“Ad Limina”, um ano depois
- O que mudou?
Em Novembro de 2007, os bispos portugueses realizaram a visita “Ad Limina”. Levaram as realidades diocesanas a Bento XVI e trouxeram directivas do sucessor de Pedro. Passado um ano, a Agência Ecclesia contactou alguns bispos para saber que alterações foram introduzidas nas suas dioceses. No caso de Coimbra, D. Albino Cleto salientou que o Plano Pastoral da Diocese de Coimbra “tem em conta o que Bento XVI nos disse: inter-comunhão entre os arciprestados e integração dos leigos”. E completou: “se o fizermos estamos bem”. Aquando do encontro com Bento XVI, D. Albino Cleto salientou que o Papa mostrou-se “muito interessado” pela Pastoral Universitária da Diocese de Coimbra e “na preparação dos futuros responsáveis de Portugal”. Numa sociedade onde o consumismo ocupa lugar de destaque, esta instituição de ensino “tem um papel muito importante na formação das novas gerações”. A Pastoral Universitária desta diocese tem um novo coordenador, substituindo D. João Lavrador (nomeado bispo auxiliar do Porto), sendo “uma oportunidade para uma nova etapa”, acrescentou.
Há um ano, para lá dos parágrafos mediáticos sobre os “escolhos” da mudança, a chave do discurso do Papa aos bispos portugueses esteve numa frase que aponta o desafio das novas procuras e das novas “peregrinações”, onde se enquadra até o fenómeno de Fátima: “A Igreja não deve falar primeiro de si mesma, mas de Deus”.
Fazendo eco de relatórios confidenciais entregues pelos bispos portugueses, o Papa constatou que os católicos participam pouco na vida comunitária, logo, “é preciso encontrar novas formas de integração”.
Dadas as circunstâncias, o Papa não podia ser mais explícito. Quando pede uma mudança no “estilo de organização da comunidade eclesial” e uma nova “mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II”, Bento XVI pede uma clarificação das funções do clero e dos leigos, “tendo em conta que todos são co-responsáveis”, numa referência ao Concílio que repôs alguma horizontalidade na Igreja.
O texto de Bento XVI avançou os traços gerais de um roteiro, deixando a mudança nas mãos dos bispos. Embora o “primeiro encontro” possa “revestir-se duma pluralidade de formas”, a iniciação cristã, defende o papa, deve passar pela Igreja, por isso, “à vista da crescente maré de cristãos (…), talvez valha a pena” os bispos verificarem a “eficácia dos percursos de iniciação”.
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