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10 de setembro de 2008

Formadores dos seminários reunidos no Trucifal (Torres Vedras)


Está a aumentar o número de vocações


O bispo responsável pelas vocações afirmou no passado dia 2 de Setembro que está a haver um aumento do número de candidatos a padres, admitindo que o decréscimo vocacional ao longo dos anos esteve relacionado com a falta de formação dos formadores.
O decréscimo de candidatos a sacerdotes "tem muito a ver com a falta de formação dos formadores mas tem (também) a ver com alguma instabilidade de algumas equipas de formadores", afirmou o presidente da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios, D. António Francisco dos Santos.
"Creio que o seminário precisa de ter uma grande capacidade de abertura às comunidades cristãs e capacidade de diálogo (…) com aqueles que na vida concreta das comunidades são o rosto do padre que os jovens desejam e projectam ser", explicou.
O presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios falava aos jornalistas à margem do encontro de formadores que reuniu de 1 a 5 de Setembro todos os seminários portugueses. O encontro anual de formadores dos seminários portugueses decorreu no Centro de Espiritualidade do Trucifal, concelho de Torres Vedras.
"Sabemos que há escassez de ordenações mas vivemos um momento de esperança", salientou ainda o Bispo da Diocese de Aveiro.
"O problema das vocações não é uma questão de marketing, é uma questão de acolhimento serenos discreto e atento do chamamento de Deus e de trabalho consciente no meio das comunidades cristãs", frisou.
O responsável disse também que houve um aumento de candidatos nos últimos anos. No Seminário Maior de Coimbra, que integra as dioceses de Leiria, Coimbra, Aveiro, Portalegre-Castelo Branco serão sete os alunos no primeiro ano de Teologia. Temos o dobro dos seminaristas em Teologia que tínhamos há dois anos (eram cinco, agora existem dez) no Seminário de Coimbra", acrescentou o prelado.
O tempo em que os reitores e prefeitos dos Seminários eram pessoas idosas já passou. "Sente-se uma grande presença de padres jovens nas equipas formadoras", reconheceu D. António Francisco dos Santos. O trabalho destas instituições "é desgastante e exaustivo" e exige "o dinamismo que o tempo de juventude favorece".


Miguel Cotrim/Ecclesia

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