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10 de março de 2009

Tentúgal: Confraria promove jornada cultural


A Torre do Relógio de Tentúgal, Imóvel de Interesse Público, motiva uma conferência subordinada ao conceito “Tempo”.


“O Relógio, a máquina que divide o tempo” é o tema de uma conferência promovida pela Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal, movimento dinamizador da vida cultural e social do concelho de Montemor-o-Velho, em parceria com a Junta de Freguesia. A palestra, a proferir por José Mota Tavares, dia 14, está inserida no evento subordinado ao conceito do “Tempo”, que visa também dar a conhecer a história da Torre do Relógio de Tentúgal.
“Sendo a Torre do Relógio um dos monumentos mais emblemáticos desta vila do Mondego, a chancelaria considerou importante valorizar e divulgar esta imagem patrimonial de Tentúgal através da deambulação e exploração do conceito do tempo”, disse ao Correio de Coimbra, Olga Cavaleiro, Grã - mestre da Confraria, explicando que “o evento conta com uma exposição de diversos mecanismos de contagem do tempo, desde os relógios de torre, os de capela e para os mais pequenos os de cuco, entre outros”. “A exposição pretende afirmar-se não pela quantidade, mas pela qualidade e diversidade”, anotou. Olga Cavaleiro sustentando que “será possível ter uma noção de como os relógios foram evoluindo, não só enquanto mecanismo técnico, como também enquanto objecto de decoração do espaço”, enfatizou que “será uma boa oportunidade para entrar no mundo fantástico dos relógios e perceber as particularidades e especificidades de cada um”.
Para majorar este evento, quem visitar Tentúgal terá a oportunidade de ouvir José Mota Tavares, especialista de renome mundial na reconstrução e estudo da relojoaria mecânica, autor de livros dedicadas à relojoaria e grande entusiasta na exploração do conceito do tempo. Mota Tavares irá proferir uma palestra intitulada “O Relógio, a máquina que divide o tempo” que vai possibilitar percebermos a forma como entendemos e contamos o tempo e como foi evoluindo ao longo dos séculos.
“Dos cromeleques aos relógios atómicos e ao GPS”, o investigador da temática multidisciplinar do Tempo, faz nesta comunicação uma viagem através da História e das Mentalidades, ligando o Homem e Cronos, e a maneira como o primeiro se tem relacionado com o segundo. Relógios de sol, clepsidras, ampulhetas, a relojoaria mecânica (da de torre à de pulso) são instrumentos que acompanharam a viagem da Humanidade através da realidade mais invisível e, no entanto, mais mensurável - o Tempo. Mota Tavares abordará todas estas questões, numa viagem com hora marcada, para as 15h30, do próximo sábado, no salão nobre da Junta de Freguesia de Tentúgal.
“A evolução das máquinas para contar o tempo diz-nos muito acerca do entendimento que cada sociedade teve deste conceito que pode ser subjectivado e relativizado pelo contexto histórico em que nos inserimos”, explica Olga Cavaleiro, frisando que “o tempo não é só um, mas está subjugado aos condicionalismos de cada sociedade e de cada um”. “Esta viagem fantástica pelo mundo dos relógios poderá ser uma boa oportunidade para “miúdos e graúdos” descobrirem como o tempo é por vezes sincopado e está dependente do entendimento que se faz deste conceito, tão abstracto e tão preciso”, referiu.
Para a Grã- mestre da Confraria “o evento pretende potenciar Tentúgal e concelho de Montemor-o-Velho, sublinhando que “a valorização e dignificação de um dos monumentos mais antigos de Tentúgal, incluirá o descerramento de uma placa comemorativa da Torre do Relógio enquanto Imóvel de Interesse Público, desde 1950, procurando deste modo lembrar a sua importância e toda a sua história”. “De facto, pensa-se que esta Torre fez parte da antiga muralha de Tentúgal e a presença de uma pedra moçárabe vem atestar a sua antiguidade e a sua importância no contexto histórico de Tentúgal”, esclareceu Olga Cavaleiro.
Esta iniciativa vem lembrar que a Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal desempenha presentemente um papel fundamental na divulgação e afirmação da riqueza cultural e histórica desta vila do concelho de Montemor-o-Velho, não esquecendo a responsabilidade e compromisso assumido enquanto organização que visa “fomentar o espírito de toda a identidade cultural da vila”.


Aldo Aveiro

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