Com profunda religiosidade
Carapinheira reviveu Procissão de Passos
A centenária “Procissão do Senhor dos Passos”, que saiu à rua dia 22, culminou numa significativa manifestação de fé e devoção, reunindo centenas de fiéis que viveram intensamente este acto litúrgico.
Através dos séculos, na época quaresmal, os cristãos souberam traduzir, por diferentes formas, os mistérios principais da nossa Fé na Morte e Ressurreição do Senhor. A Procissão dos Passos é uma maneira visível e silenciosa de proclamar o Mistério da Paixão e Morte de Jesus Cristo. A comunidade cristã da Carapinheira, gozando a felicidade de acolher no seu seio algumas das mais antigas manifestações de religiosidade popular, tem por tradição reconstituir os momentos mais marcantes alusivos à morte de Cristo, com a realização de soleníssimas procissões do “Senhor dos Passos”, no fim-de-semana que engloba o Domingo IV da Quaresma. Os pontos altos das cerimónias de domingo residem na Celebração da Eucaristia e Sermão do Pretório, além do Cantar da Verónica, no Sermão do Encontro, numa simbologia do encontro de Cristo com sua Mãe, a caminho do Gólgota e no sermão do Calvário. As cerimónias foram presididas pelos Padres José Luís Ferreira e António Domingues, enquanto os sermões foram proclamados, com elevação, pelo Padre Luís Manuel Bairrada, pároco das comunidades de Bencatel, Pardais e S. Bartolomeu de Vila Viçosa (diocese de Évora), todos da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue.
A solene Procissão dos Passos ofereceu a participantes e espectadores, em quadros alegóricos e encenação dramática, a caminhada de Cristo até ao Calvário. Nela seguiram as figuras que “intervieram” no julgamento, condenação e morte de Jesus: soldados, algozes e inimigos; mas também Cireneus e amigos, Madalenas arrependidas e piedosas mulheres. O próprio Jesus, o “Senhor dos Passos”, levando a cruz às costas (a imagem do Senhor dos Passos, apresenta-O com um dos joelhos no chão e a Cruz aos ombros), percorreu as ruas da vila, como outrora percorreu as de Jerusalém, numa autêntica “Via-sacra”. Representando a caminhada dolorosa de Jesus, desde a sua condenação até à sua Morte, esta “via-sacra” apenas celebra sete “estações”. A primeira estação – Jesus é condenado à morte – ocorre na Igreja, com o Sermão do Pretório; a segunda estação – Jesus toma a cruz aos ombros – é invocada num painel pintado, na Capela de Santo Cristo; a terceira estação – Jesus cai pela primeira vez – é contemplada num painel pintado, em frente à Igreja, próximo da Junta de Freguesia; a quarta estação – Jesus encontra sua Mãe – é celebrada no Largo do Alhastro, com o Sermão do Encontro (os andores com as Imagens de Cristo e Maria Mãe são colocados frente a frente); a quinta estação (a sexta na via-sacra) – Verónica limpa o rosto de Jesus – é evocada num painel pintado, na Capela de Santo Amaro; a sexta estação (oitava na via-sacra) – Jesus exorta as filhas de Jerusalém – é meditada num painel pintado, na Casa Paroquial; a sétima estação (a décima segunda na via-sacra) – Jesus morre na Cruz – é exaltada na Igreja Matriz, com o cenário do Gólgota e o Sermão do Calvário. O Calvário, já armado e encimado com Cristo Crucificado, é composto pelas figuras bíblicas que integraram a procissão. Antigamente era a Imagem do Senhor Morto que presidia ao Calvário.
Nas “sete estações”, a Verónica entoa a oração cantada em latim (“O vos omnes, qui transitis per viam, attendite, et videte si est dolor imilis sicut dolor meus” - Ó vós todos que passais por este caminho, vede se há dor igual à minha dor”), causando alguma emoção aos mais sensíveis.
