Procissão do Corpo de Deus foi pouco participada
Promovida pelo Cabido da Sé Catedral, realizou-se no dia 22 de Maio, a tradicional Procissão do Corpo de Deus.
Houve um tempo em que as ruas de Coimbra se enchiam por causa desta procissão. Hoje será, para grande parte dos conimbricenses, apenas mais um feriado ou uma oportunidade para umas mini-férias.
Demonstrativo desse facto, foi a presença do número de fiéis que integraram a procissão pelas ruas da cidade. A confraria da Rainha Santa Isabel, umas das maiores da nossa diocese, apenas foi representada com dois elementos. A representação das autoridades civis limitou-se à presença da Junta de Freguesia da Sé Nova.
Normalmente, todos os anos, os Movimentos e as organizações religiosas são chamados a participar, com as suas insígnias e estandartes. Hoje, a Procissão do Corpo de Deus, mãe de todas as procissões, é uma manifestação despida do Povo de Deus. Onde estão as nossas irmandades? Onde estão os nossos Movimentos? Onde estão as nossas Ordens Religiosas? Onde estão as nossas crianças, sobretudo aquelas que por estes dias fazem a Primeira Comunhão?
Normalmente, as procissões são uma manifestação pública de fé. Eu acredito que os católicos que participam nestas manifestações querem anunciar a sua convicção de que Jesus Cristo é o seu único Salvador e que só na Eucaristia está o sinal da unidade, o vínculo do amor, a única força capaz de transformar a humanidade. E os outros? Aqueles que não participam? Que desejam eles anunciar?
Só faz sentido este género de manifestações se houver público. Uma procissão do Corpo de Deus, tal como a Eucaristia, não faz sentido se não for participada. Deveríamos repensar a Procissão do Corpo de Deus?
MC
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