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7 de março de 2007

Um tempo para ter mais tempo …


Nuno Santos

Continuamos a correr e, cada vez mais, sentimos que nos vai faltando tempo para tantas coisas importantes. Mais grave ainda é quando nos começa a faltar o tempo até para as coisas urgentes. Temos que reconhecer que há coisas urgentes que não são importantes e coisas importantes que nem sempre são urgentes.
É aqui que a vida e o seu sentido se continua a jogar. É aqui que as pequenas opções podem fazer toda a diferença. É aqui que o tempo da Quaresma pode ser um sinal de mudança de atitudes. Pode ser um tempo especial e favorável para outros esforços. Pode ser um tempo para ‘ter’ mais tempo.
Claro que eu sei – e cada um de vós também – que o tempo não é uma questão de ter, mas de organização. Isto é, não se consegue ter mais tempo, consegue-se organizar o tempo para ter mais tempo para outras coisas…
A Quaresma deve ser, para cada um de nós, uma oportunidade para mudar o rumo (em grego diz-se metanóia – conversão de vida), rasgar outros horizontes mais significativos e mais profundos para a nossa existência. Não devemos, pois, desperdiçar esta oportunidade que nos é dada de novo para nos enriquecermos humana e espiritualmente. Um enriquecimento que faz de nós pessoas mais humanas quanto mais à imagem e semelhança de Deus.
Neste dinamismo de peregrinação – que a Quaresma é – procuremos ir preparando o nosso coração para podermos celebrar a grande festa da Páscoa. Aliás, a Quaresma não tem um fim em si mesma. Se é verdade que no séc. II se preparavam para a festa da Páscoa com um jejum de apenas dois dias, sexta e sábado antes da Vigília, desde muito cedo – inícios do séc. IV – a comunidade cristã fazia um jejum de 40 dias antes da Páscoa (aos domingos era proibido jejuar).
Todo este tempo revela a importância do que celebramos na Páscoa. Nesta grande festa celebramos o aspecto mais central e importante da nossa fé – a Ressurreição. Por outras palavras, podemos dizer: o Jesus morto afinal é o Cristo Ressuscitado. Esse horizonte da Ressurreição é que nos configura como cristãos.

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