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3 de abril de 2008

O GUARDIÃO DO SALVADOR


Teresa Martins

João Paulo II, na Exortação Apostólica sobre São José, «Redemptoris Custos», considera o Esposo de Maria como «o guardião do Salvador»!… É uma expressão tão bonita… E faz-me sentir uma enorme alegria pelo facto de pertencer a uma religião que tem como alicerce uma família e o nascimento de uma criança… Uma criança que brinca e cresce como qualquer outra, só que nasce numa manjedoura e morre numa Cruz… Para salvar o mundo! Eu acho que nós, católicos, temos motivos de sobra para nos sentirmos felizes! A Ressurreição!… de Cristo e nossa!… João César das Neves, nas suas maravilhosas «Parábolas sobre Jesus», diz-nos que «o cristianismo vive ou morre pela verdade ou mentira da ressurreição» E que «isto não acontece com mais nenhuma religião.» Também S. Paulo dizia aos coríntios, 1ª carta: «Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou; e, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé e permaneceis ainda nos vossos pecados.» A afirmação de César das Neves veio na sequência de uma comparação de religiões, em que afirmava: «Todas as religiões, ao fazerem evangelização, proclamam um código de ética, afirmam um culto litúrgico, descrevem um sistema cósmico. O cristianismo é completamente diferente, pois ele é a única religião que se baseia exclusivamente num facto: Cristo ressuscitou.» Referindo-se à Bíblia, lembra-nos que só ela (dos livros sagrados) nos conta uma história, a de um povo, no Antigo Testamento, e a de uma Família, de uma Pessoa, no Novo Testamento…
Decorre o mês que é, particularmente, dedicado a São José. Este ano enriquecido porque o calendário reservou um dos seus dias para nós comemorarmos mais festiva e directamente a Ressurreição de Cristo. A Páscoa.
A minha última leitura, «São José», da autoria de Leonardo Boff, deliciou-me com tudo o que me deu a conhecer, em pormenores comoventes, sobre este dedicadíssimo pai, aparentemente, vulgar, marido inteiramente responsável, mensageiro divino e, como diz o autor, Personificação do Pai de toda a humanidade… Foi um gosto e um enriquecimento ler esta obra que, em dado momento, afirma: «Em Jesus de Nazaré, no artesão-carpinteiro, no esposo e no pai de Jesus, o Pai encontrou a pessoa conatural a Ele. Nele decidiu personificar-se.» Na já referida Exortação Apostólica, João Paulo II, ao referir «o clima de silêncio que acompanha tudo o que se refere à figura de José» também nos diz que «os evangelhos falam exclusivamente do que José "fez"; mas eles permitem descobrir nestas "acções" envoltas em silêncio um clima de profunda contemplação. José estava em contacto com o mistério "escondido há séculos"!»
José foi «a figura silenciosa do Novo Testamento»!… Porque tudo os anjos lhe revelavam em sonhos… Mas, como diz Leonardo Boff, o grande teólogo, Jhon Sanford, diz-nos que «os sonhos são a linguagem esquecida de Deus…»

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