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11 de outubro de 2007

S. Cristóvão, padroeiro


Procurando nos registos do hagiológio cristão só encontramos o nome de Cristóvão atribuído a um mártir romano durante as perseguições dos primeiros séculos de cristianismo.
Do apontamento do seu martírio nada transparece da personalidade que nos habituamos a admirar e a invocar como patrono dos viandantes e de muitas comunidades de fiéis em todo o mundo cristão. Vem desde a Idade Média o seu culto. Em Coimbra, a freguesia ou paróquia de S. Cristóvão é conhecida desde antes da nacionalidade portuguesa (1119) e estava sedeada numa igreja própria, no lugar onde, no século XIX se construiu o Sousa Bastos. A comunidade paroquial uma vez arruinada a Sua igreja paroquial pediu e obteve autorização do Prelado da Diocese para ocupar a igreja Catedral que se encontrava abandonada há mais de 30 anos em 1818. Assim, duas entidades pobres, a igreja Catedral e a freguesia de S. Cristóvão, uniram-se numa caminhada comum de destinos, mas sem se identificarem de direito e de facto. O povo não desistiu de chamar à igreja, Sé, a academia não a esqueceu em suas festas académicas, a Santa Sé confirmou-a como catedral ao aprovar em 1904 no oficio de liturgia das horas e o D. João Alves falou dela ao Santo Padre João Paulo II a quando da sua visita a Coimbra. A comunidade paroquial de S. Cristóvão honrou-se e honra-se em servir e dignificar a igreja cujas pedras forrou crismadas e são objecto de culto todos os anos na Diocese de Coimbra, a 16 de Novembro. A glória da paróquia de S. Cristóvão é a de assumir-se como serva humilde e pobre da Igreja Mãe da Diocese de Coimbra e S. Cristóvão, na expressão lendária que o encobre, serve de guia nesta honrosa caminhada. S. Cristóvão será apenas uma figura lendária? Poderia ter sido uma parábola evangélica. A lenda que o apresenta mostra nela tais predicados e exemplos que em nada desmerece a doutrina Cristã sobre a pobreza, a fortaleza, a intimidade com Deus e sobretudo a disponibilidade para o serviço dos irmãos viandantes. A caminhada para Deus a pedido do menino misterioso é coroada com a mais bela recompensa, a da entrada na Casa do Pai Comum. O próprio nome Cristóvão é composto de dois elementos que significam "portador de Cristo". Qualquer cristão, com mais ou menos perfeição, sabe e sente que é portador de Cristo e que por isso, não se envergonharia de também ser chamado Cristóvão. Com a colaboração da Junta de Freguesia de Almedina e do grupo etnográfico da região de Coimbra as celebrações de S. Cristóvão incluem um programa que vai servir a todos os habitantes da freguesia e da cidade.
No dia 26, nos Paços do Concelho de Coimbra encerrando uma semana de apresentação da freguesia de Almedina à cidade de Coimbra, inicia-se a apresentação das celebrações de S. Cristóvão. Assim:
Dia 26 – 19H – Apresentação solene da freguesia com referência ao seu padroeiro
Dia 27 – Dia dedicado à distribuição de panfletos e cartões alusivos à lenda e à mensagem de S. Cristóvão
16H – Recepção à Comunidade na Sede da Junta de Freguesia
18H – S. Cristóvão ás crianças, na Igreja da Sé Velha
19H – Missa Vespertina
Dia 28 – 11 H – Missa solene, acompanhada a cânticos pelo grupo etnográfico da região de Coimbra
12 H – Procissão no Largo com a imagem de S. Cristóvão e bênção de carros, porta-chaves e documentos

João Evangelista R. Jorge

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