Soure: Pais em luto partilham dor comum
A igreja matriz de Soure encheu no passado domingo à tarde para a celebração do Dia Mundial do Filhos que já partiram, iniciativa promovida anualmente pela Associação “A Nossa Âncora”.
Centenas de pessoas, de todo o país, deslocaram-se à vila de Soure, todas elas com um mesmo propósito: prestar uma homenagem aos filhos que viram partir. Foram familiares e amigos e foram, acima de tudo, mães em luto que, por muito anos que passem após a morte de um filho continuam a ter de lidar com a dor e com o sentimento de perda e vazio que se criou nas suas vidas.
“Foi (a perda do filho) a pior coisa que me aconteceu”, disse Gracinda Temido, que do domingo passado participou na Eucaristia em homenagem aos filhos que já partiram. Esta mãe do concelho de Soure viu morrer o filho há quatro anos na sequência de um acidente com um tractor. Na mesma altura, com diferença de poucos meses, outras duas mães do concelho de Soure passaram pela mesma situação. Uma delas, Lurdes Mendanha, perdeu o filho num acidente de parapente quando este tinha 22 anos. Na altura sentiu-se “numa ilha” e com necessidade de “procurar outras ilhas sozinhas para partilhar a dor”. “As outras pessoas como companhia não satisfazem. Temos de encontrar pessoas que pensem e sintam o mesmo que nós”, contou Lurdes Mendanha.
E o que sentem estas mulheres que fazem parte da Associação “A Nossa Âncora” é uma absoluta necessidade em “falar dos filhos”, “falar com alguém que nos entenda e que esteja a viver o mesmo que nós», confessou Gracinda Temido. É na associação, que tem 14 grupos de entreajuda em vários pontos do país, que «encontramos a força”. “São eles (os vários elementos) que nos ouvem e nós ouvimo-los a eles e assim vamos caminhando”, disse Gracinda Temido, lembrando que é com esta ajuda do “falar e ouvir” prestada na associação que “conseguimos levar a nossa vida para a frente que, a partir daquele momento (da morte), deixa de fazer sentido”. Lurdes Mendanha considera mesmo que a associação tem sido a sua «âncora» até hoje e que, se um dia não a tivesse encontrado na Internet, seria “uma pessoa diferente para sempre”. Estes são apenas dois dos muitos que procuram ajuda na associação. No domingo, centenas deles participaram na eucaristia promovida em Soure pela “Nova Âncora”.
Foram mães, pais, familiares e amigos que, com absoluto sentimento de pesar, encheram o templo de Soure para participar na missa que contou com momentos de particular significado, a começar pela deposição de uma vela por cada participante no altar, passando pela coreografia de três bailarinas em três momentos diferentes da missa e pelas leitura levadas a cabo por mães de Soure. Foi um momento que se repete em cada segundo domingo do mês de Dezembro, em que se assinala o Dia Mundial dos Filhos que já partiram.
Centenas de pessoas, de todo o país, deslocaram-se à vila de Soure, todas elas com um mesmo propósito: prestar uma homenagem aos filhos que viram partir. Foram familiares e amigos e foram, acima de tudo, mães em luto que, por muito anos que passem após a morte de um filho continuam a ter de lidar com a dor e com o sentimento de perda e vazio que se criou nas suas vidas.
“Foi (a perda do filho) a pior coisa que me aconteceu”, disse Gracinda Temido, que do domingo passado participou na Eucaristia em homenagem aos filhos que já partiram. Esta mãe do concelho de Soure viu morrer o filho há quatro anos na sequência de um acidente com um tractor. Na mesma altura, com diferença de poucos meses, outras duas mães do concelho de Soure passaram pela mesma situação. Uma delas, Lurdes Mendanha, perdeu o filho num acidente de parapente quando este tinha 22 anos. Na altura sentiu-se “numa ilha” e com necessidade de “procurar outras ilhas sozinhas para partilhar a dor”. “As outras pessoas como companhia não satisfazem. Temos de encontrar pessoas que pensem e sintam o mesmo que nós”, contou Lurdes Mendanha.
E o que sentem estas mulheres que fazem parte da Associação “A Nossa Âncora” é uma absoluta necessidade em “falar dos filhos”, “falar com alguém que nos entenda e que esteja a viver o mesmo que nós», confessou Gracinda Temido. É na associação, que tem 14 grupos de entreajuda em vários pontos do país, que «encontramos a força”. “São eles (os vários elementos) que nos ouvem e nós ouvimo-los a eles e assim vamos caminhando”, disse Gracinda Temido, lembrando que é com esta ajuda do “falar e ouvir” prestada na associação que “conseguimos levar a nossa vida para a frente que, a partir daquele momento (da morte), deixa de fazer sentido”. Lurdes Mendanha considera mesmo que a associação tem sido a sua «âncora» até hoje e que, se um dia não a tivesse encontrado na Internet, seria “uma pessoa diferente para sempre”. Estes são apenas dois dos muitos que procuram ajuda na associação. No domingo, centenas deles participaram na eucaristia promovida em Soure pela “Nova Âncora”.
Foram mães, pais, familiares e amigos que, com absoluto sentimento de pesar, encheram o templo de Soure para participar na missa que contou com momentos de particular significado, a começar pela deposição de uma vela por cada participante no altar, passando pela coreografia de três bailarinas em três momentos diferentes da missa e pelas leitura levadas a cabo por mães de Soure. Foi um momento que se repete em cada segundo domingo do mês de Dezembro, em que se assinala o Dia Mundial dos Filhos que já partiram.
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