PARÓQUIA DE CORTICEIRO DE CIMA EM FESTA
Mais de mil pessoas assistiram à missa nova de Filipe Diniz
Grande multidão acompanhou o novo padre em cortejo, da sua casa até à igreja paroquial, onde foi realizada uma missa campal
Grande multidão acompanhou o novo padre em cortejo, da sua casa até à igreja paroquial, onde foi realizada uma missa campal
Carla Assunção e
Mirla Ferreira Rodrigues
A paróquia do Corticeiro de Cima viveu um momento de grande alegria, no passado dia 8 de Março: mais de mil pessoas encheram o adro da igreja para assistir à missa nova do recém ordenado Filipe Diniz, filho da terra.
Depois de ter sido ordenado sacerdote em Coimbra, a 2 de Março, Filipe Diniz não imaginava o empenho e o envolvimento da comunidade para organizar uma festa digna de registo. A rua Padre Basílio Costa Morgado, onde residem os pais, foi decorada com ramos de árvores e um tapete de flores e verduras com representações da cruz e do cálice das hóstias feitas em pétalas de flores e tâmaras de palmeiras, e que se estendiam até ao largo da igreja.
O Agrupamento de Escuteiros de Febres, Seixo de Mira e de Ferreira do Zêzere, assim como vários elementos do Grupo Etnográfico de Corticeiro de Cima, foram buscar Filipe Diniz a casa dos seus progenitores, e a multidão encheu a rua para ver passar o novo sacerdote, que nesse dia esteve cortada ao trânsito. No adro da igreja, decorado com centenas de orquídeas e flores, e onde estava montada uma tenda gigante para a missa campal, mais de 600 pessoas já esperavam sentadas e aguardavam o início da eucaristia, solenizada pelo Grupo Coral de Corticeiro de Cima.
Caminho de Deus
Com a presença de dez padres do Seminário Maior de Coimbra e da Diocese de Coimbra, e quatro diáconos, foi celebrada a eucaristia. Na homilia, o padre Filipe falou à multidão ali presente sobre “alguns sinais de Jesus”, presentes no Evangelho, e sobre a sua escolhe em ser sacerdote. “Ser padre, penso que nunca tinha sido anteriormente um ideal para a minha vida. Mas, como é bonito perceber que houve muitas pessoas que me fizeram entender que este era o meu caminho”, esclareceu, dirigindo-se à família e amigos da sua terra “como pequenos instrumentos de Deus”.
“Foi no seio familiar que nasceu esta vocação sacerdotal. Nunca fez parte dos planos dos meus pais terem um filho padre, mas como é belo perceber que o caminho de Deus é algumas vezes diferente daquele que nós pensamos ou idealizamos… Os meus pais, a quem agradeço tudo o que foram e o que continuam a ser, sempre acreditaram muito nos filhos que deram a este mundo”, reforçou Filipe Diniz, que recordou ainda o apoio familiar recebido dos avós, tios e primos.
O bisavô materno, de 98 anos, também não foi esquecido. “O meu bisavô Maximino é um testemunho de vida fantástico, postura sorridente e bela no abraçar da vida como ele abraça. Força de vida para qualquer um, até para mim cada vez que me encontro com ele, venho com mais vida. Devo-lhe muito, pela oração que tanto fez por mim e por todos”, destacou o padre, que comoveu muitos dos presentes até às lágrimas.
Em declarações ao jornal Boa Nova, Filipe Diniz deu a conhecer a emoção sentida por ver o envolvimento da comunidade. “Senti um ambiente muito acolhedor das pessoas da minha paróquia. Gostei imenso de ouvi-las partilharem o espírito de entrega para os preparativos da festa… É bonito perceber toda a envolvência das pessoas para acolher um filho da terra para celebrar a eucaristia com Ele com alegria. Senti uma Igreja que celebra e que fez festa como um filho da terra que é padre”, afirmou o novo sacerdote.
Filipe Diniz servirá as paróquias de Ferreira do Zêzere, Pias, Igreja Nova do Sobral, Paio Mendes e Dornes. No dia seguinte à missa nova celebrou a eucaristia dominical na paróquia de São Caetano.
