Bissaya Barreto homenageado
Por Teresa Martins
Na Casa-Museu Bissaya Barreto (antiga residência do professor), comemoraram-se festivamente os 122 anos do nascimento deste notável cirurgião e político, nascido em Castanheira de Pêra no ano de 1886 e falecido em Lisboa a 16/09/1974. Das comemorações constou uma justíssima homenagem prestada através dos pequeninos, em que uma criança do Colégio que o tem como patrono, muito bem fantasiada de "velhinha contadora de histórias", contava, em verso, aos companheiros, a história da vida e obra do seu patrocinador. Muito interessante e muito oportuno, porque Bissaya Barreto teve um carinho especial por eles e, principalmente, pelos mais desfavorecidos. Coimbra deve-lhe muito. Além de outras Instituições para acompanhamento e benefícios das crianças de tenra idade, foi também ele o fundador do "Ninho dos Pequenitos" (Portugal dos Pequeninos), anexando ao "Ninho", um modelar Parque Infantil, diz-nos a sua honrosa biografia. Bissaya Barreto foi uma figura ímpar, homem de uma visão e empenhamento verdadeiramente extraordinários. Grande impulsionador da assistência aos tuberculosos (flagelo da época) e à sua acção, se ficaram devendo os Sanatórios da Quinta dos Vales (Covões), para homens, e de Celas, para mulheres. Foi também um notável Membro da Assistência Nacional aos Tuberculosos. Em 1972, este ilustre Professor pertenceu ao Conselho de Administração do «Hospital-Colónia Rovisco Pais, tendo sido «galardoado com a Grã-Cruz de Benemerência em 1956, e da Ordem Militar de Cristo em 1963».
Encontrando-me eu a reflectir em tudo isto, e principalmente no grande mérito que é devido a quem tem capacidades e as coloca ao serviço de causas tão nobres, sem olhar a sacrifícios e dando-se sem limites, dei comigo a recordar a parábola dos talentos (Mateus 25, 14)!… «A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade». Mas a parábola diz que, no regresso, o patrão premiou os dois primeiros, porque fizeram duplicar os talentos («muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu Senhor») e condenou o terceiro porque, além de fazer um buraco na terra e lá esconder o dinheiro, para não ter trabalho, ainda se defendeu com desculpas indelicadas («Senhor, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra…). Contrariou o desejo do Senhor, por isso Ele o repreende, castigando-o severamente: «A esse servo inútil lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes…»
Fica claro que a preguiça, o comodismo e o "deixa correr" são condenáveis. Pelo contrário, o dinamismo e o fazer render as capacidades que lhe foram confiadas é atitude louvável e, disso, receberão recompensa valiosa: «Entra no gozo do teu Senhor…»
Pôr a render os dons com que Deus dotou cada criatura é um dever de gratidão!…
Na Casa-Museu Bissaya Barreto (antiga residência do professor), comemoraram-se festivamente os 122 anos do nascimento deste notável cirurgião e político, nascido em Castanheira de Pêra no ano de 1886 e falecido em Lisboa a 16/09/1974. Das comemorações constou uma justíssima homenagem prestada através dos pequeninos, em que uma criança do Colégio que o tem como patrono, muito bem fantasiada de "velhinha contadora de histórias", contava, em verso, aos companheiros, a história da vida e obra do seu patrocinador. Muito interessante e muito oportuno, porque Bissaya Barreto teve um carinho especial por eles e, principalmente, pelos mais desfavorecidos. Coimbra deve-lhe muito. Além de outras Instituições para acompanhamento e benefícios das crianças de tenra idade, foi também ele o fundador do "Ninho dos Pequenitos" (Portugal dos Pequeninos), anexando ao "Ninho", um modelar Parque Infantil, diz-nos a sua honrosa biografia. Bissaya Barreto foi uma figura ímpar, homem de uma visão e empenhamento verdadeiramente extraordinários. Grande impulsionador da assistência aos tuberculosos (flagelo da época) e à sua acção, se ficaram devendo os Sanatórios da Quinta dos Vales (Covões), para homens, e de Celas, para mulheres. Foi também um notável Membro da Assistência Nacional aos Tuberculosos. Em 1972, este ilustre Professor pertenceu ao Conselho de Administração do «Hospital-Colónia Rovisco Pais, tendo sido «galardoado com a Grã-Cruz de Benemerência em 1956, e da Ordem Militar de Cristo em 1963».
Encontrando-me eu a reflectir em tudo isto, e principalmente no grande mérito que é devido a quem tem capacidades e as coloca ao serviço de causas tão nobres, sem olhar a sacrifícios e dando-se sem limites, dei comigo a recordar a parábola dos talentos (Mateus 25, 14)!… «A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade». Mas a parábola diz que, no regresso, o patrão premiou os dois primeiros, porque fizeram duplicar os talentos («muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu Senhor») e condenou o terceiro porque, além de fazer um buraco na terra e lá esconder o dinheiro, para não ter trabalho, ainda se defendeu com desculpas indelicadas («Senhor, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra…). Contrariou o desejo do Senhor, por isso Ele o repreende, castigando-o severamente: «A esse servo inútil lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes…»
Fica claro que a preguiça, o comodismo e o "deixa correr" são condenáveis. Pelo contrário, o dinamismo e o fazer render as capacidades que lhe foram confiadas é atitude louvável e, disso, receberão recompensa valiosa: «Entra no gozo do teu Senhor…»
Pôr a render os dons com que Deus dotou cada criatura é um dever de gratidão!…
1 Comentários:
Caro Miguel, gostei de ler o seu artigo sobre o sr. Prof, Dr. Bissaia Barreto. Na verdade a sociedade deve muito a este homem. Como Castanheirense que sou coneço bem a obra dele, aliás desde pequeno que frequentemente ouvia falar da sua pessoa e sempre tratando-se de boas notícias. Duas coisas tenho a salientar: lamentavelmente tenho duas coisas a referir: a 1ª -no dia seguinte à sua morte e quando da chegada do cortejo fúnebre a Castanheira alguém por maldade lançou foguetes, como que regozijando-se c/ a morte de tão ilustre pessoa. Viviam-se os tempos do prec. Penso que ninguém, mesmo ningém tinha razões de queixa daquela pessoa. A 2ª-o fecho recente da Casa da criança em Castanheira, aquele homem de certeza que não desejava uma coisa dessas, ele amava aquela terra. Estes continuadores da fundação........
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