Beatificação da Irmã Lúcia aguarda autorização de Roma
O Bispo de Coimbra aguarda autorização do Vaticano para abrir o processo de beatificação da Irmã Lúcia, tendo já enviado um dossier para Roma, solicitando a antecipação dos prazos.
“Já fiz o que tem de se fazer” e foi enviado um “dossier com dados para quem de direito onde essa é uma hipótese”, afirmou D. Albino Cleto à Agência Lusa, referindo-se à possibilidade de o processo avançar antes de serem cumpridos os cinco anos após a morte da pessoa que o Direito Canónico impõe para que qualquer beatificação se inicie.
A documentação “relembra um pouco da história da irmã Lúcia, os últimos acontecimentos da vida dela e o modo como ela viveu”, explicou o Bispo de Coimbra.
A última vidente de Fátima faleceu no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, a 13 de Fevereiro de 2005, com 97 anos, e desde então têm chegado informações de várias curas, alegadamente miraculosas, que são atribuídas à prima de Jacinta e Francisco Marto.
Para D. Albino Cleto, a religiosa, que escreveu vários livros que sustentam grande parte da Mensagem de Fátima, tem “todas as condições” para ser elevada a santa.
“Conheço suficientemente bem os méritos e virtudes da Irmã Lúcia porque a acompanhei durante oito anos” e, por outro lado, “sei a devoção que o povo cristão, quer de Coimbra quer ligado a Fátima, lhe tem”. Essa devoção “manifesta-se através de muitos pedidos de graças ao Carmelo, a mim ou ao Santuário” e os próprios primos já foram também beatificados, acrescentou o prelado.
Mais de meia centena de quilos em documentos com relatos de graças já deram entrada só no Santuário de Fátima a pedir a beatificação da religiosa, que só poderá ter o seu processo canónico aberto caso o Vaticano autorize uma cláusula de excepção.
Até ao momento, apenas João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá tiveram um tratamento semelhante pelo Vaticano, mas a campanha para que o processo tenha início teve origem na Itália, logo após a morte de João Paulo II, um devoto particular da mensagem mariana.
A alegada cura de uma menina de quatro anos, que vive na Argentina, por intercessão da Irmã Lúcia é um dos casos mais famosos que têm sido relatados, mas as autoridades eclesiásticas apontam também outros casos como a alegada cura de um português de diabetes e de um cancro de um cidadão italiano.
As fases do processo
A abertura do processo de beatificação não garante o sucesso desta reivindicação dos crentes, até porque existem muitos casos de figuras da história da Igreja que nunca conseguiram provar a sua santidade perante a Congregação para a Causa dos Santos.
Após a declaração de abertura do processo por parte da Diocese onde a pessoa faleceu, será necessário uma declaração de venerabilidade, reconhecendo as suas virtudes heróicas, refere a legislação canónica.Depois, terá de haver uma certificação do milagre que justifica a beatificação por uma comissão médica, constituindo-se em seguida um tribunal eclesiástico, que recolhe testemunhos e compõe um dossier sobre a sua vida.
Posteriormente, o processo será enviado para a Congregação para a Causa dos Santos, que pede novos relatórios e depois remete o caso para o Colégio dos Teólogos.
Só no final, caso todos os passos sejam cumpridos com sucesso, o processo será enviado ao Papa, que terá a responsabilidade de promulgar a beatificação.
“Já fiz o que tem de se fazer” e foi enviado um “dossier com dados para quem de direito onde essa é uma hipótese”, afirmou D. Albino Cleto à Agência Lusa, referindo-se à possibilidade de o processo avançar antes de serem cumpridos os cinco anos após a morte da pessoa que o Direito Canónico impõe para que qualquer beatificação se inicie.
A documentação “relembra um pouco da história da irmã Lúcia, os últimos acontecimentos da vida dela e o modo como ela viveu”, explicou o Bispo de Coimbra.
A última vidente de Fátima faleceu no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, a 13 de Fevereiro de 2005, com 97 anos, e desde então têm chegado informações de várias curas, alegadamente miraculosas, que são atribuídas à prima de Jacinta e Francisco Marto.
Para D. Albino Cleto, a religiosa, que escreveu vários livros que sustentam grande parte da Mensagem de Fátima, tem “todas as condições” para ser elevada a santa.
“Conheço suficientemente bem os méritos e virtudes da Irmã Lúcia porque a acompanhei durante oito anos” e, por outro lado, “sei a devoção que o povo cristão, quer de Coimbra quer ligado a Fátima, lhe tem”. Essa devoção “manifesta-se através de muitos pedidos de graças ao Carmelo, a mim ou ao Santuário” e os próprios primos já foram também beatificados, acrescentou o prelado.
Mais de meia centena de quilos em documentos com relatos de graças já deram entrada só no Santuário de Fátima a pedir a beatificação da religiosa, que só poderá ter o seu processo canónico aberto caso o Vaticano autorize uma cláusula de excepção.
Até ao momento, apenas João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá tiveram um tratamento semelhante pelo Vaticano, mas a campanha para que o processo tenha início teve origem na Itália, logo após a morte de João Paulo II, um devoto particular da mensagem mariana.
A alegada cura de uma menina de quatro anos, que vive na Argentina, por intercessão da Irmã Lúcia é um dos casos mais famosos que têm sido relatados, mas as autoridades eclesiásticas apontam também outros casos como a alegada cura de um português de diabetes e de um cancro de um cidadão italiano.
As fases do processo
A abertura do processo de beatificação não garante o sucesso desta reivindicação dos crentes, até porque existem muitos casos de figuras da história da Igreja que nunca conseguiram provar a sua santidade perante a Congregação para a Causa dos Santos.
Após a declaração de abertura do processo por parte da Diocese onde a pessoa faleceu, será necessário uma declaração de venerabilidade, reconhecendo as suas virtudes heróicas, refere a legislação canónica.Depois, terá de haver uma certificação do milagre que justifica a beatificação por uma comissão médica, constituindo-se em seguida um tribunal eclesiástico, que recolhe testemunhos e compõe um dossier sobre a sua vida.
Posteriormente, o processo será enviado para a Congregação para a Causa dos Santos, que pede novos relatórios e depois remete o caso para o Colégio dos Teólogos.
Só no final, caso todos os passos sejam cumpridos com sucesso, o processo será enviado ao Papa, que terá a responsabilidade de promulgar a beatificação.
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