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4 de fevereiro de 2008

Abandono escolar debatido no Colégio de São Teotónio



Criar uma cultura onde o abandono escolar não tenha lugar, promovendo a aprendizagem ao longo da vida, são metas da iniciativa Novas Oportunidades. O incremento de um ano na média de escolaridade de um país implica ganhos de produtividade entre 3 e 6%, realça psicólogo António Lopes.
Fazer com que o abandono não faça parte do leque de escolhas das crianças e jovens e diversificar a oferta formativa e os currículos, ajustando-os a cada comunidade escolar, ou, no limite, a cada aluno. Estas são, pode dizer-se, as palavras de ordem da Agenda Prevenção do Abandono Escolar, projecto cujos resultados do primeiro ano de funcionamento foram ontem debatidos, numa acção promovida pela Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), que juntou no passado dia 31 de Janeiro, no Colégio de São Teotónio, representantes de escolas dos distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria e Viseu.
De acordo com António Lopes, psicólogo da DREC, o abandono, que se verifica com maior incidência na faixa etária dos 13 aos 15 anos, "é uma opção de carreira", tomada pelo jovem que quer "entrar no mercado de trabalho mais cedo", o que, nota este responsável, "pode ter consequências catastróficas a médio prazo".
Foi aquilo que a directora regional adjunta de Educação do Centro, Maria Cristina Lopes Dias salientou, "quando o aluno sai da escola (em abandono) vai ser mal pago, explorado, ou não vai ter emprego sequer". Ao fim de alguns anos, "vamos criar ali um problema social", advertiu, ao observar que, pelo menos, se lhe deve dar a hipótese de uma certificação de 9.º ano, se possível em paralelo com uma habilitação profissional.
E as ofertas educativas são muitas, com designações que até podem baralhar. São os PCA’s (percursos curriculares alternativos), os CEF’s (cursos de educação e formação), ou os PIEF’s (planos individuais de educação e formação).
Para a população maior de 18 anos – porque dos objectivos do Governo também consta o aumento do nível médio de qualificação da população activa –, há, ainda, os cursos EFA (educação e formação de adultos), que vêm substituir o ensino recorrente, ou os centros de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC).


O direito a um
ensino diferenciado

Segundo a directora regional adjunta de Educação do Centro, "os alunos não aprendem todos da mesma maneira" e, por isso, "têm o direito" a um ensino diferenciado.
E "é preciso explicar aos pais que existem outras ofertas possíveis nas escolas", salienta Cristina Dias, que apela também aos professores que encaminhem aqueles que, "em cada turma, têm várias repetências", para uma opção mais virada para os gostos e competências individuais.
Por outro lado, entre os adultos, "o déficit de formação é medonho", colocando Portugal como "o último país da Europa", notou a directora regional adjunta, ao defender que "o QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional)" pode vir "ajudar a dar um salto na qualificação".
"Devemos aproveitá-lo para fazer a formação da nossa população. Não podemos ser competitivos no mundo globalizado, em serviços altamente tecnológicos, com uma população que detém, na sua maioria, a antiga 4.ª classe e por vezes nem isso", constatou a responsável da DREC, ao considerar que "é um desígnio nacional" o país aproveitar esta "oportunidade".

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