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19 de junho de 2007

Nem a chuva impediu que o povo comemorasse Santo António


A chuva não fez cancelar as comemorações do santo mais popular do mundo: Santo António. Algumas iniciativas tiveram que ser canceladas como a actuação dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra prevista para o Anfiteatro e a procissão, que este ano, passava pelo IPO e pelo Hospital Pediátrico.


No entanto, o mais importante realizou-se: a celebração eucarística do dia 13 de Junho, presidida pelo Bispo de Coimbra, a palestra de Frei Severino Centomo no mesmo dia e a celebração eucarística do passado domingo com a distribuição dos "pãezinhos".
Para relembrar esse feito, a comissão toponímica atribuiu no passado dias 14 de Junho, o nome do santo a uma artéria que fica situada na rua que parte da Calçada do Gato, para norte, sem saída, atrás do edifício Diaton, surgindo integrada num programa mais alargado de festejos em honra de Santo António, promovido pela paróquia e junta de freguesia.
Coube a Frei Domingues falar sobre Fernando Martins Bulhões, nascido em Lisboa, a 15 de Setembro de 1191, e falecido em Arcella, nos arredores de Pádua, a 13 de Junho de 1231. O franciscano foi canonizado, em 1232, por Gregório IX.
No dia anterior, a paróquia relembrou o santo com a celebração de uma Eucaristia presidida por D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra. Na homilia, o prelado da diocese destacou as virtudes de Santo António no que respeita à solidariedade, à igualdade, à justiça e à fraternidade. D. Albino Cleto destacou que "Santo António tomou como valor: a grande paixão por Jesus Cristo". Ao contrário de muitos pregadores, Santo António apaixonou-se pelo Evangelho, entregando-se totalmente aos outros – daí ter ido para os Olivais onde se encontravam muito pobres na época. "Se ele quisesse ter sido apenas um grande pregador teria escolhido outra cidade europeia", afirmou ainda o Bispo de Coimbra, interpelando os fiéis para os valores da nossa sociedade.
A procissão que estava programada no passado sábado não se pode realizar devido a intempérie que se registou na região. A missa do domingo, também não se realizou nas escadarias como estava prevista, mas sim no interior da igreja que dificultou a participação de muitos fiéis que se deslocam habitualmente nesta altura em peregrinação. No entanto, os franciscanos não deixaram de distribuir o famoso pão de Santo António no fim da missa.
A distribuição dos "pãezinhos" de Santo António é um costume praticado pela Igreja. Diz a tradição que o alimento deve ser guardado dentro de uma lata, um saco de pano ou outro resguardo qualquer, como garantia que não faltará comida durante todo o ano. Há quem diga que pão não mofa, mantendo-se íntegro todo o ano.
Na missa de domingo, Frei Domingos, pároco de Santo António dos Olivais explicou que a distribuição do pão é um gesto simbólico. "Os que aqui estão têm pão em casa", sublinhou, referindo depois que "temos de lembrar-nos que há quem não tenha e precisa de ajuda", razão pela qual Santo António distribuiu o pão pelos pobres.
Depois de benzido, o pão de Santo António foi distribuído fora da igreja. Dois pães por pessoa, separados por antecipação e acondicionados dentro de sacos de papel, foram religiosamente guardados pelos fiéis.


Texto: Miguel Cotrim
Foto: Mário Martins

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