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8 de janeiro de 2008

D. Albino Cleto celebra em Miranda do Corvo o Dia Mundial da Paz

Aproveitando a oportunidade da inauguração do Centro Paroquial de Miranda do Corvo, no dia 1 de Janeiro, o Bispo de Coimbra presidiu à Eucaristia da comunidade paroquial, e deu uma particular atenção à celebração do Dia Mundial da Paz. A seguir fez a bênção e inaugurou o novo Centro Paroquial, acto a que assistiu, para além da comunidade cristã, a presidente da Câmara, Dra. Fátima Ramos, vereadores e forças vivas locais. Usaram da palavra, o pároco, Padre Armando Duarte, o seu antecessor, Padre Daniel Mateus, a Dra. Fátima Ramos e, finalizando, o Bispo da Diocese. Na homilia, D. Albino Cleto fez uma ligação aos textos litúrgicos, para sublinhar o dom de Deus, "essa paz que temos no coração, quando nele está o próprio Deus", disse, pondo em destaque o texto da segunda leitura.
Aludindo à mensagem do Santo Padre, referiu que "a paz vem da família", partindo da "família natural até à grande família do mundo, comunidade humana", salientando os inúmeros focos de falta de paz na comunidade humana. Depois, propôs "os caminhos que hão-de levar a esta paz. E a primeira condição, diz o Papa, é tomarmos consciência que somos membros dessa família humana. Cada um assuma que é membro desta grande família humana, irmão de todos os outros". Assim, deu os exemplos do convívio laboral com irmãos do Leste ou de outras raças e nacionalidades. Igualmente sublinhou as notícias que acompanhamos na comunicação social de conflitos noutros países, de povos em guerra, e quando pedimos a paz, na celebração, interrogou o bispo de Coimbra, "será apenas para a nossa família, para a nossa terra"? Mas continuou: "Quantos vezes as guerras que sofrem esses povos não vêm deles, mas de outros que vão lá buscar as suas riquezas e provocam a paz entre eles".
Avançando, exemplificou: "Há dois meses em Roma, no Conselho para a Paz e a Justiça, recebíamos esta triste notícia: os países da Ásia são os que agora mais compram armas modernas para a guerra; e porque querem armas mais modernas, vendem as velhas para África, que as compram, para a guerra entre eles, africanos". E interpelou: "Como havemos nós, os cristãos, assumir isto?" Para concluir: "A família humana precisa de ser educada para a paz. Será que cada um de nós já cumpre o que Cristo diz nas bem-aventuranças? Cada um ainda tem de aprender a ser um filho de Deus para construir a paz, à sua volta, e até mais longe", afirmou.
O Santo Padre diz-nos: "Olha para a tua família de sangue, a casa onde vives, e vê se nela há uma escola de educação para a paz. Ele começa por lembrar que, se esta família de sangue está em crise, não tenhamos ilusão que destruímos a escola de formação para a paz, e cada vez mais haverá guerras, até dentro do País. E o Papa di-lo claramente: "a primeira escola para a paz é a casa onde cresce cada um", recordou.
"Se a família não tem permanência de mãe e de pai, se as crianças de hoje são carenciadas afectivamente, geram o individualismo, e este raramente é construtor da paz. Que cada um de nós estime a família onde come e vive, porque está a preparar o ambiente para a educação de cidadãos de paz".
Chamou depois a atenção para os mais vulneráveis, que podem ser um filho, doentes ou dos idosos. "Aprendemos a estar atentos aos mais pobres e velhos na nossa casa, que podem ser cidadãos da Ásia, da África ou da América Latina", referiu.
Depois convidou a reflectir sobre a casa da grande família humana, que é a Terra, precisamente quando iniciamos o Ano Internacional do Planeta Terra. E lembrou: "Por isso o Papa diz que não haverá paz, se não cuidamos do ambiente, importante para nós, que agora estamos vivos, e para a geração futura". E recorda que o Santo Padre chama a atenção aos países ricos que estragam o ambiente, e os países mais pobres, que não têm possibilidades de se defender, vêm os seus rios e florestas a conhecer a destruição. "Temos de ser mais simples, mais pobres, para que não estraguemos o ambiente, para nós que agora vivemos, e para as gerações que nos hão-de seguir", afirmou.
Por último, o Santo Padre diz que em todas as famílias há regras, da lei moral, e, na medida em que as respeitemos, estamos a pôr o primeiro alicerce da paz. Na medida em que a esquecemos, e que Deus colocou nos dez mandamentos, não haverá paz possível. "Que Nossa Senhora, Rainha da Paz, nos dê a paz que nos trouxe o Príncipe da Paz".



Armando Duarte

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