Santa Cruz reforça o seu valor patrimonial
Para o responsável da paróquia de Santa Cruz, este regresso do órgão à Igreja significa que não se esqueceu o passado de um mosteiro que marcou a cultura e a liturgia em Coimbra: "os cónegos empenhavam-se para que as celebrações tivessem mais brilho e significado para as pessoas".
Por outro lado, o restauro desta peça – que demorou quatro anos e foi efectuado pela Oficina e Escola de Organaria de Pedro Guimarães e Beate von Rodhen – vem reforçar o valor patrimonial e histórico de uma Igreja que é Panteão Nacional, onde estão sepultados os dois primeiros reis de Portugal, D. Afonso Henriques e D. Sancho I, acrescentou.
O restauro do órgão custou algumas centenas de milhar de euros – assumidos pelo Ministério da Cultura – e a sua manutenção estará, nos próximos cinco anos, a cargo do organeiro. "A partir daí, teremos de organizar os nossos parcos recursos", disse o pároco à margem desta inauguração.
O delegado regional da Cultura, Pedro Pita, sublinhou a devolução do órgão à fruição pública e, particularmente, à paróquia de Santa Cruz. "Foi uma recuperação importante no plano artístico e no plano cultural, a cidade precisa de elementos que a inscrevam em circuitos internacionais. Este órgão pode ser conjugado com outros que foram restaurados e felizmente voltaram a tocar, como é o caso do órgão de Semide", sustentou.
Também Mário Nunes, vereador da Cultura, se congratulou com o que considera ser um "engrandecimento da Igreja e da cultura em Coimbra", de onde saíram ilustres mestres musicais ao longo dos séculos.
Miguel Cotrim
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