Na semana anterior, ocorreram diferentes actos litúrgicos e sociais preparatórios deste piedoso acto litúrgico: visitas aos doentes, jornadas de reflexão e via-sacra, reconciliação, celebração da Eucaristia e procissão de velas.
Através dos séculos, na época quaresmal, os cristãos souberam traduzir, por diferentes formas, os mistérios principais da nossa Fé na Morte e Ressurreição do Senhor. A Procissão dos Passos é uma maneira visível e silenciosa de proclamar o Mistério da Paixão e Morte de Jesus Cristo. A comunidade cristã da Carapinheira, gozando a felicidade de acolher no seu seio algumas das mais antigas manifestações de religiosidade popular, tem por tradição reconstituir os momentos mais marcantes alusivos à morte de Cristo, com a realização de soleníssimas procissões do “Senhor dos Passos”, no fim-de-semana que engloba o Domingo IV da Quaresma. Os pontos altos das cerimónias de domingo residem na Celebração da Eucaristia e Sermão do Pretório, além do Cantar da Verónica, no Sermão do Encontro, numa simbologia do encontro de Cristo com sua Mãe, a caminho do Gólgota e no sermão do Calvário. As cerimónias foram presididas pelos Padres José Luís Ferreira e António Domingues, enquanto os sermões foram proclamados, com elevação, pelo Padre Luís Manuel Bairrada, pároco das comunidades de Bencatel, Pardais e S. Bartolomeu de Vila Viçosa (diocese de Évora), todos da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue.
A solene Procissão dos Passos ofereceu a participantes e espectadores, em quadros alegóricos e encenação dramática, a caminhada de Cristo até ao Calvário. Nela seguiram as figuras que “intervieram” no julgamento, condenação e morte de Jesus: soldados, algozes e inimigos; mas também Cireneus e amigos, Madalenas arrependidas e piedosas mulheres. O próprio Jesus, o “Senhor dos Passos”, levando a cruz às costas (a imagem do Senhor dos Passos, apresenta-O com um dos joelhos no chão e a Cruz aos ombros), percorreu as ruas da vila, como outrora percorreu as de Jerusalém, numa autêntica “Via-sacra”. Representando a caminhada dolorosa de Jesus, desde a sua condenação até à sua Morte, esta “via-sacra” apenas celebra sete “estações”. A primeira estação – Jesus é condenado à morte – ocorre na Igreja, com o Sermão do Pretório; a segunda estação – Jesus toma a cruz aos ombros – é invocada num painel pintado, na Capela de Santo Cristo; a terceira estação – Jesus cai pela primeira vez – é contemplada num painel pintado, em frente à Igreja, próximo da Junta de Freguesia; a quarta estação – Jesus encontra sua Mãe – é celebrada no Largo do Alhastro, com o Sermão do Encontro (os andores com as Imagens de Cristo e Maria Mãe são colocados frente a frente); a quinta estação (a sexta na via-sacra) – Verónica limpa o rosto de Jesus – é evocada num painel pintado, na Capela de Santo Amaro; a sexta estação (oitava na via-sacra) – Jesus exorta as filhas de Jerusalém – é meditada num painel pintado, na Casa Paroquial; a sétima estação (a décima segunda na via-sacra) – Jesus morre na Cruz – é exaltada na Igreja Matriz, com o cenário do Gólgota e o Sermão do Calvário. O Calvário, já armado e encimado com Cristo Crucificado, é composto pelas figuras bíblicas que integraram a procissão. Antigamente era a Imagem do Senhor Morto que presidia ao Calvário.
Nas “sete estações”, a Verónica entoa a oração cantada em latim (“O vos omnes, qui transitis per viam, attendite, et videte si est dolor imilis sicut dolor meus” - Ó vós todos que passais por este caminho, vede se há dor igual à minha dor”), causando alguma emoção aos mais sensíveis.
Na semana anterior, ocorreram diferentes actos litúrgicos e sociais preparatórios deste piedoso acto litúrgico: visitas aos doentes, jornadas de reflexão e via-sacra, reconciliação, celebração da Eucaristia e procissão de velas.
Aldo Aveiro
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