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11 de julho de 2008

Rainha Santa Isabel: Construtora da paz e amiga dos pobres


"A Rainha Santa Isabel era rica, muito rica em valores". A afirmação é do Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto na homilia proferida na missa solene da sua efemeridade, no passado dia 4 de Julho na igreja do Convento de Santa Clara-a-Nova.
Os devotos da Rainha Santa homenagearam na passada sexta-feira a padroeira de Coimbra, mensageira da paz e protectora dos pobres. Não faltaram as promessas e as rosas que invadiram o convento logo pela manhã.
O Bispo de Coimbra pediu aos fiéis presentes, as entidades civis e militares, assim como a Confraria da Rainha Santa Isabel, para seguirem o exemplo desta santa, na humildade e simplicidade que sempre a caracterizaram ao logo da sua vida. O prelado da Diocese de Coimbra descreveu-a ainda pelo "seu perfume que emanava do seu coração, pelo seu amor, paciência e bondade para com os outros".
Por seu lado, D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa que presidiu ao Triduo nos dias 1, 2 e 3 de Julho caracterizou a Rainha Santa por
"construtora da paz e amiga dos pobres". O pregador convidado pela Confraria da Rainha Santa deixou forte interpelações para os cristãos que queiram crescer em Igreja neste terceiro milénio. "Que força está a guiar o mundo? Que força guia as nossas vidas? O terceiro milénio será construído por gente que acredita em Deus? Quais são os valores que ajudam a construir o mundo?" foram estas e outras interrogações deixada pelo porta voz da Conferência Episcopal Portuguesa no passa dia 3 de Julho, em Santa Clara.
Para D. Carlos Azevedo, "cancelar a fé em Deus, acaba por tirar património ético e moral das nossas vidas". "Não basta a razão, o bem e o mal são reais. O Homem tem necessidade do transcendente, de acreditar e de confiar em Deus", afirmou.
"Homens e mulheres de Deus como a Rainha Santa são património da humanidade, dos valores, da ética e da moral", sublinhou o prelado ao longo do seu sermão.
D. Carlos Azevedo advertiu que os cristãos irão passar por uma "crise" nos próximos anos. O Bispo não se referia aos problemas económicos e sociais, mas sim a falta de progresso nos valores e na fé. Para D. Carlos Azevedo, os sinais dos tempos são notórios, "a insegurança e a desordem no mundo estão a crescer, apontam-se caminhos sem Deus". "Quanto mais houver políticos parvos que queiram acabar com a religião, mais ela arrebenta", exclamou. Para o orador, o cristianismo está muito "light", pouco exigente e cómodo. Na sua opinião, "faltam pessoas «possuídas» por Deus, um pouco à semelhança de Santa Isabel.
Para D. Carlos Azevedo, "a maioria católica em Portugal não crê, nem deixa de crer. Assim não é possível ser cristão, se não for crente". Por último deixou um aviso aos fiéis presentes: "Os cristãos não poderão resistir aos novos tempos que se avizinham se não estiverem ligados às suas comunidades cristãs".

Miguel Cotrim

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