Processo de beatificação da Irmã Lúcia recebe “luz verde” do Vaticano
Bento XVI decidiu reduzir os cinco anos necessários após a morte para início do processo de beatificação da Irmã Lúcia, o que só tinha acontecido com Madre Teresa de Calcutá e João Paulo II. O anúncio foi recebido com grande alegria pelo Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto e pelas carmelitas do Convento de Santa Teresa, onde viveu a última vidente de Fátima. Os fiéis presentes aplaudiram esta iniciativa pelo Vaticano.
O Cardeal Saraiva Martins foi o portador desta boa notícia após a celebração eucarística, a que presidiu, no terceiro aniversário da morte da vidente, no Carmelo de Santa Teresa, no dia 13 de Fevereiro.
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos revelou, aos jornalistas, no final da Eucaristia que o Papa, “tendo em conta os numerosos pedidos, vindos de todo o mundo, dignou-se benevolamente a conceder a dispensa de dois anos que foi pedida por D. Albino Mamede Cleto, Bispo de Coimbra, permitindo assim que a causa de beatificação e canonização da Irmã Lúcia, depositária das aparições de Fátima, possa começar o quanto antes”.
O cardeal português considerou uma “grande honra” anunciar este facto “deveras importante, relativo ao processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia dos Santos, Carmelita, conhecida em todo o mundo por ser a mais velha dos Videntes de Fátima”.
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos trouxe consigo o decreto deste Dicastério que permite ao Bispo de Coimbra dar início ao processo “de imediato”. O documento, com data de 3 de Fevereiro, revela que a decisão foi tomada após uma audiência particular com o Cardeal Saraiva Martins, no dia 17 de Dezembro de 2007.
As normas canónicas actualmente em vigor exigem um período de espera de cinco anos após a morte, que fica assim reduzido em dois anos, para o caso da Irmã Lúcia. Uma situação semelhante apenas aconteceu com os processos de Madre Teresa de Calcutá e do Papa João Paulo II.
Aos bispos diocesanos compete o direito de investigar acerca da vida, virtudes ou martírio e fama de santidade ou de martírio, milagres aduzidos, e ainda, se for o caso, do culto antigo do Servo de Deus, cuja canonização se pede. Toda a documentação é depois enviada para a Santa Sé. Se o processo for considerado positivo, o “servo de Deus” é proclamado “venerável”.
A segunda etapa do processo consiste no exame dos milagres atribuídos à intercessão do “venerável”. Se um destes milagres é considerado autêntico, o “venerável” é considerado “beato”. Quando após a beatificação se verifica um outro milagre devidamente reconhecido, então o beato é proclamado “santo”.
Cardeal Saraiva Martins: A Irmã Lúcia era “uma Santa”
Em conversa particular com os jornalistas no Carmelo, D. José Saraiva Martins repetiu a sua convicção pessoal de que a Irmã Lúcia era “uma Santa”, referindo que o parecer que transmitiu ao Papa sobre o pedido de dispensa foi “totalmente favorável”.
“Não se chega a esta decisão de um dia para o outro”, assegura, frisando que há “confiança” de que este processo chegará a bom termo rapidamente. “Este dia ficará escrito com letras de ouro nos anais da Igreja”, apontou.
Quanto ao milagre necessário para o bom andamento da Causa, o Cardeal português admite que “ainda não chegou a Roma nenhum caso”, mas mostrou-se convencido de que o mesmo acontecerá, porque estamos na presença “de alguém que vivia no mundo de Deus, no mundo da santidade”.
Lúcia foi protagonista de Fátima
Na celebração do Carmelo de Fátima, completamente lotado, o Cardeal Saraiva Martins começou por afirmar que a Irmã Lúcia foi a “grande protagonista dos acontecimentos da Cova da Iria”.
Posteriormente, na sua homilia, este responsável frisou que, nesta “ocasião muito significativa”, é importante “levantar o nosso olhar para o Céu” e combater a “amnésia da eternidade” que afecta a sociedade do nosso tempo.
O Cardeal português associou o convite à oração e à penitência feitos em Fátima à celebração do tempo quaresmal, que se vive agora na Igreja, contra a “mobilidade e o consumismo” e a “perda dos valores absolutos”.
Diocese de Coimbra em festa
D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra, manifestando-se feliz com esta novidade, revelou à comunicação social que o “primeiro passo” ultrapassou as suas expectativas, dado que além da dispensa, o Cardeal Saraiva Martins trouxe consigo o decreto de abertura do processo.
Agora, o prelado tem em mãos decisões processuais, como a “escolha do postulador”, sempre em consonância com as Irmãs do Carmelo.
