Médicos de Coimbra votam “não” ao aborto
Um numeroso grupo de médicos e médicas, entre os quais se encontravam ilustres clínicos de diversas especialidades e docentes universitários como o Prof. Linhares Furtado, Profª Henriqueta Coimbra, Prof. Manuel Antunes, Prof. Vilaça Ramos, Prof. Adelino Marques, Prof. Dinis de Freitas, apresentou no passado sábado, no Hotel D. Luís, o núcleo de Coimbra do movimento SOMOS MÉDICOS POR ISSO NÃO!
Este movimento, o único formado apenas por médicos e estudantes de Medicina, tem âmbito nacional e foi apresentado simultaneamente em várias cidades do país, para participar activamente no esclarecimento dos cidadãos a partir dos dados fornecidos pela ciência. Entendem que o aborto livre não se enquadra no exercício da medicina e lembram que a protecção da vida é o fundamento da prática médica.O movimento, surgido há cerca de uma semana, já congrega mais de quinhentos médicos e estudantes de Medicina e continua a receber apoios.
A Drª Isabel Veiga de Miranda, médica obstetra, leu a declaração de princípios do grupo, do qual destacamos as seguintes afirmações: "Como médicos, temos um compromisso radical e irrenunciável com a vida e a sua defesa: a vida de qualquer ser humano, independentemente da sua condição e idade. Por isso respeitamos a vida intra-uterina. Como médicos, aderimos voluntariamente ao compromisso ético milenar, consignado no Juramento de Hipócrates, que nos ensina a respeitar a vida e a não praticar o aborto."
O Dr. José Miguel Baptista lembrou que a partir do momento da fecundação se forma um genoma humano, único e irrepetível. O Prof. Vilaça Ramos citou, a esse propósito, o cientista e Professor Jerôme Lejeune, grande precursor da citogenética: "se um óvulo fecundado não fosse, por si só, um ser humano nunca poderia tornar-se num, pois nada lhe é acrescentado".
A Drª Isabel Veiga de Miranda, recordando a sua experiência profissional, explicou que foi das primeiras em Coimbra a poder efectuar ecografias endovaginais e a observar batimentos cardíacos num embrião de dois milímetros, quando a grávida tem apenas uma semana de atraso menstrual.
O Prof. Vaz Serra citou vários estudos recentes e explicou que 64% das mulheres que abortam foram coagidas por terceiros, 83% teriam levado a gravidez até ao fim se tivessem recebido apoio, os episódios depressivos graves são duas vezes mais frequentes nas mulheres que abortaram, têm uma taxa de suicídio 6 a 7 vezes mais elevada no ano a seguir ao aborto, 14% apresenta todos os sintomas de um distúrbio de stress pós-traumático. Estes danos psicológicos acontecem mesmo naquelas mulheres sem antecedentes psiquiátricos. Estes estudos comprovam as repercussões negativas que o aborto tem para a saúde psíquica da mulher: as mulheres têm o direito de ser informadas destes riscos, de ser protegidas e de lhes ser oferecidas efectivas soluções alternativas ao aborto.
O movimento promoveu também uma sessão de esclarecimento no Alfândega do Porto e pretende participar activamente em diversos eventos, nomeadamente nos que vão ser promovidos pela Ordem dos Médicos.
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