Comunidade unida
Para receber a missa nova de Filipe Diniz, a paróquia de Corticeiro de Cima mobilizou-se de uma forma numa antes vista. Os preparativos começaram quatro semanas antes, com a organização da cerimónia. A ideia de fazer uma festa surpresa foi um das metas traçadas e a população não olhou a meios para alcançar o fim desejado.
“É uma coisa impressionante… nunca pensei que as pessoas se envolvessem desta forma”, afirmou Vítor Ciniz, pai de Filipe, quando olhava para as dezenas de populares que se ocupavam na decoração da igreja, do adro e das ruas”. “Flores chegaram às centenas… fizemos um apelo na missa e já nos chegaram mais de mil orquídeas e flores, tudo oferecido por habitantes de Corticeiro de Cima, Corticeiro de Baixo, Carapelhos, Presa e Vilamar”, afirmou o progenitor, emocionado.
Rosa Miranda passou a tarde da véspera da missa nova a compor os arranjos florais, ajudando outras populares. Tia do sacerdote, há uma semana que viajou propositadamente de Miranda do Douro, onde reside, para assistir às cerimónias e preparar a surpresa ao sobrinho. “É uma emoção indescritível e um orgulho muito grande pelo Filipe. Não há palavras para descrever o que sinto”, afirmou.
Também Maria Olívia Caetano também veio de Paris para assistir à ordenação e à missa nova de Filipe Diniz, e a satisfação não poderia ser maior.”Conheço desde pequeno e é uma bênção para Corticeiro de Cima ter um padre. Estou muito feliz e penso que toda a paróquia também está, porque está unida para recebê-lo da melhor maneira”, disse ao jornal Boa Nova.
Maria Ausenda Diniz, mãe de Filipe, reconheceu a alegria sentida por esta onda de solidariedade e união que “inundou” a paróquia de Corticeiro de Cima. “Estou muito feliz, especialmente porque o meu filho chegou a sacerdote. Apesar de sabermos da escolha dele no final do 12º ano, sempre o apoiámos nas suas decisões. Ficámos muito admirados e surpreendidos, mas sempre respeitámos a sua escolha”, afirmou a mãe de Filipe.
“A maior alegria que temos é vê-lo feliz e a seguir a sua vocação. Se esta é a sua missão e ele se sente feliz assim, então aceitamos. Porque o longe faz-se perto e o Filipe estará sempre nos nossos corações”, conclui, com a voz embargada.
Depois de ter sido ordenado sacerdote em Coimbra, a 2 de Março, Filipe Diniz não imaginava o empenho e o envolvimento da comunidade para organizar uma festa digna de registo. A rua Padre Basílio Costa Morgado, onde residem os pais, foi decorada com ramos de árvores e um tapete de flores e verduras com representações da cruz e do cálice das hóstias feitas em pétalas de flores e tâmaras de palmeiras, e que se estendiam até ao largo da igreja.
O Agrupamento de Escuteiros de Febres, Seixo de Mira e de Ferreira do Zêzere, assim como vários elementos do Grupo Etnográfico de Corticeiro de Cima, foram buscar Filipe Diniz a casa dos seus progenitores, e a multidão encheu a rua para ver passar o novo sacerdote, que nesse dia esteve cortada ao trânsito. No adro da igreja, decorado com centenas de orquídeas e flores, e onde estava montada uma tenda gigante para a missa campal, mais de 600 pessoas já esperavam sentadas e aguardavam o início da eucaristia, solenizada pelo Grupo Coral de Corticeiro de Cima.
Caminho de Deus
Com a presença de dez padres do Seminário Maior de Coimbra e da Diocese de Coimbra, e quatro diáconos, foi celebrada a eucaristia. Na homilia, o padre Filipe falou à multidão ali presente sobre “alguns sinais de Jesus”, presentes no Evangelho, e sobre a sua escolhe em ser sacerdote. “Ser padre, penso que nunca tinha sido anteriormente um ideal para a minha vida. Mas, como é bonito perceber que houve muitas pessoas que me fizeram entender que este era o meu caminho”, esclareceu, dirigindo-se à família e amigos da sua terra “como pequenos instrumentos de Deus”.
