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6 de julho de 2007

“Do cadeiral de Santa Cruz”


Lançada uma nova edição
desta obra de Mons. Nunes Pereira

Foi no passado dia 4 de Julho apresentado publicamente, na igreja de Santa Cruz, a reedição da obra de monsenhor Nunes Pereira, "Do Cadeiral de Santa Cruz". A sessão foi presidida pelo Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto. A obra foi apresentada pelo historiador Marco Daniel Duarte. A reedição desta obra é da responsabilidade da Câmara Municipal de Coimbra e esta iniciativa integrou-se nas comemorações do Centenário do Nascimento de Monsenhor Nunes Pereira.
Numa nota de abertura, o actual prior de Santa Cruz, Padre Anselmo Tamos Gaspar, escereve que com esta reimpressão do texto acompanhado das respectivas gravuras, divulga-se, em duplo sentido, o nosso património cultural. Porque, se o Cadeiral dos cónegos regrantes é uma maravilha escultural em madeira do nosso séc. XVI, os desenhos à pena, de cada um dos motivos esculpidos, são o repositório das sensibilidade artística de A. Nunes Pereira, que se notabilizou igualmente nos campos da pintura, do vitral e sobretudo da xilogravura.
O Cadeiral de Santa Cruz, que hoje se pode visitar no coro alto da igreja, esteve implantado na capela-mor até 1531, data em que foi mudado para o lugar onde agora se encontra, e então acrescentado de catorze cadeiras. Da parte mais antiga é autor o escultor Machim, que terminou a sua obra em 1513, e do acrescento o francês Francisco Lorete, que ali trabalhou na década de trinta, do século XVI, sendo possível distinguir, até pelos motivos representados, o que pertence a cada um dos artistas.
Cumprindo a finalidade para que fora construído, até à extinção das ordens religiosas, em 1834, o Cadeiral é hoje uma bela peça museológica, visitada e apreciada por milhares de pessoas, a par de outras obras de arte ainda conservadas, e que são testemunho da grandeza passada do mais célebre mosteiro dos crúzios em Portugal.
De 1977 a 1981, Mons. Nunes Pereira, então pároco da vizinha freguesia de S. Bartolomeu, deu-se ao labor de estudar cada um dos motivos esculpidos por Machim e por Lorete, desenhando à pena, minuciosamente, cada um deles. Para que o seu trabalho não servisse apenas para deleite pessoal, resolveu, a partir de Outubro de 1978, publicar os seus desenhos, com a respectiva explicação iconográfica, no "Correio de Coimbra", semanário diocesano de que fora chefe de redacção durante um quarto de século. Muitos dos leitores, alguns deles com conhecimento da matéria, sugeriram ao padre-artista que reunisse em volume, a série dos apreciados artigos que, regularmente, iam saindo a público. Com o apoio da paróquia de Santa Cruz, a obra foi publicitada em 1984, vindo a lume agora esta nova edição, que nada vai desmerecer da primeira e que vai em 1984, vindo a lume agora esta nova edição, que nada vai desmerecer da primeira e que vai continuar a ser um bom meio de estudo e de divulgação, quer do património deste antigo mosteiro de Cónegos Regrantes, quer da obra do grande artista conimbricense que foi o Padre Nunes Pereira.

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