Dez anos pela família!
Foi há dez anos que num cantinho muito acolhedor da Casa de Santa Zita nasceu o serviço a que chamámos “CAF – Centro de Aconselhamento Familiar”. Lembro-me que dentro de nós – do Secretariado diocesano da Família – coexistiam duas atitudes opostas: se por um lado sentíamos algum orgulho e satisfação pelo facto de criarmos uma estrutura de apoio às famílias em dificuldade, com uma plêiade de colaboradores, por outro sentíamos que a necessidade e pertinência deste serviço era sinal (negativo) de muita instabilidade no seio da instituição familiar, que exigiria muito trabalho, entrega e disponibilidade.
Mau grado este “conflito” (que nos foi sempre acompanhando), e cientes dos escolhos, avançámos neste desafio, cheios de entusiasmo e esperança.
Poucos anos passavam do Ano Internacional da Família. A Diocese “puxava” pela família, os nossos bispos, D. João Alves e D. Albino Cleto acolhiam a ideia e estimulavam a criação.
E foi assim, neste conjunto de circunstâncias e animados de muita fé, que começámos. E começámos com uma salinha muito acolhedora, mas, essencialmente, começámos com rostos e com nomes, a maioria dos quais ainda hoje a colaborar activamente. E elegemos uma timoneira – a “alma” do CAF, a Emília Cardoso – atenta, vinte e quatro horas por dia, ao telefone ou à campainha da porta, sempre disponível a “acudir”, com uma palavra amiga e confortante, mesmo quando as preocupações da Casa, da sua família, ou da sua saúde não favoreciam a concentração ou a partilha de palavras de estímulo e esperança.
E quando a situação era mais complexa, logo a Emília contava com a disponibilidade e experiência profissional (e pessoal) de um leque fantástico de “especialistas”, num trabalho em equipa que tinha, forçosamente, de dar resultado. Foi assim que se passaram qualquer coisa como (quase) três mil, seiscentos e cinquenta e dois dias, com muitas horas de atendimento telefónico e presencial, muitas emoções e comoções, mas também muitos raios de esperança e muitas vidas renovadas nas mais de duas mil e duzentas pessoas que foram acolhidas, ou seja, que foram amadas.
E foi assim, com este ânimo, esta atitude positiva, que atingimos o marco histórico dos dez anos.
Mas queremos “ser” mais e melhor! Queremos ser um CAF dinâmico, atento aos sinais dos tempos, abertos a outras estruturas eclesiais e acolhedores de outras iniciativas. Se durante esta década estendemos a nossa experiência a outras dioceses, ajudando lá a criar Centros semelhantes, agora, ao iniciarmos mais uma etapa, lançámos mais dois serviços de apoio à Família: o CAF – Jovem e o Porto Solidão. Se o primeiro quer dedicar-se mais especificamente às gentes mais novas – namorados e famílias recém constituídas –, acompanhando-os nos seus sonhos e pesadelos, o Porto Solidão quer abranger todos aqueles – novos e menos novos, que sentem a experiência dramática da solidão, do isolamento, da depressão, mesmo quando incluídos numa família ou numa comunidade.
Cremos que estas duas valências do CAF, fruto de mais um conjunto de boas vontades e sinergias, vão ser duas mais-valias importantes neste serviço à instituição familiar da Diocese de Coimbra e da Igreja nacional.
Oxalá daqui a dez anos já não exista o tal conflito de que falei no início, porque nos orgulhamos de, em comunhão com outras estruturas da Igreja e da sociedade civil, ver famílias a assumirem responsavelmente a sua missão (mesmo no meio das dificuldades), a ver maridos a amarem suas mulheres e mulheres a amarem os seus maridos em todas as circunstâncias, a ver filhos a sentirem-se amados pelos pais e pais a sentirem-se respeitados pelos filhos, a ver idosos a serem acolhidos e compreendidos pelos seus filhos, mesmo quando integrados em Lares de Terceira Idade, a ver famílias a ajudarem outras famílias, a ver políticas de família e legislação conexa a irem ao encontro da promoção desta célula fundamental da sociedade.
