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6 de abril de 2009

“Haverá recompensa e justiça para tanta maldade no mundo?”

– pergunta D. Albino Cleto na Bênção dos Ramos


O Bispo de Coimbra. D. Albino Cleto presidiu no passado domingo à celebração do Domingo de Ramos, na Sé Nova, marcando o início da Semana Santa. A celebração transmitida pela Rádio Renascença contou com a participação de uma centena de fiéis.
D. Albino Cleto benzeu os ramos à entrada da Sé Nova, recordando a entrada de Jesus em Jerusalém, consoante a descrição do Evangelho de S. Mateus (Mt 21, 1-10). Depois seguiu-se uma procissão à volta do Largo da Feira dos Estudantes, até à Sé, onde prosseguiu a celebração litúrgica.
Fazendo alusão às leituras e ao Evangelho, D. Albino Cleto procurou meditar sobre a paixão de Cristo. "Na paixão de Cristo reflecte-se sobretudo o amor de Deus: por nosso amor, Deus mandou à terra o seu Filho; por nosso amor Jesus aceitou a vida humana e sujeitou-se aos caminhos que os seus concidadãos lhe traçaram; por nosso amor e para nos ressuscitar com Ele, morreu e foi sepultado, como o grão de trigo que depois floresce numa espiga gerada. Nós, Igreja, somos essa espiga, nascida da morte e ressurreição de Jesus", salientou o prelado na sua homilia. Para D. Albino, S. Paulo contempla a humilhação do Senhor, "vendo-o a descer numa escada, para vir ter connosco, sempre por amor: Ele, que é Deus, fez-se homem; assumiu a condição de servo". Meditando sobre S. Paulo, D. Albino disse que o autor pretende que "contemplemos a segunda parte do mistério - «Por isso, Deus Pai o levantou, o exaltou, e lhe deu um nome que está acima de todos os nomes: a Ressurreição».
"Nunca meditaremos devidamente a Paixão de Cristo se não virmos nela o amor de Deus que nos quis ressuscitar com Jesus", referiu o prelado.
Para D. Albino, a Paixão do Senhor é um "espelho", reflectindo nela os nossos tempos. "Quanta maldade, quanta mentira, na infidelidade do casamento; quanta riqueza conseguida por maus caminhos, por vezes na humilhação de quem fica desempregado; quantos de vós, queridos doentes e também alguns idosos, deixados na solidão e no esquecimento!", afirmou o prelado. "Haverá recompensa e justiça?", questionou o Bispo de Coimbra. "Sim", respondeu logo de seguida o prelado, apontando a Ressurreição como sinal de esperança.
"Que Deus nos perdoe sermos tantas vezes outros cobardes como Pilatos, manhosamente interesseiros como os chefes dos sacerdotes, volúveis como a multidão", retorquiu.
Por fim, D. Albino Cleto pediu que nesta Páscoa fossemos ao encontro de Cristo, "presente naqueles que sofrem, visitando-os, amparando-os, ao menos estando presentes como a Mãe de Jesus e os poucos que estiveram presentes no Calvário".
Até ao próximo domingo, toda a Igreja irá debruçar-se sobre os mistérios da Paixão. Na Sé Nova, as celebrações serão presididas por D. Albino Cleto. Hoje, Quinta-feira Santa o Bispo de Coimbra preside à Missa Crismal (10,30 horas) e a Ceia do Senhor (18,30 horas). Amanhã, Sexta-feira Santa decorre o ofício de leituras e laudes (9,30 horas). D. Albino preside a Paixão do Senhor (18 horas) e a Via Sacra desde do Seminário até a Sé Nova (21,30 horas). No Sábado Santo será feito novamente o ofício das leituras e laudes (9,30 horas) e depois a vigília pascal presidida por D. Albino Cleto às 22 horas. No Domingo, D. Albino preside à celebração Eucarística do Domingo de Páscoa, às 11 horas.


M.C.

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