Conferências Quaresmais em S. José
É preciso saber utilizar a linguagem para cativar os jovens
Dois conferencistas: um jesuíta e o outro diocesano, abordaram os diferentes tipos de linguagem que devem ser usados pela Igreja para cativar a juventude.
“Desinteresse e empatia é aquilo que muitos jovens sentem por parte da Igreja”, esta afirmação é do jesuíta, Padre Nuno Tovar, proferida no passado dia 28 de Fevereiro, nas Conferências Quaresmais das paróquias da cidade.
Para o Padre Nuno Tovar, “há um problema de comunicação, onde muita coisa não diz nada aos jovens”. A começar pelo tratamento, os gestos e determinada linguagem que utilizamos na Igreja faz que com muito jovens não se sentem atraídos, disse o jesuíta perante um auditório cheio. “No fundo, todos andamos à procura de Jesus Cristo”, e os jovens sentem a falta de espontaneidade, gostam de se sentirem à vontade e muitas vezes não encontram isso na Igreja, afirmou o conferencista.
O que fazer? Questionou o jesuíta. Não existe uma linguagem exclusiva para falar de Jesus Cristo. Para o padre Nuno Tovar, é essencial uma “simplicidade verbal” na liturgia. “Nós sacerdotes, temos que saber utilizar palavras mais acessíveis, ensinando e traduzindo”, afirmou. Por outro lado, “é necessário uma descodificação das palavras e dos gestos” que utilizamos nas eucaristias. O Padre Nuno Tovar reconhece que há uma grande falta de formação por parte dos nossos leigos e a Igreja tem que fazer algo nesse sentido. Quando não existe formação, o diálogo torna-se muito difícil com quem não acredita. É necessário aprender a linguagem simbólica, como a posição das mãos, etc.
Hoje, há também um pragmatismo em relação à vida. Um jovem quando vai à Igreja, espera encontrar coisas boas para a sua vida, explica este jesuíta. È o fenómeno de uma sociedade de consumo. Outro ponto, que o Padre Nuno Tovar abordou foi a questão dos ambientes das igrejas. As igrejas têm que ser acolhedoras e confortáveis. Mas, “a linguagem da Igreja não é só a linguagem dos padres”, disse o Padre Nuno Tovar. Para este sacerdote, “existe uma excessiva timidez na afirmação da nossa fé”. Por exemplo, em determinados sítios públicos, como restaurantes, não nos benzemos antes das refeições. Há também, um prazer de dizer mal da (nossa) Igreja, não somos capazes de defender aquilo que é nosso.
Para o Padre Nuno Tovar, a Igreja da Europa está a voltar aos princípios do cristianismo. “Temos que apoiar aqueles que vêm à Igreja” e utilizar a “linguagem da bondade” que os jovens tão bem conhecem.
O segundo conferencista, o Padre João Paulo Vaz da Diocese de Coimbra abordou o tema: «Construir Comunidade: Linguagem da fé para os jovens de hoje», numa perspectiva diferente do Padre Nuno Tovar. Este sacerdote que tem utilizado a linguagem da música para evangelizar, foi muito crítico em relação a música usada nas eucaristias. “Muitas vezes, nas eucaristias, debitamos notas musicais e esquecemos a mensagem”, afirmou o Padre cantor. “As letras e músicas dos meus trabalhos são minhas, porque tenho a necessidade de fazer passar determinada mensagem”, realçou João Paulo Vaz na sua conferência.
Para este jovem sacerdote, a “Eucaristia é o maior dom da Igreja, se queremos cuidar dela como fonte de vida, temos que ter cuidado com a linguagem”, nomeadamente o da música.
Outros tipos de linguagem que o Padre João Paulo Vaz usa são o do “olhar” e o do “toque”. “Todo o nosso corpo está envolvido na comunicação”, afirmou este sacerdote, responsável pela Pastoral Juvenil da Diocese de Coimbra. “Usar o olhar como fonte de inspiração, de partilha, de verdade, é uma coisa estrondosa”, realçou. “Temos todos estes instrumentos dentro de nós, não precisamos de ir procura-los fora”.