Até atingirmos este desiderato, vamos continuar a trabalhar com entusiasmo e afinco. Vamos, todos em conjunto, com os talentos e as ferramentas que este Deus nos facultou, fazer renascer a esperança de felicidade nos casais, nos maridos, nas esposas, nos filhos que nos continuarão, de certo, a procurar.
Mau grado este “conflito” (que nos foi sempre acompanhando), e cientes dos escolhos, avançámos neste desafio, cheios de entusiasmo e esperança.
Poucos anos passavam do Ano Internacional da Família. A Diocese “puxava” pela família, os nossos bispos, D. João Alves e D. Albino Cleto acolhiam a ideia e estimulavam a criação.
E foi assim, neste conjunto de circunstâncias e animados de muita fé, que começámos. E começámos com uma salinha muito acolhedora, mas, essencialmente, começámos com rostos e com nomes, a maioria dos quais ainda hoje a colaborar activamente. E elegemos uma timoneira – a “alma” do CAF, a Emília Cardoso – atenta, vinte e quatro horas por dia, ao telefone ou à campainha da porta, sempre disponível a “acudir”, com uma palavra amiga e confortante, mesmo quando as preocupações da Casa, da sua família, ou da sua saúde não favoreciam a concentração ou a partilha de palavras de estímulo e esperança.
E quando a situação era mais complexa, logo a Emília contava com a disponibilidade e experiência profissional (e pessoal) de um leque fantástico de “especialistas”, num trabalho em equipa que tinha, forçosamente, de dar resultado. Foi assim que se passaram qualquer coisa como (quase) três mil, seiscentos e cinquenta e dois dias, com muitas horas de atendimento telefónico e presencial, muitas emoções e comoções, mas também muitos raios de esperança e muitas vidas renovadas nas mais de duas mil e duzentas pessoas que foram acolhidas, ou seja, que foram amadas.
E foi assim, com este ânimo, esta atitude positiva, que atingimos o marco histórico dos dez anos.
Mas queremos “ser” mais e melhor! Queremos ser um CAF dinâmico, atento aos sinais dos tempos, abertos a outras estruturas eclesiais e acolhedores de outras iniciativas. Se durante esta década estendemos a nossa experiência a outras dioceses, ajudando lá a criar Centros semelhantes, agora, ao iniciarmos mais uma etapa, lançámos mais dois serviços de apoio à Família: o CAF – Jovem e o Porto Solidão. Se o primeiro quer dedicar-se mais especificamente às gentes mais novas – namorados e famílias recém constituídas –, acompanhando-os nos seus sonhos e pesadelos, o Porto Solidão quer abranger todos aqueles – novos e menos novos, que sentem a experiência dramática da solidão, do isolamento, da depressão, mesmo quando incluídos numa família ou numa comunidade.
Cremos que estas duas valências do CAF, fruto de mais um conjunto de boas vontades e sinergias, vão ser duas mais-valias importantes neste serviço à instituição familiar da Diocese de Coimbra e da Igreja nacional.
Oxalá daqui a dez anos já não exista o tal conflito de que falei no início, porque nos orgulhamos de, em comunhão com outras estruturas da Igreja e da sociedade civil, ver famílias a assumirem responsavelmente a sua missão (mesmo no meio das dificuldades), a ver maridos a amarem suas mulheres e mulheres a amarem os seus maridos em todas as circunstâncias, a ver filhos a sentirem-se amados pelos pais e pais a sentirem-se respeitados pelos filhos, a ver idosos a serem acolhidos e compreendidos pelos seus filhos, mesmo quando integrados em Lares de Terceira Idade, a ver famílias a ajudarem outras famílias, a ver políticas de família e legislação conexa a irem ao encontro da promoção desta célula fundamental da sociedade.
Até atingirmos este desiderato, vamos continuar a trabalhar com entusiasmo e afinco. Vamos, todos em conjunto, com os talentos e as ferramentas que este Deus nos facultou, fazer renascer a esperança de felicidade nos casais, nos maridos, nas esposas, nos filhos que nos continuarão, de certo, a procurar.
Jorge Cotovio
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