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14 de março de 2007

Obra de Santa Zita responde aos novos desafios sociais



A obra de Santa Zita celebrou no passado Domingo, dia 11, setenta e cinco anos, ao longo dos quais foi diversificando a sua actividade para dar resposta aos novos desafios sociais. Inicialmente vocacionada para fazer face a problemas de desrespeito pelas jovens mulheres, especialmente as que trabalhavam como empregadas domésticas, a Obra transformou-se numa instituição de solidariedade social, com valências como um Centro de acolhimento temporário para crianças em risco, apoio a idosos ou creches.
A directora da Casa de Santa Zita de Coimbra refere que, mantendo a fidelidade ao espírito fundacional, a Obra "enveredou pela resposta a diferentes necessidades que vão aparecendo, sem descurar o trabalho com as empregadas domésticas". "Se repararmos, a realidade não é assim tão diferente daquela que existia há 75 anos. Continuamos a ouvir os gritos que pedem auxílio, mas de outras pessoas e de outra forma", afirma Emília de Oliveira Cardoso.
A Obra de Santa Zita foi fundada em 1931-1932 por Monsenhor Joaquim Alves Brás, apostando na defesa e promoção das jovens mulheres, procurando elevar o seu nível de formação e preparação em todas as dimensões, para que pudessem ser boas donas de casa, boas esposas, boas mães e algumas boas consagradas. O fundador pretendia atingir a família desprovida de valores. "Salvando a família é todo o mundo que está salvo", dizia.
Emília de Oliveira Cardoso destaca que "trabalhar na prevenção, para remediar atempadamente certos desvios, foi a grande intuição do fundador" "A prevenção pela formação, a grande estratégia que mudou a vida de muitas jovens e que visava atingir as três famílias cruzadas na sua vida: a de origem, aquela onde trabalhava e aquela que viria a constituir", conta, acrescentando que, "formadas e preparadas, as jovens mulheres estavam em condições de assumir a defesa da sua dignidade e a das suas companheiras".
Esta cooperadora da família frisa que, "durante largos anos, a Obra de Santa Zita, dedicou-se incansavelmente a esta jovens", fazendo com que elas se tornassem pessoas "mais conscientes, da sua vocação e da sua missão na sociedade e na Igreja".
Em Coimbra, "a Obra procura acompanhar mulheres vítimas de violência doméstica, mulheres grávidas e desempregadas que precisam de auxílio", realça a sua directora.
Na cidade dos estudantes, a Obra auxilia cerca de duzentas famílias que necessitam de ajuda económica e espiritual. Auxiliam famílias que se encontram nos Hospitais da Universidade de Coimbra através de um programa de contrato de cooperação com os serviços sociais. As Cooperadoras da Família proporcionam ainda cursos de formação como culinária, tapeçaria, música, corte e costura.
Emília Cardoso realça ainda o problema da solidão vivido na sociedade. "Muito que procuram a Obra, procuram essencialmente abrirem o coração e partilharem os dramas vividos" na família, explica.
A Obra de Santa Zita criou outras valências como as creches, os jardins-de-infância e ATL´s, o serviço de apoio a idosos, a Escola Profissional de Agentes de Serviço e Apoio Social (actualmente em Lisboa e no Funchal), o Centro de Acolhimento Temporário para Crianças em Risco (Castelo Branco) e o atendimento às famílias. Em algumas cidades, mas muito poucas, a Obra tem ainda um serviço de acolhimento temporário para jovens estudantes e adultos.
A Obra tem 21 casas em Portugal e aproximadamente duas mil pessoas associadas. A obra é dinamizada pelo Instituto Secular das Cooperadoras das Famílias, criado em 1933, que conta actualmente com 315 leigas consagradas.
Miguel Cotrim (Texto e Foto)

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