Exposição em Coimbra: Duas santas com as mesmas virtudes
O Mosteiro de Santa Clara está a acolher a mostra "A coroa, o pão e a rosas", uma exposição dedicada à (princesa) Santa Isabel da Hungria, tia-avó da Rainha Santa de Coimbra.
"A coroa, o pão e a rosas", a exposição dedicada a Santa Isabel da Hungria – tia-avó da Rainha Santa –, oferece ao visitante um conhecimento mais profundo de ambas personalidades, "ligadas por laços de parentesco tão próximos, de vidas tão paralelas e de conceitos de vida tão semelhantes".
"Quisemos fazer desta exposição uma evocação de Santa Isabel da Hungria, mas tendo como parte integrante a presença dela em Portugal e muito particularmente em Coimbra, através da sua sobrinha-neta", referiu, no passado sábado, aquando da inauguração da iniciativa, Aníbal Pinto Castro, presidente da Confraria da Rainha Santa Isabel.
A mostra está inserida no VIII centenário do nascimento da Santa Isabel, princesa da Hungria e irmã devota da Ordem Terceira Franciscana, celebração à qual a Confraria quis associar-se, juntamente com a Universidade de Coimbra.
"Inserida na própria religiosidade cristã, importa nesta efeméride dar a conhecer a personagem de Santa Isabel da Hungria, a seu modo responsável pelo desenvolvimento de um modus vivendi, especialmente direccionado ao auxílio dos mais desfavorecidos a partir da cidade de Marburgo, na Alemanha (onde passou grande parte da vida e tem origem a devoção pela santidade), num modus operandi assumidamente prosseguido pela Rainha Santa Isabel de Portugal ao longo da vida mais prolongada que teve entre a população", pode ler-se no catálogo da exposição.
Dos inúmeros milagres comuns atribuídos a Santa Isabel da Hungria e à Rainha Santa, o mais célebre é o prodígio das rosas. Da primeira conta-se que, certa vez, quando levava algumas provisões para os pobres no seu manto, encontrou-se com seu marido, que voltava da caça.
Espantado por vê-la curvada ao peso de sua carga, ele abriu o manto que ela apertava contra o corpo e nada mais achou do que rosas vermelhas e brancas, embora não fosse época de flores.
Refira-se que o culto a Santa Isabel da Hungria, por iniciativa da sua sobrinha-neta, Santa Isabel de Portugal, alcançou grande notoriedade neste extremo Ocidental da Europa e, em particular, na cidade de Coimbra.
"Estas correntes de devoção foram de grande importância na Idade Média. Ao assumirmos esta iniciativa, estamos a contribuir para fazer valer, na actualidade, essa dimensão espiritual de unidade da Europa", lembrou Aníbal Pinto Castro.
Na inauguração da mostra não faltaram o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, o governador civil de Coimbra, Henrique Fernandes, o vereador da Cultura, Mário Nunes, entre muitas outras personalidades."A coroa, o pão e a rosas" contou com a colaboração da comissão oficial Alemã Elisabethjahr – de onde, aliás, partiu o convite à Confraria da Rainha Santa Isabel para realizar esta exposição. A concepção e execução da mostra esteve a cargo de Milton Dias Pacheco.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial