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4 de março de 2008

Carapinheira reviveu Procissão de Passos


Cumprindo uma centenária tradição religiosa na vila da Carapinheira, a “Procissão do Senhor dos Passos”, que saiu à rua dia 2, culminou numa significativa manifestação de fé e devoção, reunindo centenas de fiéis que viveram intensamente este acto litúrgico.


A “Procissão dos Passos”, na paróquia da Carapinheira, que se realiza anualmente no IV domingo da Quaresma (Domingo de Laetare), constituiu uma significativa manifestação de fé e devoção, que foi visível durante o espiritual e silencioso cortejo litúrgico, apenas suspenso pelo entoar da Verónica, em latim, “O vós omnes qui transitis per viam atendite, atendite et videte si est dolor sicut dolor meus” (Ó vós todos que passais pela via (caminho) olhai, olhai e vede se há dor igual à minha dor), causando alguma emoção aos mais sensíveis. Esta festa litúrgica, de preparação da celebração da Páscoa, cuja procissão saiu à rua dia 2, culminou numa significativa manifestação de fé e devoção, com séculos de existência, reunindo centenas de fiéis que viveram intensamente este acto litúrgico. Os sermões foram proclamados, com elevação, pelo padre Ilídio Graça, pároco na Unidade Pastoral de Proença-a-Nova (diocese de Portalegre/Castelo Branco), pertencente à Congregação do Preciosíssimo Sangue.
Os pontos altos das cerimónias de domingo residem na Eucaristia e Sermão do Pretório, destacando-se também o Cantar da Verónica e o Sermão do Encontro, numa simbologia do encontro de Cristo com sua Mãe, a caminho do Calvário.
A solene Procissão dos Passos ofereceu a participantes e espectadores, em quadros alegóricos e encenação dramática, a caminhada de Cristo até ao Calvário. Nela seguiram as figuras que “intervieram” no julgamento, condenação e morte de Jesus: soldados, algozes e inimigos; mas também Cireneus e amigos, Madalenas arrependidas e piedosas mulheres. O próprio Jesus, o “Senhor dos Passos”, levando a cruz às costas (a imagem do Senhor dos Passos, apresenta-O com um dos joelhos no chão e a Cruz aos ombros), percorreu as ruas da vila, como outrora percorreu as de Jerusalém, numa autêntica “Via-sacra”. No Sermão do Encontro, algumas lágrimas brotaram, resvalando pelos rostos das pessoas mais sensíveis, exprimindo o mais exímio sentimento de dor, fé e esperança.
Esta manifestação de fé e reconciliação, presidida pelo pároco José Luís Ferreira, acolitado pelos padres António Domingues e Ilídio Graça, terminou na igreja, com o Sermão do Calvário com a representação do Gólgota. Entretanto, na semana anterior, ocorreram diferentes actos litúrgicos, com realce para a “via crucis” realizada pelo Grupo de Jovens, e visita aos doentes da paróquia.

Aldo Aveiro

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