Conferências Quaresmais de S. José
"Para Paulo não há diferenças entre homens e mulheres"
- a afirmação é do Padre Carreira das Neves
"Está na hora da Igreja receber mulheres com o sacramento da ordenação". A afirmação é do Padre Joaquim Carreira das Neves, na última sessão das Conferências Quaresmais, realizada no dia 2 de Abril no Salão Polivalente de S. José. O maior especialista em estudos bíblicos em Portugal, reconhece que o assunto é complexo, e a Igreja teria que aceitar em primeiro lugar os padres casados.
Segundo o sacerdote, "a mulher, desde cedo, foi "mal vista" pelos homens numa cultura patriarcal". Por outro lado, "o cristianismo desenvolve-se numa espécie de anti-feminismo por causa do novo Adão e da nova Eva".
Segundo o Padre Carreira das Neves, para S. Paulo, "não existe diferença entre homem e mulher baptizados em Jesus Cristo". "É um facto que cita mais homens do que mulheres e que, nos respectivos intróitos das cartas, apresenta colaboradores imediatos e nunca colaboradoras", explica o conferencista. "Mas sabemos que nas primeiras comunidades constituídas por S. Paulo, muitas vezes, eram mulheres que ficavam responsáveis por essas comunidades", explica. Para o antigo docente da Universidade Católica, S. Paulo foi o apóstolo mais aberto nessa matéria.
O Padre Carreira das Neves vai mais longe e afirma que a "Igreja não deve ter medo de discutir determinados assuntos, se não, corre o risco de se tornar uma seita". Com esta afirmação, o biblista vai em defesa de D. Ilídio que foi envolvido na polémica do preservativo. "Se um homem tem sida, acho muito bem que ele use o preservativo", advertiu. "Não devemos ter tabus".
O Padre Carreira das Neves diz ainda que enquanto tivermos este Papa que é um excelente pensador e teólogo, "não iremos ter mudanças nesse sentido". Agora, "é impossível continuarmos a este ritmo", desabafou. "Os padres em Portugal e na Europa estão sobrecarregados com paróquias e serviços pastorais, deixando de ter tempo para ouvir, escutar e estar com as pessoas. É evidente que a ordenação de homens casados ou de mulheres seria uma boa solução para os problemas da Igreja", concluiu o especialista em estudos bíblicos.
Sobre o tema "Desafios da Evangelização, hoje", o Padre Joaquim Carreira da Neves realçou que o trabalho apostólico de S. Paulo pode perfeitamente servir-nos de exemplo para as nossas comunidades cristãs. "Paulo não quis pregar um Evangelho de tradição à semelhança de Pedro e Barnabé, mas sim um Evangelho de liberdade", explicou o sacerdote. A lei de Paulo reside no Evangelho do Mistério Pascal, «Aí de mim se não evangelizar», exclamou, recordando a célebre afirmação de Paulo.
"Para Paulo, tudo era gratuito, vivia do seu trabalho, não pedia dinheiro pela sua pregação", explica o Padre Carreira das Neves que para além de prezar a sua liberdade, Paulo, tinha o dom da gratuidade. "Não queria que houvesse nenhum obstáculo à sua missão". "Paulo também não pregava pela glória ou por qualquer recompensa, faz disso uma obrigação porque segundo aquilo que ele edizia na Carta aos Coríntios, foi o Ressuscitado que foi ao seu encontro e não ele", explica o especialista nesta matéria.
Paulo procurou evangelizar através da paternidade e maternidade de Deus. Ele sabia que era através de Jesus Cristo que se chegava a Deus.
Ao concluir a sua reflexão, o Padre Carreira das Neves disse que a "cruz de Paulo é um paradoxo". "Nós (cristãos) somos filhos de mártires. "Morreram gratuitamente a pregarem o Evangelho. Não somos filhos de Prémios Nobel. É bom que possamos reflectir sobre essas coisas", disse o conferencista.
Segundo o sacerdote, "a mulher, desde cedo, foi "mal vista" pelos homens numa cultura patriarcal". Por outro lado, "o cristianismo desenvolve-se numa espécie de anti-feminismo por causa do novo Adão e da nova Eva".
Segundo o Padre Carreira das Neves, para S. Paulo, "não existe diferença entre homem e mulher baptizados em Jesus Cristo". "É um facto que cita mais homens do que mulheres e que, nos respectivos intróitos das cartas, apresenta colaboradores imediatos e nunca colaboradoras", explica o conferencista. "Mas sabemos que nas primeiras comunidades constituídas por S. Paulo, muitas vezes, eram mulheres que ficavam responsáveis por essas comunidades", explica. Para o antigo docente da Universidade Católica, S. Paulo foi o apóstolo mais aberto nessa matéria.
O Padre Carreira das Neves vai mais longe e afirma que a "Igreja não deve ter medo de discutir determinados assuntos, se não, corre o risco de se tornar uma seita". Com esta afirmação, o biblista vai em defesa de D. Ilídio que foi envolvido na polémica do preservativo. "Se um homem tem sida, acho muito bem que ele use o preservativo", advertiu. "Não devemos ter tabus".
O Padre Carreira das Neves diz ainda que enquanto tivermos este Papa que é um excelente pensador e teólogo, "não iremos ter mudanças nesse sentido". Agora, "é impossível continuarmos a este ritmo", desabafou. "Os padres em Portugal e na Europa estão sobrecarregados com paróquias e serviços pastorais, deixando de ter tempo para ouvir, escutar e estar com as pessoas. É evidente que a ordenação de homens casados ou de mulheres seria uma boa solução para os problemas da Igreja", concluiu o especialista em estudos bíblicos.
Sobre o tema "Desafios da Evangelização, hoje", o Padre Joaquim Carreira da Neves realçou que o trabalho apostólico de S. Paulo pode perfeitamente servir-nos de exemplo para as nossas comunidades cristãs. "Paulo não quis pregar um Evangelho de tradição à semelhança de Pedro e Barnabé, mas sim um Evangelho de liberdade", explicou o sacerdote. A lei de Paulo reside no Evangelho do Mistério Pascal, «Aí de mim se não evangelizar», exclamou, recordando a célebre afirmação de Paulo.
"Para Paulo, tudo era gratuito, vivia do seu trabalho, não pedia dinheiro pela sua pregação", explica o Padre Carreira das Neves que para além de prezar a sua liberdade, Paulo, tinha o dom da gratuidade. "Não queria que houvesse nenhum obstáculo à sua missão". "Paulo também não pregava pela glória ou por qualquer recompensa, faz disso uma obrigação porque segundo aquilo que ele edizia na Carta aos Coríntios, foi o Ressuscitado que foi ao seu encontro e não ele", explica o especialista nesta matéria.
Paulo procurou evangelizar através da paternidade e maternidade de Deus. Ele sabia que era através de Jesus Cristo que se chegava a Deus.
Ao concluir a sua reflexão, o Padre Carreira das Neves disse que a "cruz de Paulo é um paradoxo". "Nós (cristãos) somos filhos de mártires. "Morreram gratuitamente a pregarem o Evangelho. Não somos filhos de Prémios Nobel. É bom que possamos reflectir sobre essas coisas", disse o conferencista.
Miguel Cotrim
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