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31 de agosto de 2007

Paróquia de Nossa Senhora de Lurdes (Coimbra) endividada




370 mil euros é o valor da dívida da paróquia de Nossa Senhora de Lurdes à empresa construtora A. Baptista de Almeida pela nova igreja. Há muito tempo que a obra está concluída, mas a empresa construtora nega-se a entregar as chaves enquanto não receber o valor em débito.



A solução vai passar certamente pela venda de património, ou seja, as actuais instalações (ao lado da nova igreja) que não reúnem as condições para as celebrações eucarísticas ou para outras actividades da paróquia como é o caso da catequese poderão ser postos à venda.
A obra, iniciada em 2002, era para durar dois anos, mas demorou três, tendo ficado cerca de 50% mais cara do que o valor inicialmente orçamentado – 1 milhão, 160 mil euros (232 mil contos) –, sendo que, de acordo com o actual pároco, Padre Luís Ribeiro, o agravamento se ficou a dever a erros e omissões ao projecto.
"Ainda não está tudo pago à empresa e existe alguma discordância em relação às verbas pedidas", afirmou o pároco, ao notar que a paróquia chegou a apresentar "uma contraproposta, de pagamento faseado.
Uma parte, que não quantifica, seria entregue de imediato, enquanto que a outra seria paga num período mais dilatado, com recurso a empréstimo bancário. Porém, nota, "a empresa não concordou" com a ideia.
"Estou aqui há dois anos e a situação (da obra) é a mesma", refere o antigo pároco de Santa Clara, ao dizer que, desde então, a empresa só teve de "repor a tinta do exterior, que estalou".
O Padre Luís Ribeiro salienta que "da empresa não falta nada", mas que "não houve entrega provisória da obra", por uma razão: "Não há dinheiro".
É por isso que, "em vez uma hipoteca à banca", a paróquia admite "vender dois talhões", ao lado da nova igreja, para, com o dinheiro desses terrenos, pagar a dívida.
Já no dia da consignação da obra (9 de Agosto de 2002), o então pároco de Nossa Senhora de Lourdes, Padre José Moço, apelava aos crentes para que ajudassem a financiar a obra, que foi suportada a 50% pelo Estado, através de candidatura a verbas comunitárias.
Entretanto, a restante verba paga foi conseguida através de um empréstimo bancário de 500 mil euros, mediante hipoteca, e de um testamento de cerca de 150 mil euros, revela o Padre Luís Ribeiro.
Também o novo pároco diz que já enviou, por correio não endereçado (em Outubro de 2005 e em Outubro de 2006), uma mensagem a todas as famílias da paróquia, solicitando colaboração financeira.
Em declarações, no final de Abril, ao Jornal de Notícias, o empresário José Miguel Baptista de Almeida ponderava entregar a obra desde que a paróquia lhe adiantasse a data de pagamento da dívida.
A paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, situada em Montes Claros, foi criada em 1970, servindo cerca de 8 mil crentes, das freguesias de Santa Cruz, Sé Nova e Santo António dos Olivais.
Miguel Cotrim (texto e Fotos)

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