“Foi no seio familiar que nasceu esta vocação sacerdotal. Nunca fez parte dos planos dos meus pais terem um filho padre, mas como é belo perceber que o caminho de Deus é algumas vezes diferente daquele que nós pensamos ou idealizamos… Os meus pais, a quem agradeço tudo o que foram e o que continuam a ser, sempre acreditaram muito nos filhos que deram a este mundo”, reforçou Filipe Diniz, que recordou ainda o apoio familiar recebido dos avós, tios e primos.
O bisavô materno, de 98 anos, também não foi esquecido. “O meu bisavô Maximino é um testemunho de vida fantástico, postura sorridente e bela no abraçar da vida como ele abraça. Força de vida para qualquer um, até para mim cada vez que me encontro com ele, venho com mais vida. Devo-lhe muito, pela oração que tanto fez por mim e por todos”, destacou o padre, que comoveu muitos dos presentes até às lágrimas.
Em declarações ao jornal Boa Nova, Filipe Diniz deu a conhecer a emoção sentida por ver o envolvimento da comunidade. “Senti um ambiente muito acolhedor das pessoas da minha paróquia. Gostei imenso de ouvi-las partilharem o espírito de entrega para os preparativos da festa… É bonito perceber toda a envolvência das pessoas para acolher um filho da terra para celebrar a eucaristia com Ele com alegria. Senti uma Igreja que celebra e que fez festa como um filho da terra que é padre”, afirmou o novo sacerdote.
Filipe Diniz servirá as paróquias de Ferreira do Zêzere, Pias, Igreja Nova do Sobral, Paio Mendes e Dornes. No dia seguinte à missa nova celebrou a eucaristia dominical na paróquia de São Caetano.
Comunidade unida
Para receber a missa nova de Filipe Diniz, a paróquia de Corticeiro de Cima mobilizou-se de uma forma numa antes vista. Os preparativos começaram quatro semanas antes, com a organização da cerimónia. A ideia de fazer uma festa surpresa foi um das metas traçadas e a população não olhou a meios para alcançar o fim desejado.
“É uma coisa impressionante… nunca pensei que as pessoas se envolvessem desta forma”, afirmou Vítor Ciniz, pai de Filipe, quando olhava para as dezenas de populares que se ocupavam na decoração da igreja, do adro e das ruas”. “Flores chegaram às centenas… fizemos um apelo na missa e já nos chegaram mais de mil orquídeas e flores, tudo oferecido por habitantes de Corticeiro de Cima, Corticeiro de Baixo, Carapelhos, Presa e Vilamar”, afirmou o progenitor, emocionado.
Rosa Miranda passou a tarde da véspera da missa nova a compor os arranjos florais, ajudando outras populares. Tia do sacerdote, há uma semana que viajou propositadamente de Miranda do Douro, onde reside, para assistir às cerimónias e preparar a surpresa ao sobrinho. “É uma emoção indescritível e um orgulho muito grande pelo Filipe. Não há palavras para descrever o que sinto”, afirmou.
Também Maria Olívia Caetano também veio de Paris para assistir à ordenação e à missa nova de Filipe Diniz, e a satisfação não poderia ser maior.”Conheço desde pequeno e é uma bênção para Corticeiro de Cima ter um padre. Estou muito feliz e penso que toda a paróquia também está, porque está unida para recebê-lo da melhor maneira”, disse ao jornal Boa Nova.
Maria Ausenda Diniz, mãe de Filipe, reconheceu a alegria sentida por esta onda de solidariedade e união que “inundou” a paróquia de Corticeiro de Cima. “Estou muito feliz, especialmente porque o meu filho chegou a sacerdote. Apesar de sabermos da escolha dele no final do 12º ano, sempre o apoiámos nas suas decisões. Ficámos muito admirados e surpreendidos, mas sempre respeitámos a sua escolha”, afirmou a mãe de Filipe.
“A maior alegria que temos é vê-lo feliz e a seguir a sua vocação. Se esta é a sua missão e ele se sente feliz assim, então aceitamos. Porque o longe faz-se perto e o Filipe estará sempre nos nossos corações”, conclui, com a voz embargada.
1 Comentários:
parabens pela missa para mim e uma honrra o filipi celebrar essa missa como nasci em corticeiro de cima bem emfrente essa igreja, que ainda leva o nome de uma rua de joaquim vila ramos ele era meu avo.
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