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24 de setembro de 2008

Chuva lança caos na Baixa


Um violento temporal provocou, no passado domingo, cerca de 40 inundações, em Coimbra. Na igreja de Santa Cruz, na Baixa, a água chegou ao primeiro degrau do altar. Próximo da estação dos caminhos-de-ferro, um carro ficou "preso" nas águas.
A chuva, que caiu com grande intensidade a partir das 15 horas (e se prolongou por cerca de uma hora, acompanhada de forte trovoada), levou a que houvesse mais de uma centena de telefonemas a pedir socorro. Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro de Coimbra, os casos mais graves ocorreram na Baixa, em especial na Praça 8 de Maio. Às 18.30 horas, ainda eram visíveis marcas do temporal em frente à Câmara Municipal de Coimbra (CMC), com várias camadas de lama no chão. Piquetes dos Bombeiros e da empresa municipal Águas de Coimbra procederam todo o dia à limpeza da zona. Na igreja de Santa Cruz, a missa das 18.30 horas foi cancelada.
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra e responsável pelo pelouro da Protecção Civil, Carlos Encarnação, lamentou o sucedido, mas afirmou que a situação não era evitável. "Nestes períodos de maior intensidade, a água cai com demasiada força. E as grelhas, na parte de baixo, não aguentam a quantidade de detritos que estão acumulados", garantiu. O autarca lembra ainda a urgência do desassoreamento do Rio Mondego, uma vez que "a acumulação de areia no rio forma uma espécie de barragem, que prejudica o escoamento das águas".
Nas ruas paralelas à Praça 8 de Maio (na sua maioria compostas por lojas) também se verificaram algumas inundações, com os comerciantes a fazer contas aos estragos. António Abreu, proprietário da Casa Coelho (loja de vestidos na Rua da Louça) ainda não calculou quanto perdeu, mas revela que "o prejuízo é grande, uma vez que as peças são muito caras e são coisas que não são recuperáveis". A água inundou o piso de entrada da loja, um dia depois de a casa ter feito uma passagem de modelos "e os vestidos terem ficado no chão, visto que tínhamos chegado de madrugada", explicou o proprietário. No entanto, o problema foi menos grave do que o que se havia verificado em Outubro de 2006, quando houve também inundações na Baixa.
O director da Protecção Civil Municipal, António Serra Constantino, lembrou que as inundações na Baixa da cidade são já "uma situação recorrente", apesar de algumas melhorias feitas recentemente. "A Águas de Coimbra colocou há pouco tempo um conjunto de sarjetas novas para drenar melhor as águas. Mas naquela altura devia ser tanta água a cair que não deu para evitar esta situação".
Para além da Praça 8 de Maio, verificaram-se inundações na Avenida Gouveia Monteiro (que dá acesso aos Hospitais da Universidade de Coimbra), na Rua Almeida Garrett, entre a Penitenciária e a Praça da República, e na Avenida Fernando Namora, onde saltaram algumas tampas. Próximo da estação de Coimbra-B, um veículo ficou bloqueado e teve de ser rebocado
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Miguel Cotrim

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