Quatro “pioneiros” da bioética agraciados por Cavaco Silva
Cavaco Silva destacou no passado dia 5 de Novembro o "pioneirismo" de Daniel Serrão, Jorge Biscaia, Walter Osswald e do Padre Luís Archer na área da bioética. Estas personalidades (com excepção do Padre Archer, que já tinha recebido esta Ordem de mérito) foram agraciadas com a Ordem de Sant’Iago, pelo seu mérito científico.
O Presidente da República referiu que "ser pioneiro da Bioética em Portugal significa promover uma cultura científica no espírito da democratização da ciência, a par de uma reflexão acerca dos valores que devem orientar o progresso científico-tecnológico, em prol do bem da humanidade".
Hoje, como ontem, "a Bioética mantém-se fiel ao seu desígnio originário, afirmando que é apenas na intersecção entre a ciência e a ética que o conhecimento progride e que o ser humano se dignifica. Desenganem-se, pois, aqueles que recearam que o surgimento da ética aplicada à vida representasse um entrave ao progresso científico", destacou Cavaco Silva.
O Presidente da República enalteceu "a postura exemplar de humildade intelectual e de espírito humanista" dos homenageados que "reconheceram a necessidade da reflexão ética como factor não apenas de progresso do saber mas de desenvolvimento humano".
A Bioética, assegurou o Presidente da República, confirma-se cada vez mais como um "factor de desenvolvimento, ao acompanhar o progresso biotecnológico, ao ponderar as suas implicações sociais e humanas e ao garantir que os novos saberes e os novos poderes contribuam para a melhoria das condições de vida do Homem".
"Só assim se justifica que a bioética se tenha estendido aos diferentes domínios da vida – nos planos biomédico, animal e ambiental – e que se tenha expandido a todos os continentes, tornando-se global".
Cavaco Silva destacou o trabalho português neste campo, indicando "um relevante corpo de académicos e profissionais, com instituições prestigiadas, com cursos de especialização e linhas de investigação nacionais e internacionais, com inúmeras publicações".
As quatro personalidades homenageadas "tiveram o mérito de não só introduzirem a bioética em Portugal, mas também de a desenvolverem, de estruturarem institucionalmente o seu futuro e de a difundirem na sociedade, para além do círculo restrito dos especialistas".
Cavaco Silva referiu ainda que a Bioética é hoje um "referencial comum de debate na sociedade portuguesa, que passou a interpelar e a envolver todos os cidadãos", convertendo-se numa "ética cívica, numa consciência da nossa pertença à Comunidade e ao Mundo e da interdependência da vida".
Agência Ecclesia
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