança", salientou ainda o Bispo da Diocese de Aveiro.
"O problema das vocações não é uma questão de marketing, é uma questão de acolhimento serenos discreto e atento do chamamento de Deus e de trabalho consciente no meio das comunidades cristãs", frisou.
O responsável disse também que houve um aumento de candidatos nos últimos anos. No Seminário Maior de Coimbra, que integra as dioceses de Leiria, Coimbra, Aveiro, Portalegre-Castelo Branco serão sete os alunos no primeiro ano de Teologia. Temos o dobro dos seminaristas em Teologia que tínhamos há dois anos (eram cinco, agora existem dez) no Seminário de Coimbra", acrescentou o prelado.
O tempo em que os reitores e prefeitos dos Seminários eram pessoas idosas já passou. "Sente-se uma grande presença de padres jovens nas equipas formadoras", reconheceu D. António Francisco dos Santos. O trabalho destas instituições "é desgastante e exaustivo" e exige "o dinamismo que o tempo de juventude favorece".


Miguel Cotrim/Ecclesia

ACEGE promove Peregrinação a pé a Fátima


A Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), no âmbito do seu programa de acompanhamento espiritual delineado para o novo ano de actividades 2008/2009 vai organizar entre os dias 2 e 5 de Outubro, uma vez mais, a sua II Peregrinação a pé a Fátima.
Segundo um comunicado da associação a que tivemos acesso, os promotores propõem aos participantes uma caminhada espiritual de três dias, de Santarém a Fátima. O objectivo segundo a organização é "recordar que a nossa vida é um caminho, experimentar as dificuldades desse caminho e aprofundar as razões e os apelos da mensagem de Fátima". Segundo João Alberto Pinto Bastos "queremos que estes três dias de caminhada, sejam um tempo de oração, de penitência e de silêncio. Queremos que sejam, igualmente, um tempo de encontro. Encontro com o Senhor, olhando o exemplo de Maria, mas também um tempo de convívio onde seja possível partilhar a alegria de estarmos juntos".
Os participantes ficam alojados na Casa Domus Carmeli, onde tomarão as refeições e celebrarão a Eucaristia. Os trajectos de Fátima aos pontos de partida e o regresso no final do dia serão feitos de autocarro. O assistente espiritual da peregrinação é o Padre Mário Rui Leal Pedras, assistente nacional da ACEGE. O preço inclui todas as despesas com alojamento, transporte e refeições. Para mais informações deverá contactar o Secretariado da Peregrinação: Gonçalo Corrêa d´Oliveira (91 7815854) – ACEGE, Rua Julieta Ferrão, n.º 10, 8.º Dt.º, 1600-131 Lisboa. Telef. 21 7941323. Fax. 21 7941324.

Peregrinação da capelania do Brinca ao Santuário do Santíssimo Milagre de Santarém


As Servas de Nossa Senhora de Fátima, na pessoa da Irmã Ilda, iniciaram um trabalho com vista a um maior desenvolvimento, conhecimento e inter-ajuda entre os Bairros do Brinca, Loreto, Relvinha e outros.
Foram desenvolvidas várias actividades destacando-se: tempos de oração, estudo da Bíblia, adoração ao Santíssimo Sacramento nas primeiras sextas-feiras de cada mês e reuniões sócio-culturais.
Encerrou-se o ano com uma peregrinação ao Santuário do Santíssimo Milagre de Santarém para um maior aprofundamento da vivência da fé. Ao todo, foram cerca de 45 pessoas que participaram no passado dia 28 de Junho na peregrinação ao Santuário do Santíssimo Milagre de Santarém. Para além do Santuário, visitaram ainda a Sé Catedral e a Casa Mãe das Servas de Nossa Senhora de Fátima, casa onde nasceu e viveu a fundadora da obra Luíza Andaluz. Aí, conheceram a vida e obra desta serva através do visionamento de um filme. Mais tarde, visitaram duas capelas, numa delas onde se encontra sepultada a fundadora Luíza Andaluz.

Peregrinação da Mensagem de Fátima


A Pastoral de Peregrinações do Movimento da Mensagem de Fátima vai levar a efeito uma peregrinação aos locais por onde passou a Irmã Lúcia quando residiu em Espanha. Ocorrerá nos dias 3, 4 e 5 de Outubro próximo e o itinerário inclui paragens e visitas nos seguintes locais: Balasar (túmulo da Beata Alexandrina), Monte de S. Luzia (Viana do Castelo), Tuy, Pontevedra, Santiago de Compostela, Sameiro, Bom Jesus e Catedral (Braga).
A vivência espiritual inclui Eucaristia diária, Rosário meditado diário, oração nas capelas dos conventos de Tuy e Pontevedra, aprofundamento da mensagem de Fátima relacionado com a devoção dos primeiros sábados. Preço por pessoa: 135 € (inclui alojamento e refeições). Contactos para inscrições: Mário Barrata: 91 9868876 ou Isilda Lages: 91 9275043.