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23 de outubro de 2007

Cónego Póvoa dos Reis nasceu há 100 anos



Completou-se, no passado 20 de Outubro, um século sobre a data de nascimento, em Eirol (Aveiro), do Cónego Manuel Póvoa dos Reis, sacerdote apostólico, cientista renomado e pedagogo de mão cheia.
Nascido em 1907, Póvoa dos Reis cursou a escola da sua terra e o Liceu de Aveiro, ingressando, já homem feito, no Seminário de Coimbra, em Outubro de 1930, sendo ordenado sacerdote em 1936.
Destinado logo ao trabalho educativo junto dos jovens seminaristas, nunca deixou, ao longo de 55 anos de sacerdócio, de estar ao serviço dos jovens, nomeadamente no Instituto que criou para esse fim, na sua terra natal (o IDESO), por onde passaram, nas férias grandes, centenas de rapazes que ali contactaram com a natureza, com a ciência e com a dimensão espiritual.
Póvoa dos Reis foi professor de educação moral e religiosa no Liceu D. João III (agora José Falcão) e na Escola de Enfermagem Ângelo da Fonseca, de ciências (física, botânica, mineralogia, etc.) no Seminário de Coimbra; e assistente extraordinário para a Investigação no Instituto Botânico de Coimbra. Os trabalhos do Cónego Póvoa, sobretudo no domínio das algas, foram publicadas em revistas da especialidade de diversos países, tendo participado, com comunicações originais, em diversos congressos, nomeadamente no Canadá.
Levado pela admiração e pela amizade, em 2001, D. Manuel de Almeida Trindade publicou um ensaio biográfico deste Padre que, ao longo de várias dezenas de anos, foi um ponto de referência para o clero da Diocese, para os professores do Seminário e para centenas e centenas de jovens que dele receberam o testemunho inquebrantável de uma fé que questiona a ciência e da ciência faz ponto de partida para uma admiração sempre renovada em Deus que continua a criar todas as coisas.
Por tudo isto, e muito, muito mais, fazer memória deste homem, deste cientista e deste padre, agora que se cumprem cem anos sobre o seu nascimento, não é apenas uma questão de elementar justiça, mas um preito sentido de gratidão. E de comunhão sacerdotal, também!


A. Jesus Ramos

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