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29 de outubro de 2008

Emília Cardoso fala dos 75 anos das Cooperadoras da Família

"Queremos dar resposta mais eficaz
aos problemas da família"



O Instituto Secular das Cooperadoras da Família está a comemorar os 75 anos da sua fundação. Em curta entrevista ao "Correio", a coordenadora do Instituto em Coimbra, Emília Cardoso, fala um pouco do caminho percorrido, das dificuldades sentidas na sua acção e das perspectivas de futuro.


Correio de Coimbra (CC) – As Cooperadoras celebram 75 anos da sua fundação. Que balanço se pode fazer, em poucas palavras, deste já longo período de existência?
Emília Cardoso (EC) –
Ao olhar estes 75 anos de vida do Instituto, podemos dizer que o balanço é positivo. Sentimos que o Instituto não ficou parado no tempo, mas, dentro das suas possibilidades e simplicidade, procurou viver em fidelidade dinâmica o carisma que lhe foi confiado. Procurou ajustar a sua acção às necessidades da sociedade e da família. Investiu na formação e na reestruturação dos serviços destinados à família de acordo com as exigências feitas.
CC – Que manifestações ocorreram em Coimbra para celebrar esta data jubilar?
EC –
Procurou-se mobilizar a nível local para a participação nas acções a nível internacional, nomeadamente: A Campanha "Um sorriso para Cabinda"; A peregrinação Internacional a Fátima, onde foram reconhecidas, oficialmente as virtudes heróicas do seu fundador; o Encontro Internacional em Casegas, terra natal do fundador, precedido de uma semana missionária, nesta mesma localidade e a inauguração de um Museu, dedicado a Mons. Joaquim Alves Brás. A nível local, assinalou-se a abertura dos 75 anos com uma vigília de oração, a celebração de uma Eucaristia em contexto paroquial, onde se anunciou o Ano Jubilar; a participação de uma Campanha de oração pelas vocações; em várias Eucaristias foi dado a conhecer o Instituto e ao mesmo tempo foi feito o convite à participação na celebração local dos 75 anos que ocorreu no passado dia 26 de Outubro, com o programa já publicado.
CC – O carisma do Instituto é a promoção da família. Quais as maiores dificuldades que se deparam, neste tempo, para cumprir esse objectivo?
EC –
Na realização do seu carisma nos dias de hoje, o Instituto encontra duas grandes dificuldades: primeira, como ajudar a família hoje, neste contexto em que a mesma sofre contínuos ataques na sua identidade e missão. Segunda, sentimos que somos poucas para dar uma resposta mais qualitativa aos problemas que afectam hoje a família.
CC – Do pequeno grupo inicial, o Instituto cresceu em número e na preparação dos seus membros. Como se tem feito essa caminhada de mudança?
EC –
Essa caminhada foi sendo feita gradualmente. O Instituto foi investindo seriamente na preparação dos seus membros aos vários níveis, o que possibilitou uma maior intervenção. Outro campo onde o Instituto tem investido é na pastoral juvenil/vocacional, criando grupos de jovens e dando a conhecer o seu Carisma junto dos mesmos.
CC – Numa época em que a Igreja sente dificuldades em atrair vocações de consagração religiosa ou secular, qual o panorama em relação ao Instituto Secular das Cooperadoras da Família?
EC –
É verdade que em relação a décadas anteriores, as vocações entram em menor número para o Instituto. Não obstante isto, graças a Deus, nos últimos anos têm entrado sempre novas vocações.
CC – Quais os atractivos que podem levar as jovens raparigas a decidir-se pela consagração no vosso Instituto?
EC –
Os atractivos podem ser vários: Primeiro, o desafio e ousadia de consagrar a sua vida a Deus permanecendo nas condições normais de qualquer leigo, sendo aí fermento a levedar a massa. Segundo: A graça de ter como horizonte de sentido o ideal da evangelização e defesa da família, segundo o que Deus sonhou para ela. Terceiro: A possibilidade de realizar este carisma vivendo a sós, em família ou em grupos de vida fraterna.
CC – Através de que meios e de que acções se tem feito sentir a presença do Instituto em Portugal?
EC –
Realização da própria profissão, olhada como espaço de missão, dando atenção especial à família; Dinamização e coordenação das obras deixadas pelo Fundador e outras criadas posteriormente: A O.S.Z. com actividades formativas e apostólicas: Creches, jardins-de-infância, ATL´s – dando particular atenção às relação com a família; Incentivo, apoio e dinamização do Movimento Por um Lar Cristão, movimento de espiritualidade conjugal e familiar; Cursos de formação familiar; Escolas profissional "ASAS" com as vertentes: animador social e técnico auxiliar de infância; Dinamização do grupo Focos de Esperança; Centros de Aconselhamento Familiar; Inserção em estruturas sociais e eclesiais que atinjam especialmente a família; A existência de diversas publicações direccionadas para a formação e informação da família…
CC – E em Coimbra?
EC –
Pelo exercício profissional; Centro de Aconselhamento Familiar, inserção nas estruturas Diocesanas, cursos de formação familiar, dinamização do MLC – Movimento de espiritualidade familiar. Grupo juvenil "Focos de Esperança" e divulgação da imprensa.
CC – Que desafios se colocam ao Instituto das Cooperadoras neste início do século XXI?
EC –
A Vivência autêntica da secularidade, e a capacidade de dar uma resposta mais qualitativa e eficaz aos problemas da família, tornando criativo, dinâmico e actual o carisma do Instituto de modo a despertar nos jovens o desejo de se darem à família.
CC – Que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores?
EC – Para se viver feliz é preciso viver com sentido e aberto ao que Deus sonha para cada pessoa. Se um jovem se sente chamado por Deus a dedicar toda a sua vida à família e vive este projecto com empenho, verdade e profundidade, é feliz porque encontrou o sentido para a vida, ou seja, um ideal pelo qual vale a pena entregar a vida.

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