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8 de janeiro de 2008

Mosteiro de Semide: Pátio das freiras inaugurado no dia de reis



As obras de requalificação do largo do Mosteiro de Semide, o antigo pátio das freiras, foram inauguradas no Dia de Reis, a 6 de Janeiro.
A requalificação do espaço implicou a substituição do pavimento, com aplicação de calçada, calçadinha e calhau rolado, rebaixamento do piso para antiga quota, recuperação de muros, instalação de mobiliário urbano e iluminação do largo e da fachada do mosteiro.
O projecto foi elaborado pelos serviços regionais da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, enquanto a autarquia de Miranda do Corvo custeou a intervenção.
Estão reunidas "todas as condições" para o início da segunda fase das obras de recuperação do Mosteiro de Santa Maria de Semide, cujo claustro ameaça ruir. Esta é a convicção da presidente da Câmara de Miranda do Corvo, Fátima Ramos, que inaugurou no passado domingo a obra de requalificação do adro do monumento. A "esperança" da autarca baseia-se no facto de ter sido publicada, em Dezembro, uma portaria que define a comparticipação nas obras do Instituto de Emprego e Formação Profissional, problema invocado para a intervenção não ter avançado.
O pároco de Semide, António Pedro dos Santos, garante que se os trabalhos de recuperação e consolidação do claustro quinhentista "não começarem rapidamente, cai tudo". Fátima Ramos tem a mesma opinião e lembra que uma parte do monumento "caiu o ano passado", já depois da Administração Central ter suspendido, em Agosto de 2006, a intervenção. Ainda assim, "está com esperança que será desta". Motivos para protelar as obras "deixaram de existir", em seu entender, com a publicação da referida portaria. "Se está feito o concurso, têm empreiteiros escolhidos, a verba está definida, então avancem!", desafia a autarca. E para dar o exemplo, a Câmara recuperou o adro do Mosteiro, obra que foi inaugurada no passado dia 6 de Janeiro e na qual gastou cerca de 160 mil euros. "Nem lhe competia fazê-lo, mas a Câmara sentia-se mal com a forma degradada em que se encontrava", refere Fátima Ramos, ao acrescentar que esta decisão deve funcionar como alerta para "a urgência" da obra no claustro.
A primeira fase do projecto incluiu a recuperação e consolidação de algumas paredes. "Agora é preciso terminar esse trabalho", conclui a autarca, ao que o pároco da freguesia acrescenta "se não o fizerem é um desperdício de dinheiro. Então recuperou-se uma parte e não se termina o trabalho?", questiona. Desde a conclusão da primeira fase já passaram quase dois anos, segundo a edil. "Não se pode esperar muito mais porque cai o resto", avisa o Padre António Pedro dos Santos.
No Mosteiro de Semide funciona um lar da Cáritas Diocesana de Coimbra, com 65 jovens e o CEARTE que, segundo o seu director, Pinheiro Torres, dá actualmente formação profissional a 160 pessoas.
O Mosteiro de Semide é o único monumento do concelho de Miranda do Corvo classificado como Imóvel de Interesse Público, sendo constituído pela parte conventual, propriedade do Estado, e pela igreja, pertencente à paróquia.
Fundado no século XII (antes de 1154), começou por albergar monges beneditinos, tendo depois passado a receber as descendentes do fundador Martin Anaia.

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