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28 de agosto de 2008

JOGOS CHEGARAM AO FIM



Por Teresa Martins

Os Jogos Olímpicos de 2008, realizados em Pequim (Beijing), chegaram ao fim e, felizmente, sem incidentes desagradáveis... Congratulamo-nos com isso, desejando, que sejam recompensados todos os que foram desalojados das suas casas (ou, por outros motivos, prejudicados), para que o sucesso deste grande evento pudesse ter sido perfeito. Se assim for, a China e o mundo estão de parabéns. Os Jogos abriram com pompa espectacular e decorreram num ambiente altamente cordial e de grande profissionalismo. Também no encerramento a China mostrou o seu brio de anfitriã, dando ao mundo uma imagem de gabarito... Portugal (175º país na cerimónia de abertura) viveu momentos de verdadeira euforia, com direito a prata e ouro... Momentos inesquecíveis, que os participantes (vencedores ou não) souberam viver com muita dignidade! São Momentos a recordar pelos vindouros!...
A História da participação portuguesa nos Jogos Olímpicos recorda-nos Francisco Lázaro, que fez parte da «Maratona Olímpica» em Estocolmo, a 15 de Agosto de 1912 e nela perdeu a vida. Disso nos fala, em pormenor, António José Ramos de Oliveira (técnico superior de Biblioteca e Documentação), no semanário «A Guarda», de 15 de Maio do ano corrente. «O atleta vai encontrar-se com a morte ao quilómetro trinta da maratona, em Estocolmo».
Aos 24 anos, com fortíssimo apoio solidário do povo português, e «graças à amizade e esforço pessoal de D. José de Mascarenhas», Francisco Lázaro é escolhido para representar Portugal, sendo o porta-estandarte, uma honra (como hoje, Vanessa Fernandes)! Era dia de imenso calor. «A organização ainda ponderou adiar a prova, mas os regulamentos, rígidos e inflexíveis, não o permitiam.» O atleta tivera problemas de asma, mas considerava-se, na altura, já perfeitamente curado e em boa forma física, daí que ele próprio e o povo português estivessem perfeitamente confiantes. «Aos 25 Km. está muito perto dos primeiros, mas aos 30 cai fulminado "por uma insolação"». Fala-nos o articulista das cerimónias e sentimentos generalizados após a sua morte trágica... «...o barão de Coubertin apresentou pessoalmente as condolências. Gustavo Adolfo, o príncipe herdeiro da Suécia, organizou um grande festival no Estádio Olímpico, reunindo os melhores atletas e cavaleiros dos Jogos e a receita daí resultante foi entregue à filha de Francisco Lázaro quando atingiu a maioridade...»
Estes louváveis artigos de «memórias quase esquecidas» terminam com uma citação do semanário daquela época, e a de hoje não pode deixar de ser lembrada... Tem como título «Um Lázaro que morre e cremos bem que não ressuscita»e diz: «Realizou-se em Stokolmo uma festa de caridade em benefício da família do morto, que rendeu, líquidos, perto de 6 contos de réis (hoje 30 euros!). Do mal o menos, coitado!

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