Para D. Albino este dia “ficará para sempre” e consagra a relação de Lúcia com a cidade de Coimbra, convidando os conimbricenses a “acompanharem os passos através dos quais vamos pedir a Deus a bênção para este caminho”.
O Cardeal Saraiva Martins foi o portador desta boa notícia após a celebração eucarística, a que presidiu, no terceiro aniversário da morte da vidente, no Carmelo de Santa Teresa, no dia 13 de Fevereiro.
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos revelou, aos jornalistas, no final da Eucaristia que o Papa, “tendo em conta os numerosos pedidos, vindos de todo o mundo, dignou-se benevolamente a conceder a dispensa de dois anos que foi pedida por D. Albino Mamede Cleto, Bispo de Coimbra, permitindo assim que a causa de beatificação e canonização da Irmã Lúcia, depositária das aparições de Fátima, possa começar o quanto antes”.
O cardeal português considerou uma “grande honra” anunciar este facto “deveras importante, relativo ao processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia dos Santos, Carmelita, conhecida em todo o mundo por ser a mais velha dos Videntes de Fátima”.
O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos trouxe consigo o decreto deste Dicastério que permite ao Bispo de Coimbra dar início ao processo “de imediato”. O documento, com data de 3 de Fevereiro, revela que a decisão foi tomada após uma audiência particular com o Cardeal Saraiva Martins, no dia 17 de Dezembro de 2007.
As normas canónicas actualmente em vigor exigem um período de espera de cinco anos após a morte, que fica assim reduzido em dois anos, para o caso da Irmã Lúcia. Uma situação semelhante apenas aconteceu com os processos de Madre Teresa de Calcutá e do Papa João Paulo II.
Aos bispos diocesanos compete o direito de investigar acerca da vida, virtudes ou martírio e fama de santidade ou de martírio, milagres aduzidos, e ainda, se for o caso, do culto antigo do Servo de Deus, cuja canonização se pede. Toda a documentação é depois enviada para a Santa Sé. Se o processo for considerado positivo, o “servo de Deus” é proclamado “venerável”.
A segunda etapa do processo consiste no exame dos milagres atribuídos à intercessão do “venerável”. Se um destes milagres é considerado autêntico, o “venerável” é considerado “beato”. Quando após a beatificação se verifica um outro milagre devidamente reconhecido, então o beato é proclamado “santo”.
Cardeal Saraiva Martins: A Irmã Lúcia era “uma Santa”
Em conversa particular com os jornalistas no Carmelo, D. José Saraiva Martins repetiu a sua convicção pessoal de que a Irmã Lúcia era “uma Santa”, referindo que o parecer que transmitiu ao Papa sobre o pedido de dispensa foi “totalmente favorável”.
“Não se chega a esta decisão de um dia para o outro”, assegura, frisando que há “confiança” de que este processo chegará a bom termo rapidamente. “Este dia ficará escrito com letras de ouro nos anais da Igreja”, apontou.
Quanto ao milagre necessário para o bom andamento da Causa, o Cardeal português admite que “ainda não chegou a Roma nenhum caso”, mas mostrou-se convencido de que o mesmo acontecerá, porque estamos na presença “de alguém que vivia no mundo de Deus, no mundo da santidade”.
Lúcia foi protagonista de Fátima
Na celebração do Carmelo de Fátima, completamente lotado, o Cardeal Saraiva Martins começou por afirmar que a Irmã Lúcia foi a “grande protagonista dos acontecimentos da Cova da Iria”.
Posteriormente, na sua homilia, este responsável frisou que, nesta “ocasião muito significativa”, é importante “levantar o nosso olhar para o Céu” e combater a “amnésia da eternidade” que afecta a sociedade do nosso tempo.
O Cardeal português associou o convite à oração e à penitência feitos em Fátima à celebração do tempo quaresmal, que se vive agora na Igreja, contra a “mobilidade e o consumismo” e a “perda dos valores absolutos”.
Diocese de Coimbra em festa
D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra, manifestando-se feliz com esta novidade, revelou à comunicação social que o “primeiro passo” ultrapassou as suas expectativas, dado que além da dispensa, o Cardeal Saraiva Martins trouxe consigo o decreto de abertura do processo.
Agora, o prelado tem em mãos decisões processuais, como a “escolha do postulador”, sempre em consonância com as Irmãs do Carmelo.
Para D. Albino este dia “ficará para sempre” e consagra a relação de Lúcia com a cidade de Coimbra, convidando os conimbricenses a “acompanharem os passos através dos quais vamos pedir a Deus a bênção para este caminho”.
Miguel Cotrim
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