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27 de maio de 2008

Sé Nova (demasiado) pequena para a Bênção das Pastas

A Bênção das Pastas, que assinala o fim da vida académica e a entrada no mercado de trabalho, foi presidida no passado fim-de-semana, na Sé Nova, em duas celebrações eucarísticas (uma no sábado para os alunos dos Institutos Politécnicos e outra no domingo para os alunos da Universidade) por D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra. O prelado partilhou com os estudantes algumas reflexões sobre a profissão e a família. No domingo, a falta de espaço no interior da Sé Nova, revoltou muitos familiares e amigos que se tinham deslocado de longe para participarem num momento marcante da vida do estudante. Só no largo da Sé Nova estiveram cerca de duas mil pessoas. Uma vez mais, questiona-se o espaço da Sé Nova para a realização desta cerimónia…
"Lamento que haja relações profissionais que enfraqueçam os laços de família. É que a família pode ser o suporte para a vossa carreira profissional", afirmou D. Albino Cleto na sua homilia. O bispo defendeu que os "bons princípios de vida" são a chave para o sucesso no trabalho. "Não queiram ganhar muito dinheiro e exercer a profissão com ganância. Deve-se antes trabalhar com amor pelos outros, porque dar felicidade ao outro é o melhor caminho para a experimentardes em vós próprios", aconselhou D. Albino Cleto, congratulando-se ainda pelo número de universitários nas dioceses estar a aumentar.
"A Bênção não é um gesto mágico, é bem dizer, ou seja, bendito seja o curso que termina", avisou o bispo.
No momento simbólico da Bênção das Pastas (momento em que o Bispo asperge as pastas e as fitas dos estudantes com água benta), muito emocionaram-se pela etapa concretizada. Lá fora, familiares e amigos esperavam impacientemente a saída dos estudantes, recebidos com abraços e lágrimas de alegria.
No domingo, a falta de espaço obrigou a que as pessoas mais chegadas aos estudantes visionassem a cerimónia no exterior da Sé Nova, através de um ecrã instalado propositadamente para o efeito. Cerca de duas mil pessoas encheram o largo.
O cenário não agradou principalmente aos familiares que se deslocaram de longe para não faltar a um momento marcante na vida dos estudantes. Várias pessoas queixaram-se ainda do tamanho reduzido do ecrã, que permitiu o visionamento da cerimónia apenas por um leque limitado de espectadores.
A Comissão Organizadora da Queima das Fitas tinha avisado previamente que este ano, devido ao número de fitados ser superior ao normal, o acesso ao interior da Sé Nova seria exclusivamente reservado aos estudantes, à organização e aos convidados especiais. Confrontado com as críticas lançadas à dimensão do ecrã, Gonçalo Ribeiro, comissário responsável pela organização dos eventos tradicionais da Queima das Fitas, garantiu que o ecrã "chegava para as pessoas verem perfeitamente". "Lamento é que algumas pessoas tenham tentado invadir a igreja. A cerimónia é para estudantes, reservada apenas a eles e devem estar todos juntos e isolados para que o espírito da cerimónia se mantenha", opinou.
O responsável defendeu que o evento "correu muito bem" e adiantou que, para este ano, "nunca foi equacionada a alteração do espaço da Bênção das Pastas". "A Sé Nova é um espaço religioso propício a esta cerimónia da Queima da Fitas", concluiu.


Texto: Miguel Cotrim / Fotos: Carlos Jorge Monteiro

1 Comentários:

Blogger João Miranda Santos disse...

Eu diria que para melhorar as condições desta celebração, em vez de reservarem a Sé para os estudantes deviam reservá-la para os estudantes que vão frequentemente à Eucaristia. Assim haveria concerteza muito mais espaço. É contraditório que tanta gente que é supostamente tão inteligente e tão livre continue a participar nas coisas apenas por tradição. Porque é que a organização deste evento cabe à organização da Queima das Fitas e não ao SPES? (já que a AAC deverá ser laica) O Sr. Bispo devia sentir a responsabilidade máxima de valorizar esta celebração tornando-a realmente dirigida para os que nela participam não apenas pela tradição. Era uma excelente oportunidade para a Igreja fazer notar que não vive de hábitos ou tradições mas propõe uma forma particular de estar no mundo, e particularmente no mundo universitário e do trabalho.

12:31 da tarde  

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