Dois conferencistas: um jesuíta e o outro diocesano, abordaram os diferentes tipos de linguagem que devem ser usados pela Igreja para cativar a juventude.
“Desinteresse e empatia é aquilo que muitos jovens sentem por parte da Igreja”, esta afirmação é do jesuíta, Padre Nuno Tovar, proferida no passado dia 28 de Fevereiro, nas Conferências Quaresmais das paróquias da cidade.
Para o Padre Nuno Tovar, “há um problema de comunicação, onde muita coisa não diz nada aos jovens”. A começar pelo tratamento, os gestos e determinada linguagem que utilizamos na Igreja faz que com muito jovens não se sentem atraídos, disse o jesuíta perante um auditório cheio. “No fundo, todos andamos à procura de Jesus Cristo”, e os jovens sentem a falta de espontaneidade, gostam de se sentirem à vontade e muitas vezes não encontram isso na Igreja, afirmou o conferencista.
O que fazer? Questionou o jesuíta. Não existe uma linguagem exclusiva para falar de Jesus Cristo. Para o padre Nuno Tovar, é essencial uma “simplicidade verbal” na liturgia. “Nós sacerdotes, temos que saber utilizar palavras mais acessíveis, ensinando e traduzindo”, afirmou. Por outro lado, “é necessário uma descodificação das palavras e dos gestos” que utilizamos nas eucaristias. O Padre Nuno Tovar reconhece que há uma grande falta de formação por parte dos nossos leigos e a Igreja tem que fazer algo nesse sentido. Quando não existe formação, o diálogo torna-se muito difícil com quem não acredita. É necessário aprender a linguagem simbólica, como a posição das mãos, etc.
Hoje, há também um pragmatismo em relação à vida. Um jovem quando vai à Igreja, espera encontrar coisas boas para a sua vida, explica este jesuíta. È o fenómeno de uma sociedade de consumo. Outro ponto, que o Padre Nuno Tovar abordou foi a questão dos ambientes das igrejas. As igrejas têm que ser acolhedoras e confortáveis. Mas, “a linguagem da Igreja não é só a linguagem dos padres”, disse o Padre Nuno Tovar. Para este sacerdote, “existe uma excessiva timidez na afirmação da nossa fé”. Por exemplo, em determinados sítios públicos, como restaurantes, não nos benzemos antes das refeições. Há também, um prazer de dizer mal da (nossa) Igreja, não somos capazes de defender aquilo que é nosso.
Para o Padre Nuno Tovar, a Igreja da Europa está a voltar aos princípios do cristianismo. “Temos que apoiar aqueles que vêm à Igreja” e utilizar a “linguagem da bondade” que os jovens tão bem conhecem.
O segundo conferencista, o Padre João Paulo Vaz da Diocese de Coimbra abordou o tema: «Construir Comunidade: Linguagem da fé para os jovens de hoje», numa perspectiva diferente do Padre Nuno Tovar. Este sacerdote que tem utilizado a linguagem da música para evangelizar, foi muito crítico em relação a música usada nas eucaristias. “Muitas vezes, nas eucaristias, debitamos notas musicais e esquecemos a mensagem”, afirmou o Padre cantor. “As letras e músicas dos meus trabalhos são minhas, porque tenho a necessidade de fazer passar determinada mensagem”, realçou João Paulo Vaz na sua conferência.
Para este jovem sacerdote, a “Eucaristia é o maior dom da Igreja, se queremos cuidar dela como fonte de vida, temos que ter cuidado com a linguagem”, nomeadamente o da música.
Outros tipos de linguagem que o Padre João Paulo Vaz usa são o do “olhar” e o do “toque”. “Todo o nosso corpo está envolvido na comunicação”, afirmou este sacerdote, responsável pela Pastoral Juvenil da Diocese de Coimbra. “Usar o olhar como fonte de inspiração, de partilha, de verdade, é uma coisa estrondosa”, realçou. “Temos todos estes instrumentos dentro de nós, não precisamos de ir procura-los fora”.
Miguel Cotrim
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