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12 de junho de 2007

Feira Medieval de regresso à Sé Velha

O cenário não podia ser melhor. Com a Sé Velha a servir de cenário para o negócio mercantil, que outrora, fora protagonista deste acontecimento. Estamos a falar da Feira Medieval, que uma vez mais, levou centenas de figurantes e visitantes, no passado sábado ao Largo da Sé Velha.




Organizada conjuntamente pela Delegação de Coimbra do Inatel, pela Câmara Municipal de Coimbra e pela Associação para o Desenvolvimento e Defesa da Alta de Coimbra, a XVI Feira Medieval cumpriu os objectivos que se impôs há muito. De realçar à celebração da Eucaristia na Sé Velha, presidida pelo Mons. João Evangelista (pároco da Sé), acompanhada por canto gregoriano e polifonia Medieval pelo Grupo Vocal e Instrumental da Academia Martiniana que deu um contributo espiritual a esta jornada cultural. Monsenhor João Evangelista aproveitou a ocasião para apresentar o monumento da Sé Velha e a importância que tem para a cidade.
Seguiu-se a bênção e leitura da Carta da Feira com toque de trombetas que marca a abertura deste evento.
Da abertura ao encerramento, o Largo da Sé voltou a acolher no sábado uma jornada cultural onde participaram diversos grupos que promoveram a animação permanente, entre saltimbancos, fantoches, bobos, cuspidores de fogo, e malabaristas, e onde também marcaram presença as diversas actividades artesanais ao vivo, pelas mãos de artesãos do concelho, que levaram petiscos e trajos medievais.
Entre a profusão de tendas no Largo da Sé Velha, mostraram-se e comercializaram-se produtos hortícolas e seus derivados, entre frutas, legumes, ovos, queijo, enchidos, aves, pão, cereal em grão, mel, vinho, e outros utensílios característicos da Idade Média.



Basilius, o mendigo solidário
A figura, andrajosa e coberta de chagas – a impressionar ainda e sempre pequenos e adultos –, transformou-se numa presença certa no largo da Sé Velha, tão certa como as trombetas anunciam mais uma reconstituição da Feira Medieval de Coimbra. Tanto assim é que Basilius – mendigo e profeta –, a personagem que o actor Joaquim Basílio já vestiu vezes sem conta, ultrapassou há muito as fronteiras da Sé Velha de Coimbra, para seguir por caminhos longos, um pouco por todo o país.
E em todos os caminhos, a solidariedade é a força que move o homem e que volta, uma vez mais e sempre, a dar alento e voz ao mendigo que pede, não para si, mas para os outros, que são muitos e que precisam de toda a boa-vontade que é ainda possível encontrar.
Desta vez, todo o provento que conseguiu juntar nas voltas que deu ao íngreme Largo da Sé, 265 euros, Basilius irá repartir entre a Casa dos Pobres de Coimbra e o Colégio de S. Caetano, antigo Colégio dos Órfãos de Coimbra.

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