João Barbosa de Melo nas Conferências Quaresmais
"O Estado emite claramente sinais anti família"
Para o professor João Barbosa de Melo, docente na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, ainda que a regressão e desumanização das nossas sociedades enfraqueçam a família, esta é ainda valorizada como célula base do desenvolvimento humano, social e económico. Ainda assim, o Estado continua a emitir "sinais claramente anti-família". Falando na quarta conferência quaresmal de 2007, que aconteceu, mais uma vez, em S. José, este economista trouxe ao debate e à discussão o tema "Políticas Familiares".
Caracterizando as famílias portuguesas dos nossos dias, o conferencista apontou a melhoria de condições económicas, a diminuição crescente do número de elementos nos ambientes familiares e a tendência geral para que ambos os progenitores trabalhem fora de casa, como elementos que definem novas regras e mentalidades, no contexto da sociedade actual. O maior número de uniões não formalizadas e os maiores índices de rupturas e divórcios são outros factores importantes quando se traça um quadro da família actual. No que respeita ao nascimento dos filhos, os números são cada vez mais claros: as mulheres têm menos filhos e mais tarde. O envelhecimento da população, que preocupa a generalidade dos governos europeus, traz problemas sociais, económicos e culturais que não podem, na opinião do especialista, ser ignorados.
Neste contexto, as políticas públicas para a família preconizadas pelo Estado ganham cada vez mais sentido. Para João Barbosa de Melo é importante que estas não sejam "um conjunto de ideias vagas que, ainda por cima, são mal financiadas". Não deve existir uma política para a família, mas antes uma vontade de protegê-la que atravesse os projectos de desenvolvimento económico, de criação de bem-estar social, de desenvolvimento do sistema de saúde, educação, entre outros. E, neste campo, Portugal figura normalmente nos últimos lugares da Europa. Um sistema fiscal que torna "mais racional comprar um computador do que ter um filho", uma política laboral que não permite flexibilidade de horários ou possibilidade de part time para os pais, uma política social que concede abonos de famílias "microscópicos" considerando os custos na educação, por exemplo, políticas culturais que não facilitam o acesso aos bens da cultura por parte de famílias numerosas, políticas de urbanismo que resultam em cidades que não foram pensadas para as crianças são alguns dos factores que colocam à frente do nosso país um longo caminho a percorrer. Para João Barbosa de Melo é importante que sejamos capazes de passar uma imagem e ideia determinadas: é da família que nasce uma sociedade mais justa, mais ética, mais empreendedora.
Para o professor João Barbosa de Melo, docente na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, ainda que a regressão e desumanização das nossas sociedades enfraqueçam a família, esta é ainda valorizada como célula base do desenvolvimento humano, social e económico. Ainda assim, o Estado continua a emitir "sinais claramente anti-família". Falando na quarta conferência quaresmal de 2007, que aconteceu, mais uma vez, em S. José, este economista trouxe ao debate e à discussão o tema "Políticas Familiares".
Caracterizando as famílias portuguesas dos nossos dias, o conferencista apontou a melhoria de condições económicas, a diminuição crescente do número de elementos nos ambientes familiares e a tendência geral para que ambos os progenitores trabalhem fora de casa, como elementos que definem novas regras e mentalidades, no contexto da sociedade actual. O maior número de uniões não formalizadas e os maiores índices de rupturas e divórcios são outros factores importantes quando se traça um quadro da família actual. No que respeita ao nascimento dos filhos, os números são cada vez mais claros: as mulheres têm menos filhos e mais tarde. O envelhecimento da população, que preocupa a generalidade dos governos europeus, traz problemas sociais, económicos e culturais que não podem, na opinião do especialista, ser ignorados.
Neste contexto, as políticas públicas para a família preconizadas pelo Estado ganham cada vez mais sentido. Para João Barbosa de Melo é importante que estas não sejam "um conjunto de ideias vagas que, ainda por cima, são mal financiadas". Não deve existir uma política para a família, mas antes uma vontade de protegê-la que atravesse os projectos de desenvolvimento económico, de criação de bem-estar social, de desenvolvimento do sistema de saúde, educação, entre outros. E, neste campo, Portugal figura normalmente nos últimos lugares da Europa. Um sistema fiscal que torna "mais racional comprar um computador do que ter um filho", uma política laboral que não permite flexibilidade de horários ou possibilidade de part time para os pais, uma política social que concede abonos de famílias "microscópicos" considerando os custos na educação, por exemplo, políticas culturais que não facilitam o acesso aos bens da cultura por parte de famílias numerosas, políticas de urbanismo que resultam em cidades que não foram pensadas para as crianças são alguns dos factores que colocam à frente do nosso país um longo caminho a percorrer. Para João Barbosa de Melo é importante que sejamos capazes de passar uma imagem e ideia determinadas: é da família que nasce uma sociedade mais justa, mais ética, mais empreendedora.
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